Depois do banho chamei os meninos no quarto mais uma vez para explicar o que estava acontecendo. Já tinha conversado com eles sobre a chegada das meninas, mas achei melhor reforçar.
- Meus amores, as irmãzinhas de vocês querem vir ao mundo hoje. O mamá precisa ir pro hospital agora, mas vai ficar tudo bem e amanhã de manhã a vovó leva vocês lá pra conhecer elas. Tudo bem?
- Você vai dormir no hospital? - perguntou Bernardo preocupado.
- Sim meu bem, é preciso. Mas é normal isso. - respondi alisando seu rosto.
- E meu tetê? - Levi perguntou choroso.
- Oh meu amor, é só por hoje, tá bom? Se eu não for pro hospital suas irmãzinhas não poderão vir. - falei puxando ele pros meus braços.
Sem eu esperar ele alcançou meu mamilo e começou a mamar e mesmo sentindo as contrações esperei ele ficar satisfeito. Ele acabou pegando no sono e Magnus o levou pro seu quarto.
- Dói muito? - Bê perguntou enxugando minhas lágrimas.
Só então percebi que estava chorando e sorri para ele o envolvendo em meus braços.
- Dói sim, meu amor. Mas vale a pena só em pensar que em breve elas estarão conosco.
Beijei Bê mais uma vez e logo Magnus me chamou para irmos. Beijei Davi que dormia no colo de Lila e partimos.
Hoje o dia amanheceu especialmente lindo, o sol brilhava no céu azul de poucas nuvens, no carro a caminho do hospital eu conversava com Mirela e respondia suas perguntas sobre as dores e contrações. Desde o princípio eu queria um parto normal, mas ela sempre deixou claro que isso seria decido no momento do parto.
Já estávamos no quarto e as dores estavam me torturando. Eu estava no colo de Magnus que me consolava e dizia palavras de incentivo.
Ele estava muito nervoso apesar de tentar disfarçar. Fizemos a última ultrassom para ver como as meninas estavam e foi muito fofo ver que elas estavam abraçadas. E por isso Mirela achou mais seguro fazer uma cesariana e eu concordei.
Já na sala de cirurgia Magnus não soltava a minha mão e me enchia de beijos. Era um momento mágico, mas quando ouvimos o choro da nossa primeira pérola nos emocionamos. Minutos depois a enfermeira entregou ela ao Magnus que chorava como uma criança e ele a colocou em meu peito.
A sensação foi maravilhosa, tão branquinha, com os olhos verdes como os meus e os poucos cabelos douradinhos.
- Papai, essa é a Aurora! - falei emocionado.
Ele pegou ela de volta que o observava com os olhinhos semiaberto. E logo ouvimos outro chorinho manhoso e era uma cópia da outra a não ser pelos olhos âmbar como do pai.
- Papai, essa é a Pétala!
Ele me beijou segurando as duas meninas enquanto suas lágrimas fartas molhavam meu rosto se misturando com as minhas. E o terceiro choro anunciou a caçula.
Ela era a cópia das outras só não conseguimos ver a cor dos olhos, pois ela não os abriu. Seu choro parecia um miado de saudade das irmãs.
- Amor, essa é a Brisa!
Nossas três meninas estavam juntas novamente, mas agora nos braços do pai. Eu sorria contemplando a cena mais linda da minha vida enquanto sentia a escuridão me levar.
Era um momento surreal, eu estava inebriado com tanto amor em meu peito. Minhas 3 meninas: Aurora, Pétala e Brisa, meu pequeno não poderia ter escolhido nomes mais bonitos. Mas logo uma movimentação estranha me tirou dos meus pensamentos e as minhas meninas foram levadas de meus braços enquanto eu fui tirado da sala de cirurgia.
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O amor que me resgatou
RomanceBrian um jovem de 18 anos estudante de direito, enganado e mantido refém de um homem mais velho sofrendo abusos e maus tratos até que se vê obrigado a escolher entre arriscar fugir ou ser vendido como um objeto sexual. Será que ele conseguirá sobrev...