Capítulo 27

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Jimin ficou encarando a mesa enquanto o Jeon falava e ao ver o mesmo se retirando do escritório resolveu tentar fazê-lo ficar.

— Espera... — Jimin correu até o moreno. — Me fala para onde vai?

— Não é seguro você ficar comigo, em breve eu volto, ou não...

— Jungkook, se eu te pedir uma coisa, você faz?

— O que?

— Me ensina a me proteger?

— Tá...

— É que as vezes você pode não está comigo e ent... Você aceitou? — Arregalou os olhos.

— Sim, mas não hoje, não agora, preciso esfriar a cabeça.

— Posso ir com você? 

— Jimin... — Prendeu o Park contra a parede. — Você tem algum problema? Eu te ameacei duas vezes, tudo bem que a primeira não estava falando sério, estava tentando achar um rumo para poder chegar na parte boa onde a gente transaria, mas não chegou nisso e você também não ajudou muito, e na outra eu falei realmente sério. — Mas porra, não deixa de ser uma ameaça, e mesmo assim você quer ficar comigo?

— Sim, eu vivi anos com meu pai, onde ele dizia que me amava, que iria me proteger e todas as coisas que um pai deveria fazer para um filho, e na mesma noite ele me batia, me torturava psicologicamente, e até me estuprava... — Suspirou tenso. — Com você eu sei que não ai ter nenhuma dessas coisas, e prefiro ouvir você me ameaçar e não fazer nada, do que ouvir dele que me ama e me machucar em seguida...

— Jimin... Você disse que foi só uma vez.

— Não, eu disse que foi a primeira vez, não falei que foi a única.

— Eu vou matar se pai.

— Não vai!

— Vou sim.

— Para de querer matar as pessoas!

— Não sei se você sabe, mas eu meio que vivo disso, de matar pessoas.

— Terminem essa briga no quarto por favor, o Kim está atrás dessa porta... — Yoongi apareceu perto dos dois.

— Vem. — Jungkook pegou no pulso do Park e desceu com ele para a sala. — Passei sete anos da minha vida vendo gente morrer, então não me pede para parar de querer matar as pessoas, ainda mais quando elas te machucam, não vou fazer nada com seu pai, não ainda.

— Obrigado!

— Não me agradece e nem faz essa cara de sonso, odeio quando faz essa cara.

— Desculpa pela bagunça, eu não sabia do seu TOC.

— Tá tudo bem, só não faz de novo, tá?

— Tá bom... Quer sorvete?

— Do nada?

— Você que disse que quer esfriar a cabeça, quando estou assim eu tomo sorvete.

— E funciona?

— Nem sempre, mas eu fico distraído comendo e esqueço dos problemas.

— E aqui tem sorvete?

— Não...

— Então por que me ofereceu seu lunático! — Empurrou Jimin no sofá rindo.

— Você sempre teve um sorriso bonito, pena que raramente eu vejo ele, mas é muito encantador, parece um coelhinho.

Guarda CostasOnde histórias criam vida. Descubra agora