Capítulo 33

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Jimin saiu correndo até o armário e pegou uma barra de cereal de banana e uma garrafa de água e foi até o sótão da casa do produtor.

— Jun? - chamou baixinho.

— O que você quer?

Jimin olhou para onde a voz vinha e viu o moreno agachado com as mãos sob a cabeça com elas ainda amarradas no fio e foi até ele.

— Quer que eu solte seus pulsos?

— Não ver que esse é meu castigo?

— Pensei que era ficar aqui preso na bagunça.

— Essa é só a segunda parte do castigo.

— Me desculpa por ter desconfiado de você.

— Tudo bem, você está certo, como não desconfiar de um mafioso que pode ter machucado alguém que você conhece, mas te garanto Jimin, não fiz nada com nenhum irmão seu, e se fiz, eu não tinha conhecimento da família.

— Pode me garantir que o Jihyun tá bem?

— Ele tá bem, meu irmão que tem mais contato com ele, e já me disse que seu irmão tá montando o café dele lá em Busan, então não consegue vir até aqui.

— Tudo bem, eu vou arrumar um jeito de ir até ele, posso pelo menos te dá um abraço?

— Não!

— Eu me sinto culpado por ter causado isso, por favor, pelo menos para eu saber que você me desculpou.

— Não tem o que desculpar você, você não fez nada.

— Tô odiando ver você assim, todo encolhido, esse não é você.

— Não Jimin, esse é meu eu verdadeiro, aquele que não mostro a ninguém, e os poucos que já viram não entendem.

Jimin sem falar nada apenas abraçou forte o moreno passando as mãos em suas costas e cabelo, mostrando ali que ele o entendia, não só entendia como o via, talvez visse melhor que qualquer outra pessoa, talvez até mais que o próprio Jeon.

Não era a primeira vez que Jimin via o moreno chorar, mas diferente da outra vez, agora era intenso e forte, era algo que para ele mostrava toda sua fraqueza, então tentou se recompor e empurrou o loiro o afastando do abraço.

— Já falei sem toque físico!

— Desculpa...

— Afinal, você veio fazer o que aqui?

— Ah, verdade — Sorriu nasal. — Vim trazer uma garrafa de água e uma barra de cereal

— Não precisa!

— O Yoon me contou que não era para trazer, mas convenci ele, então vou deixar a barra de cereal e a água ali em cima da mesa, tá bom?

— Tá, obrigado!

— Por nada, até mais tarde!

— Uhum

Jungkook ouviu quando a porta foi fechada indicando que o idol tinha saído, tirou os braços da cabeça e olhou para a mesa vendo a barra de cereal e a água como o Park falou que deixaria, e sem perceber sorriu.

Um sorriso vindo da alma, vindo daquele Jungkook adolescente que via o cuidado do outro sobre si, e vendo que ainda existia esse cuidado fez o coração do moreno aquecer, um quentinho gostoso e um leve frio na barriga, coisas que não sentia desde sua adolescência.

Ao olhar em volta, todo o calor que sentia no coração esfriou rapidamente e ele fechou a cara, odiava ver as coisas fora de ordem, porque não podiam simplesmente estarem nos seus devidos lugares e perfeitamente alinhados?

Guarda CostasOnde histórias criam vida. Descubra agora