Capítulo 11

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Depois do banho vesti o pijama que estava sobre a cama, mas estava com vergonha por não usar a camiseta para esconder meus mamilos que ficavam marcando na blusa. E o Magnus percebeu meu constrangimento.

- Meu lindo, você é perfeito do jeitinho que você é! Eu sei o que você está tentando esconder, mas não precisa, no hospital você ficou muito tempo sem roupa e eu não tive como não ver parte de seu corpo.

- É que isso não é masculino. - falei choroso.

- Mas é você, e eu gosto! Agora vamos comer que já passou da sua hora.

Ele me pegou no colo como sempre com muito cuidado por causa das minhas costelas e descemos as escadas. A comida era deliciosa, mesmo com tantos legumes, e depois de comer tudo o que ele colocou no meu prato comi uma deliciosa torta de limão.

Assistimos um filme e depois ele me deixou no meu quarto e foi dormir também. Era muito bom deitar numa cama macia e quentinha, então logo adormeci.

Deixei Brian no quarto e fui tomar banho pra dormir. Estava cansado, esses dias dormindo no hospital não foi fácil, mas valeu a pena, então vesti minha bermuda e assim que me deitei logo peguei no sono. Acordei de madrugada com o coração acelerado e corri pro quarto do Brian que fica ao lado do meu.

Ele gemia baixinho, falava coisas sem nexo e churumingava. Então como fiz todas as noites peguei ele no colo e dessa vez levei ele pro meu quarto. Logo ele enfiou o rosto no meu peito se abraçando ao meu corpo, relaxou e assim dormimos abraçados.

Acordei sentindo um peso em meu peito e quando abri os olhos lá estava ele deitado sobre mim com seus cabelos espalhados em meu peito. Era a coisa mais linda ver ele dormindo tão relaxado com aquele biquinho vermelho e as bochechas cheias de pintinhas.

Mas acho que as fortes batidas do meu coração acordaram ele, que parecia desorientado, abrindo os olhos aos poucos até encontrar com os meus. Nos encaramos um pouco e ele abaixou a cabeça respirando fundo em meu peito.

- Por que estou aqui? - ele perguntou baixinho.

- Acho que você teve outro pesadelo como tinha no hospital e eu trouxe você prá cá. Ficar em meu colo acalma você.

- Você vai trabalhar hoje?

- Vou trabalhar aqui em casa enquanto te ajudo com seus estudos. Você quer tomar banho agora ou depois do café, neném?

- Eu prefiro agora se não for te atrapalhar.

- Você não atrapalha nunca! - falei dando um beijinho na pontinha do seu nariz e ele ficou igual um tomate.

De banho tomado descemos para tomar café da manhã e como sempre D. Lilian caprichou. E Eu comi muito mais uma vez, ela fez omelete, bolo, salada de frutas e outras maravilhas.

- Obrigada, Lila! Estava tudo muito gostoso!

- Por nada, meu bebê! Se quiser comer algo diferente é só pedir que vou fazer com o maior prazer.

- Obrigado! - respondi baixinho.

Fomos pro escritório e ele me entregou os materiais que os professores enviaram e todo o cronograma do que devo fazer e enquanto eu me organizava separando os materiais e fazendo minhas anotações ele respondia seus e-mails e fazia algumas ligações.

Fomos interrompidos por Lila que trouxe uma bandeja de lanche para nós, então demos uma pausa e logo retornamos para nossas atividades só parando novamente para almoçar.

E assim os dias se passaram, todas as manhãs eu acordava sobre aquele monte de músculos e era tão bom sentir seu cheiro, mas ainda me sentia envergonhado. Todos os dias nós conversávamos com minha mãe e minha avó que já estava recuperada.

Hoje não foi diferente, antes de abrir os olhos eu já sentia aquele cheiro familiar. Levantamos e fizemos tudo igual como nos outros dias, mas hoje ele iria trabalhar fora, disse que tinha que ir para uma reunião com a equipe e só voltaria a noite.

Eu fiquei um pouco triste, já estava acostumado com a sua presença, mas fui estudar e concluir uma pesquisa. Como não podia descer Lila trouxe meu almoço aqui no escritório  e comemos juntos. Ela é muito carinhosa comigo.

Mas algo estava estranho, hoje é meu aniversário e minha mãe não me ligou logo cedo como de costume e nem me atendeu quando liguei. Eu já estava ficando preocupado, mas me envolvi com os estudos, e quando dei por mim Magnus já estava me chamando pra tomar banho no finzinho da tarde.

De banho tomado ele escolheu minha roupa, penteou meus cabelos e descemos logo, pois ele disse que eu já tinha ficado muito tempo lá em cima. E para minha surpresa assim que chegamos a sala a luz se acendeu e pude ver minha mãe, minha avó e Lila cantando parabéns para mim e eu não puder conter as lágrimas escondendo meu rosto na curva do seu pescoço.

Assim que ele me sentou no sofá minha mãe me abraçou bem apertado chorando também junto com minha avó. Foi muito bom ter elas aqui.

- Eu pensei que vocês tinham esquecido. - falei choroso.

- Nunca! - elas responderam juntas.

- Meu bebê, nada nesse mundo vai nos fazer esquecer de você, nós te amamos! - minha mãe falou olhando em meus olhos.

A noite foi maravilhosa, comemos muito e ganhei muitos presentes. Ficamos até tarde rindo enquanto minha mãe falava pro Magnus como eu era na infância  e isso foi um pouco constrangedor.

Enquanto elas foram para a cozinha ajudar a Lila, nós ficamos na sala.

- Porque você chorou, lindo?

- Eu não tinha esperanças de estar livre daquele inferno hoje, e ter elas aqui foi maravilhoso, obrigado.

- Você não precisa agradecer, só quero te ver feliz.

Tomamos um chá e fomos dormir. Eu iria dormir com minha mãe e minha avó como nós velhos tempos, a cama era enorme e caberia nós três.

O amor que me resgatouOnde histórias criam vida. Descubra agora