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Eu vim para a mansão do meu melhor amigo Vladimir brichta, em Ipanema

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Eu vim para a mansão do meu melhor amigo Vladimir brichta, em Ipanema. Sem chances de ir para o meu apartamento e encontrar a Bárbara, é certeza que ela está lá me esperando para conversar.

Sinto um cheiro gostoso de café, Vladimir entra na sala de estar trazendo duas xícaras esfumaçando, ele me entrega uma. Agradeço sentando no sofá.

- O que aconteceu? A Bárbara me ligou desesperada atrás de você, até na minha casa ela veio. - Vladimir senta no enorme sofá à minha frente, assoprando o café antes de beber.

- Aconteceu muita coisa. - o cotovelo apoiado na perna, a mão massageando a testa mostra que estou atordoado. - Eu preciso ficar alguns dias aqui na sua casa enquanto não arrumo uma casa pra morar.

- Como assim Wagner? Você está me assustando. - Vladimir chega um pouco pra frente.

- Eu peguei a Bárbara me traindo com o meu assistente jurídico. O Rodrigo. - Vladimir fica abismado com a revelação.

Ele fica alguns segundos em silêncio tentando entender como, o porquê, quando?

- Ah, você pode ficar aqui quanto tempo você quiser, eu não me importo. Vai ser bom ter um amigo morando aqui na minha casa.

- Obrigado. Como sempre você sendo muito gentil e generoso comigo. - assopro o café antes de beber.

- Somos mais do que amigos, somos irmãos. - Vladimir estende a mão, fazemos toque de mão. - Você ainda não falou com ela?

- Não, e nem quero! Eu quero distância dela. - o meu sangue ferve só de falar nela, bebo mais um gole de café.

- Eu imagino, se acontecesse comigo eu não saberia o que fazer. E onde você estava? Eu te mandei várias mensagens e te liguei e você não atendeu. - Ele bebe um gole de café.

- Eu fui pra Salvador, fiquei uns dias lá. Voltei hoje. Fui esfriar a cabeça. Se ficasse aqui seria capaz de enlouquecer.

- Entendo. - Suspira um pouco tenso com a notícia.

Para quebrar o clima tenso, conto para ele quem eu encontrei e o que fizemos juntos, enquanto estava em Salvador.

Nós nos conhecemos há muito tempo, ele conhece minhas exs-namoradas.

Depois de contar sobre a viagem, o reencontro com a minha ex-namorada, Vladimir me leva até o segundo andar da enorme mansão e me mostra o quarto de hóspedes, aonde irei ficar.

A vista do quarto é para a piscina aquecida no jardim e para a quadra de tênis.

- Você pode ficar à vontade, a casa e o quarto são seus.

- Vai ser por pouco tempo, vou procurar um Airbnb ou uma casa hoje mesmo. - digo retirando o meu macbook da mochila e colocando em cima da mesa.

- Oh meu irmão, eu não tenho pressa não, já disse que você pode ficar aqui quanto tempo você quiser. - Ele diz gentilmente segurando meus ombros largos.

Eu concordo para ele não precisar falar a mesma coisa dez vezes. Não julgo, ele é sozinho, não tem esposa, não tem filhos, a família mora longe.

O pouco tempo que eu ficar aqui vai ser precioso demais para ele.

Ele é um cara que prefere não se apegar nessas coisas, embora já tenha tentado namorar sério com uma moça que trabalhava para ele. Infelizmente não deu certo e, desde então, ele sai com várias nos finais de semana e no dia seguinte manda embora.

Arrumo melhor as minhas coisas depois que ele sai do quarto, sento na cadeira com o macbook ligado, envio um e-mail demitindo o Rodrigo Lombardi.

A partir de hoje ele não trabalha mais para mim.

De camisa branca da Lacoste, bermuda escura, tênis da Nike, na cabeça o boné azul da lacoste, munhequeira nos dois pulsos, jogo tênis com o Vladimir.

Minha morena | Wagner Moura & Camila PitangaOnde histórias criam vida. Descubra agora