Capítulo 20

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Jimin não acreditava no que acabara de ouvir, como o Jungkook sabia tão detalhado sobre o ocorrido em sua adolescência, o que ele quis dizer com "vi ao vivo"?

— Você sabia que ele estava procurando sobre mim e meu pai? — Jimin falou segurando o choro se sentando na cadeira.

— Ele estava pensando em pesquisar sobre, mas eu proibi ele de fazer isso. — Suspirou. — Sabe Ji, eu praticamente criei esse moleque, e ele é bem obediente quando pego no ponto fraco dele.

— Espera, você praticamente criou ele? Mas vocês não se conheceram em uma viagem quando você foi em Tokio?

Yoongi suspirou novamente ao perceber o que tinha acabado de fazer, pensou em como poderia sair dessa situação, mas ao ver que não teria jeito, resolveu falar a verdade, ou parte dela.

— O que eu vou te falar, não pode sair dessa casa, tá ouvindo? — O loiro assentiu. — Foi em uma viagem, mas não a Tokio, e sim a Seul, eu morava no Japão já a um bom tempo, e recebemos três recrutas da Coreia para o nosso clã.

— O clã que você fala é o que o Jungkook faz parte, lá da Yoozaka?

— Isso, eu também faço parte Jimin, por isso que sei tanto sobre o Jungkook, quando vim encontrar os recrutas ele estava todo machucado, não quis me dizer o que tinha acontecido, apenas disse que quem tinha feito aquilo com ele e com a pessoa que ele gostava iria pagar o preço. — Olhou para as escadas conferindo que o moreno não estava ali. — Ele foi o que mais se destacou dentre os três e foi comigo até o Japão.

— Você esconde bem isso.

— Ele também, na verdade, ele jamais te contaria sobre, mas achou que seria engraçado brincar com você dizendo que era de lá, você de fato acreditou e levou a sério, ele viu sua situação que lembra da protegida dele, e foi te falando uma coisa aqui e outra ali, e vi que ele tava tranquilo falando sobre isso com você, e vi que você guardou o segredo dele, por isso tô te falando sobre mim.

— O chefe dele é o seu também?

— Sim, mas eu meio que comando o lado da Coreia, temos um acordo desde que voltei para cá, sou o número sete. — Apontou para a tatuagem. — Ou para os íntimos, o segundo chefe, aqui o Jungkook deve me obedecer, lá ele obedece o Tanaka, mas se eu descumprir alguma regra eu tenho que responder ao Tanaka.

— Você tem mais tatuagens então?

— Nos dois braços, por isso estou sempre com mangas compridas, tenho preguiça de cobri-las com maquiagem.

— Adoraria ver. — Sorriu mínimo.

— Um dia, quem sabe, vou ver meu menino como está, esse é o tópico sensível da vida dele.

— Aquele mal resolvido sem ser da máfia que uma vez você falou?

— Exatamente, finalmente ele jogou para fora e tenho medo dele ter uma crise de ansiedade.

— Não deveria ser eu a ir até ele? Afinal, eu faço parte disso.

— E é justamente por isso, que não quero que você vá, deixa a comida ai, depois eu termino.

— Nah, vou terminar, só assim me distraio. — Falou se levantando e pegando uma cebola para cortar.

— Jungkook? — Yoongi bateu na porta e não houve resposta. — Akira, abre a porra da porta ou quebro sua cara! — Ainda sem resposta. — Seu babaca, abre a porta!

Como não obteve resposta, o Min resolveu quebrar a maçaneta da porta revelando o mais novo de frente ao notebook concentrado e com fones de ouvido, então o mais velho foi até o Jeon e tocou no ombro do mesmo.

Guarda CostasOnde histórias criam vida. Descubra agora