Capitulo 34: Depois do coração

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Quando pisamos no chão, Joudith e o pessoal veio nos recepcionar. Ela imediatamente acariciou os cabelos de Alessa, logo, ela e também a minha mãe foram direcionadas através da rua para outro lugar enquanto ela se aproximava de mim.

— Pegaram o pacote?

— Está aqui. — apresento-o, e ela parece contente ao tomar das minhas mãos. — Estou cansada.

— Eu sei, eu sei, e... prov... provavelmente....

— Meus amigos... meus companheiros estão mortos, Joudith.

— Cesar — ela acaricia o meu ombro. — Eu sinto — ela me abraça forte, me permite buscar conforto em seu calor, o que eu realmente queria após cumprir a minha missão e arriscar tudo o que eu tinha na tentativa de pacificar o mundo, os restos da civilização que agora haviam reduzido ainda mais.

Joudith me tomou pelos ombros, Theo e Clyde se direcionaram junto com Eleazar e os outros Defenders logo atrás, Amanda e Rebeca cuidaram das meninas, paradas diante do que parecia ser um grande alçapão no meio do gramado. Os Defenders ajudaram a desce-las através de uma escada para um corredor bem iluminado.

— O que tem ai?

— Esse é o centro de desenvolvimento secreto — Joudith olhou sobre o meu ombro para encontrar Theo, que abraçou o meu ombro. — Aqui desenvolvemos a primeira versão da cura, além de realizar pesquisas e tecnologias que a ONU provavelmente não compactuaria por apresentar perigos à humanidade. Os túneis se estendem por alguns quilômetros abaixo da terra, são impenetráveis por água, fogo ou atividade biológica. Podem entrar.

Nós consentimos com a cabeça, Joudith desceu e eu segui logo atrás dela, admirando o cenário que tinha um teto baixo iluminado por luzes artificiais. As paredes eram de calcário branco, assim como o piso liso e claro. Havia um extenso e gélido corredor. À esquerda, uma sala onde haviam duas pessoas estudando algo. Os únicos sons naquele lugar eram os dos nossos passos.

— Foram dias difíceis sem você, Maggie. Parece que foi tudo planejado.

— E foi! Rudy, James, eles calcularam todos os passos.

— Eu não entendi o porquê — ela colocou as mãos nas costas. — Por que tanto ódio, tanta frieza naqueles dois?

— Vingança — justifiquei, copiando ela. — James matou Rudy, impediu que eu descobrisse os alinhamento dos governadores contra a Central.

— Eu posso sugerir uma coisa.

— Pode?

— Acredito que sim. Rudy deixou rastros, não era o cara mais organizado do mundo. Estava estudando propagação de doenças, provavelmente ele baixava os dados do projeto de cura e usou uma IA para criar uma versão potencializada da doença.

— Por que ele queria uma doença mais forte?

— Porque Demétrius queria encontrar uma forma de infectar todos nós, os alfas.

Meu corpo estremeceu.

— Onde Demétrius se encaixa nisso? James disse que admirava a pessoa que Demétrius era.

— Os arquivos de Demétrius estavam nos nossos servidores... e nada em uma instituição é inalcançável para um TI experiente como ele; ele construiu o servidor, ele sabia de tudo — ela me olhou. — Esse super vírus foi usado na Alessa. Como eu disse antes, um alfa tinha 10% de chance de se transformar, mas a dela foi inerente; aconteceu. Como ela não estava sozinha, uma única mordida proliferou a infecção dentro da Central entre os alfas. Todo mundo que foi mordido se transformou, os que não se transformaram foram canibalizados. Você sabe... as armas ficam no arsenal, a maioria não teve nem chance de reagir.

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