Quarta-feira à noite, sentado na mesa de um bar elegante em Ipanema, tomando Brahma, no fundo tocando sertanejo universitário.
- Sabia que eu nunca tinha vindo nesse bar? Sempre passei por aqui mas nunca vim. É a primeira vez. - Camila toma um gole de Martini.
- Eu vim aqui algumas vezes quando saía cedo do trabalho. - eu conto pegando o copo de Brahma e bebendo. - Eu vou pedir a comida.
- Tá bom. - Camila assente me olhando desconfiada, parece perceber que tem algo de errado no meu jeito de falar (eu falo pouco quando não estou no clima) na minha forma de agir quando está acontecendo alguma coisa. Eu fico esfregando as mãos, balançando a perna.
Eu chamo o garçom fazendo um gesto com a mão, peço carne assada com molho, uma porção de batatas fritas com cheddar, camarão braseado e farofa para combinar com a carne. O garçom anota o pedido e saí.
- O que foi? - Camila pega na minha mão. - Eu tô sentindo você estranho. Aconteceu alguma coisa?
- Não aconteceu nada, eu só tô um pouco cansado. - Sorrio fraco.
- Se você está cansado por quê não deixou para outro dia? Eu não me importaria Wagner.
- Mas eu queria esfriar a cabeça, estou com um caso dificílimo para resolver - eu massageio a testa só de lembrar. - É daquele cara que tá morando fora do Brasil. - Camila sabe de quem eu estou falando. - Mas enfim. Eu não trouxe você aqui para falar de trabalho.
- Eu sei de quem você está falando, você não precisa se preocupar porque no final vai dar tudo certo, como sempre deu. - eu sorrio com o otimismo da Camila. - Vamos fazer assim: a gente come, bebe um pouco e depois vamos para a sua casa.
- Ah, não para a minha casa, não. - eu resmungo. - Eu quero ir para a sua casa lá é muito melhor do que a minha casa.
Eu aproximo o rosto do da Camila deixando um selinho nos seus lábios macios. Eu gosto de ir para a casa dela porque tem o perfume dela em tudo.
- Então a gente vai para a minha casa. - Camila retribui o selinho passando a mão na minha barba por fazer, já está crescendo. E no meu peitoral por cima da camiseta Polo de tricô bege. A minha tatuagem está à mostra. - Gostoso. - Camila sussurra em um tom sedutor.
Eu sorrio, deslizando a mão coberta de veias na sua perna esquerda, apertando e massageando a enorme coxa para fora do vestido.
O garçom traz a nossa comida. Agradeço junto à Camila e percebo uns imbecis olhando para ela. Eu não suporto que outros caras olha para a minha morena.
De cara fechada, cravo o garfo na carne de Carneiro passando no molho de churrasco e levando até a boca saboreando, em seguida, bebendo um gole de Brahma.
- O que foi que você está com essa cara Wagner?
- A sua roupa está muito curta. Eu não gosto que ninguém te olha além de mim.
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Minha morena | Wagner Moura & Camila Pitanga
RomansaUm advogado multimilionário se apaixona pela sua mais nova assistente jurídica após flagrar sua esposa o traindo. É uma história ficcional que não condiz com a realidade.