Capitulo 37: Uma Batalha pela Humanidade

2 0 0
                                    


Nós tínhamos que encontrar um lugar, o lugar onde aquele louco acharia que estava seguro e protegido de tudo o que estivesse ao redor, fosse ele vivo ou morto.

James era um homem inteligente, especular onde ele estaria num lugar tão grande era impossível, afinal, nem nós mesmos sabíamos para onde estávamos indo, mas se escolhêssemos o que sabíamos, tínhamos pistas verdadeiras.

Eu cambaleio, arfo, procuro por mais ar enquanto sinto que partes de mim estão quebradiças como vidro, minha barriga dói, minha costela parece quebrada, meus joelhos lacerados e uma centena de infectados ao nosso redor, ao redor daquela cidade tão grande.

— Vem!

— Espera, Theo! — eu guino para trás, impedindo-o também de prosseguir. — Onde está? Por que parece tão óbvio que ele ainda não veio nos encontrar?

— Onde está o James?

— E como é que eu vou saber? Foram os seus amigos que especularam isso, nós só viemos. Ele deve estar no reator.

— A gente está sozinho! Eu não quero ficar sozinha de novo!

— Você não está sozinha, ok? Vamos mandar esse canalha para o inferno.

* * *

Londres não era diferente de todas as cidades por onde passamos nas Incursões. A cada metro que avançavamos, mais e mais desafios surgiam a medida em que faltava luz para podermos enxergar melhor e o policiamento engrossava.

Nós nos escondemos em um beco ao ver as luzes azul-avermelhadas e o barulho de rodas se aproximando pelo asfalto.

Um gato grita e derruba uma lata de lixo, quase expulsando o meu coração para fora do peito.

Levamos uma boa hora caminhando, se esgueirando por um terreno que não tínhamos qualquer informação apenas para, somente depois, conseguirmos falar com o centro de operações em Washington.

— Joudith, na escuta? — pergunto.

— Positivo. Prossiga, Maggie.

Agradeci por ela poder se comunicar.

— Acho que estamos nos aproximando da usina. O Eleazar, tem informações sobre ele.

— Sim. Ele conseguiu falar com os militares ingleses e já fez contato com a gente, estão deslocando um pelotão para cercar a usina e quem quer que esteja lá.

— James nunca está sozinho, esperamos qualquer coisa. Estamos perto?

— Sim. Andem por mais dois quilômetros. Não detectei nada no infravermelho, você está vendo esses corpos de Infectados?

— Estamos — disse Theo, descontente. — Isso significa que alguém passou por aqui, deixou rastros.

— A usina não fica longe, prossigam e aguardem o avanço militar.

Olhei para Theo.

— Maggie?

— Positivo, líder bravo.

Desligamos a seguir, mantendo rastreadores e sensores ativos nas manoplas para podermos facilmente identificar problemas e reagir a interferências.

O melhor de tudo é que agora poderíamos dar as caras, mesmo eu não sabendo se poderia confiar naqueles caras que nos derrubaram no céu sem pensar duas vezes.

O lugar em que aponta o GPS não parece correto; é simples demais, afastado demais. O lugar lembra uma fazenda, coberta de verde e é feita de blocos cinzas. Como numa mini cidade com uma torre cilíndrica, o lugar era cercado por arame farpado e era dividido em "casas".

Projeto MaggieOnde histórias criam vida. Descubra agora