O grande vencedor da partida de tênis foi Vladimir, ele tem mais experiência que eu nesse esporte, já no Golf eu comando.
A noite já se faz presente. Me encaro no espelho terminando de abotoar os dois últimos botões da minha camisa de alfaiataria manga curta pensando nos meus filhos.
O que será que eles devem pensar de mim?
Eu disse à eles que passaríamos bastante tempo juntos nas férias e amanhã já volto a trabalhar, não vi eles depois daquele dia no escritório, eles devem me odiar por não cumprir o que eu falei.
Estou com saudade. Eu vou ter que encarar a Bárbara para vê-los, é certeza que ela deve está no apartamento com eles. Não queria olhar para a cara dela depois do que eu vi e muito menos escutar a voz daquela vadia. Mas é preciso fazer sacrifício pelos meus filhos.
Os meninos não deve saber o que está acontecendo, a Bárbara não teria coragem de contar e mesmo se tivesse a coragem descarada, eles não entenderiam.
Eu prefiro que eles não saibam, ainda são muito novinhos e não merecem passar por isso.
Dou duas borrifadas do perfume no pescoço, a fragrância é aquática, pego o meu celular e a minha carteira em cima da mesa e desço as escadas da mansão.
- Vladimir me empresta um carro? - o meu carro ficou no apartamento e Vladimir tem uma coleção de carros luxuosos na garagem.
- É claro, as chaves estão penduradas num suporte na parede da garagem!
- Obrigado - agradeço indo até a garagem, pego a chave da Lamborghini urus preta, entro no carro e dirijo sentido o apartamento.
O meu plano não era ir pro apartamento, o último lugar que eu queria ir é pra lá, mas a saudade que eu estou dos meninos aumentou e se ficasse mais um dia sem vê-los, sem saber se estão bem, iria enlouquecer.
Ao abrir a porta sou surpreendido por um abraço. Bárbara me abraça forte só de camisola de seda.
- Eu sabia que você voltaria, meu amor. - o meu sangue ferve quando Bárbara diz isso, aperto seus pulsos a afastando de mim.
- Cadê os meus filhos? - os meninos não estão na sala.
- Wagner, vamos conversar, por favor - Bárbara segura o meu braço me impedindo de ir até o quarto dos garotos.
- Me solta porra - eu puxo o braço com força. - Eu não tenho nada para conversar com você. A gente acabou. - digo bem sério e as lágrimas escorrem pelo rosto fingido de Bárbara.
- Não fala isso Wagner, me perdoa, por favor - súplica nos meus pés - eu te amo!
Eu fico furioso quando ela diz isso, me controlo para não cometer uma loucura, pois essa mulher me irrita num nível absurdo.
Desgrudo ela dos meus pés e vou até o quarto dos meus filhos, abro a porta e entro, me aproximo da cama, vendo os dois dormindo feito anjos. A coisa mais linda.
As lágrimas escorrem no meu rosto, não consegui segurar a emoção de vê-los ali dormindo tão profundo. Acaricio o cabelo de ambos e sussurro para eles acordarem:
- Isaac, Aaron. - os dois resmungam querendo não acordar. - meninos, acordam.
Os dois abrem os olhos e eu sorrio.
- Pai? - Isaac pergunta pensando que está sonhando.
- Oi campeão!
- O que está acontecendo? - Aaron pergunta antes de esfregar os olhos.
- Vocês me desculpa? Eu não queria passar tanto tempo longe de vocês, é que aconteceu uma coisa chata.
- O que aconteceu? - Isaac pergunta.
É claro que não vou contar para eles o que realmente aconteceu, irei explicar de um jeito menos complexo, mais simples e sem detalhes.
- Eu e a mamãe estamos passando por um momento não muito legal, por isso eu vou ficar alguns dias sem voltar pra casa, mas não se preocupem porque vou recompensar vocês.
- A gente estava com saudade - Aaron fala com a voz sonolenta.
- Eu também estava morrendo de saudade! Vem cá, eu quero um abraço!
Abro os braços e eles me abraçam, abraço eles bem forte matando a saudade que estava deles.
- Eu quero que você volte pra casa logo, a mamãe não brinca com a gente. - Isaac diz tristonho.
Já era de se imaginar que a Bárbara não daria a mínima atenção para eles, é sempre eu que brinco com eles. Dou atenção, me preocupo.
- Eu vou brincar com vocês, tá bom? - dou um beijo na bochecha dele e de Aaron, encho os dois de beijos carinhosos e faço cócegas neles com a barba, eles caem na cama gargalhando.
O meu peito se enche de alegria ouvindo as gargalhadas gostosas. Estava com saudade disso, de ouvir a risada deles, de brincar com eles.
Nos divertimos muito. Brincamos, damos muitas risadas, eles cansou e logo dormiu de novo.
Quando saio do quarto dos meninos para ir embora, vejo a Bárbara sentada no sofá com uma taça de vinho tinto na mão, os olhos vermelhos de choro.
Dessa vez ela não faz nada, apenas me olha séria. A ignoro e vou embora. Quero aproveitar o meu último dia de férias na balada.
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Minha morena | Wagner Moura & Camila Pitanga
RomantikUm advogado multimilionário se apaixona pela sua mais nova assistente jurídica após flagrar sua esposa o traindo. É uma história ficcional que não condiz com a realidade.