Capitulo 35: Preparação de Guerra

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Algumas horas deviam ter passado desde o momento em que fechei os olhos para descansar. Eu me movimentei na cama e um leve sorriso cruzou o meu rosto, isso por saber que estava embalada nos braços de Theo Compton, segura, confortável e revigorada por saber que enfim estava em casa e com as pessoas que tanto amava e prezava.

Então me desgrudei de seu corpo quente, seu peito revestido por pelos suaves e macios, ele parecia ter um sono pesado já que não se manifestou até o momento em que me levantei, apenas de calcinhas e sutiã e caminhei até o canto esquerdo do quarto onde peguei as partes das minhas roupas — para sempre limpas —, e vesti primeiro o agasalho.

— Adorei essa vista...

Eu sorri, ao olhar para trás e encontrá-lo se deliciando com a visão do meu lindo e adorável corpo feminino sem a parte de baixo. Eu terminei com o agasalho e me juntei a ele, ajoelhada sobre o colchão quando me agarrou com uma mão firme e me beijou.

— Bom dia.

— Talvez eu me acostume com tudo isso.

Ele me soltou, permitindo que terminasse de subir a minha calça, então ele subiu o zíper da minha jaqueta.

— Talvez role se você parar de insultar ou olhar feio a nossa líder.

— Joudith me odeia tanto quanto eu odeio ela, parece que esse ódio passou de pai para filho, porque o velho me contou o que ela fez com a velha república dos Estados Unidos.

— Bem... nós não estamos no passado, Theo Compton. Hoje é Joudith quem dá a vida pela nossa; o que ela fez até aqui não é para qualquer um. Acharia justo que você desse uma chance para ela.

Ele balançou a cabeça, mas não discordou do meu discurso tendo noção de que Joudith tinha boas intenções com a gente e o seu passado deveria ficar lá, no passado, ou nos faria sofrer no presente e num futuro onde somos tão poucos que dava para contar nos dedos.

— Tudo bem.

— Ótimo! Final feliz! Vou até a central ver se eles precisam de algo, ok?

— Certo.

Theo se ergueu um pouco para que me beijasse uma última vez antes de se recobrir dos pés à cabeça, e quando eu virei a minha cabeça, apenas toquei os meus lábios com um sorriso que não dava para ser medido de tão grande que parecia.

Quando sai, desfiz o percurso que fiz ontem pelo entardecer com Joudith, virei à primeira direita e depois passei pelo corredor estreito onde três Defenders e Amanda — a minha amiga —, estavam vindo. Ela apenas sorriu e continuou andando.

Cheguei à sala dos computadores com uma onda de frio que devia estar vindo dos corredores e dispus as mãos nos bolsos do agasalho.

Joudith e Eleazar estavam do lado de trás, próximo de onde ficava a escada, eles debatiam algo em frente ao computador grande.

Demétrius!

Foi a primeira coisa que vi logo que olhei para a tela, ele e os outros quatro cientistas do projeto de cura.

— Bom dia, dorminhoca — cumprimentou Eleazar, a voz gentil como sempre.

Ao ouvi-lo falar, eu me lembrei de Rudy e do seu tom gentil com que falava, sempre acompanhado por um sorriso de disposição.

Um cruel e falso sorriso.

— Falando assim me lembrou do Rudy — me inclino sobre a mesa do computador grande.

— Ele fez as próprias escolhas... não é mais tempo para lamentar.

— Você... deixou alguém importante?

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