Capitulo 36: A Terra dos Reis Caídos

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Nós voltamos ao nosso quarto, os residentes então se movimentaram para que preparassem todas as coisas para a nossa viagem. Os últimos armamentos foram levados lá para fora, nós ajustamos as nossas roupas — Theo ganhou uma farda militar por ser do tamanho de Eleazar e tomou em mãos uma mochila Defender para colocar algumas coisas provisões

Na saída, os comandos eram disparados pelos operadores, homens e mulheres se movimentavam pela central no que parecia ser uma missão de guerra quando passamos pelos corredores e depois subimos as escadas. Joudith e Alessa já nos esperavam, enquanto que Eleazar surgiu do estacionamento com um caça americano velho e um rapaz o ajudava a taxiar pela rua ajustando o bico para frente.

— Vocês estão prontos? — Joudith ajusta o zíper do meu agasalho. — Pegaram as armas?

— Sempre — Theo responde rapidamente.

— Sim, eu estou pronta, estou forte e cheia de energia.

— Ótimo, então... vão com Deus e voltem vivos, ok?

— Positivo, líder bravo — bato continência.

Theo, que me esperava mais à frente, me abraçou pela cintura. Eu apoiei a cabeça no seu ombro, me sentindo forte, segura, confiante para fazer qualquer coisa que eu quisesse, inclusive matar um homem desumano e obstinado com o caos.

Se ele me quer como líder, vou mostrar que eu posso ser tão cruel quanto aqueles líderes que ele abomina.

Eleazar estava pronto, afivelou os seus cintos e nós entramos ao subir por uma escada de quatro degraus.

— Ponham os cintos e nunca olhem para baixo — alertou, então logo o fizemos sem contestar.

Eu não estava com medo de voar, afinal já havia feito muitas vezes, mas a ansiedade de sair do chão com a velocidade de um jato militar tático parecia empolgante!

Olhei ao redor, confusa, então peguei uma espécie de capacete com visor de vidro preto e uma máscara de respiração com microfone.

— Acc, Mike Novembro 010, solicitando autorização de voo — através do comunicador instalado no painel cheio de botões coloridos, ele fala.

Liberado, Mike 010. Posição do vento Oeste em quatro horas — ouço uma voz feminina de volta; é Joudith quem opera.

— QSL, em off.

Logo que desligou o comunicador, ele puxou um pequeno fio que fez as turbinas ligarem como num carro.

Ele começou a girar devagar e em menos de cinco segundos, o barulho vindo de fora era quase ensurdecedor.

O primeiro arranque me compactou no banco, a respiração combinada com nervoso me faz esquecer as coisas importantes como piscar os olhos e manter o cérebro trabalhando em ritmo normal. O jato começa a patinar pela rua que deveria ter cerca de 300 metros até uma curva.

A velocidade aumenta e estamos chegando próximo ao final dela quando Eleazar aciona o volante para subir o nariz e estamos no céu. Meus olhos brilham, meus dedos se unem fortemente ao banco e eu não consigo me mexer, apenas suspiro.

Finalmente estabilizamos a uma altura considerável, a velocidade era tanta que mal dava para ver as casas menores abaixo de nós, somente os prédios desaparecendo no chão como formigas.

* * *

Eu sempre tive vontade de conhecer a Europa, estar numa das badaladas avenidas de Paris, comendo uma boa massa na Itália, pegando um ônibus de dois andares na Inglaterra.

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