Capítulo 38

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O caminho para a solitária parecia o caminho para o paraíso no ponto de vista do Jeon, finalmente iria ter paz por uns dias, sem contar que a solitária sempre era o lugar mais organizado de toda a cadeia, já que não era frequentada por todos de uma vez, como nas celas comuns onde suportava 10 a 12 detentos.

— Você ficará aqui de uma a duas semanas.

— Certo.

Assim que o policial retirou as algemas de seu pulso, o rapaz passou as mãos nos pulsos, aliviando a sensação de liberdade, mesmo estando em uma cela minuscula com apenas um colchão no chão e um vaso sanitário com uma pia ao lado.

— Meu novo cantinho da paz, obrigado Yude, pelo menos em uma coisa você me foi útil — Se jogou no colchão. — Como é bom o silêncio, sem o Kyungsoo para encher meu saco.

Enquanto olhava a imensidão branca acinzentada da cela, as palavras de Yude rondava em sua mente, o Park era mesmo infeliz ao seu lado? Ele de fato só estava consigo por medo do que poderia acontecer? Enquanto aquelas palavras de amor ditas pelo loiro, não eram verídicas?

O rapaz não sabia mais o que era verdade ou não sobre seu relacionamento, o Saito plantou uma semente de desconfiança no outro, queria poder ir correndo até o loiro e sanar todas suas dúvidas

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Jimin andava pela casa vazia e silenciosa, não era o mesmo sem o Jeon por ali, mesmo que ele não estivesse em casa naquele momento, o loiro sabia que a qualquer momento ele entraria pela porta com seu sorriso enorme e as vezes flores e champanhe.

O idol queria muito saber como o rapaz estava, as respostas genéricas do Min sobre o rapaz, apenas ouvir um "ele está bem" não era suficiente, ele queria ter provas de que o rapaz estava bem, queria abraçá-lo, beijá-lo, ter ele só para si por horas.

— Bom dia, Park. — A voz animada de Ichiro preencheu um pouco do vazio da sala.

— Bom dia, Ichiro. — Falou desanimado.

— Vim buscar você para o estúdio do Agust.

— Vamos, já estou pronto.

— Tá mais desanimado hoje.

— Eu sonhei com ele essa noite.

— Isso explica a cara de choro, mas ele tá bem.

— Ele tá bem, ele tá bem, é só isso que eu escuto de vocês, já estou cansado de ouvir isso!

— E o que você quer que a gente fale? Que ele não tá bem, que ele fez merda?

— Não sei, só... — Suspirou. — Esquece!

— Olha, não sou a melhor pessoa para dar conselho, principalmente amoroso, todos meus relacionamentos foram mais tóxicos que Chernobyl, mas uma coisa é certa, ele te ama para caralho, e ele vai fazer de tudo para sair de lá logo.

— Meu medo é ele ter algum gatilho, brigar com alguém, acabar revelando sobre vocês, essas coisas.

— Conhecendo o Akira, pelo tempo que ele tá lá, certeza que tá vivendo mais na solitária que normal, mas, ao mesmo tempo, tenho certeza que ele está se segurando para não arrumar confusão para poder sair logo.

— Você parece ser bem amigo dele, né?

— Sou sim, entramos no clã quase no mesmo período, ele já estava uns oito meses mais ou menos e eu era novato, ele me ajudou muito a me adaptar e não cometer erros.

— Teve algum do clã que não foi com a cara dele?

— Muitos, mas os principais foram o Yude e o Hiroshi, nossa, o Hiroshi fazia de tudo para o Kira se foder.

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