O Amor Que Ela Me Roubou 🎸 Acordes e Demônios 🎸 +jjk

115 - Ato e Consequência

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❤ P.O.V JEON JUNGKOOK ❤

Sábado de manhã, o dia que minha vida entrou em colapso, o início do desastre que me levou ao fundo do poço e quase me custou a minha vida, tirando o resto que me restava de sanidade. Mas antes vamos começar do início.

Depois da descoberta que mudou a minha vida e com o fim das aulas chegando, foi a desculpa que eu precisava para tirar alguns dias de férias de toda aquela loucura do Adrien, deixando SN sob proteção do Ashton, eu aproveitei aquele dias para me reaproximar de meu pai e suprir todo o tempo perdido, curar a falta que ter um pai decente me fazia. Estava sendo tão bom passar aqueles dias com ele, ainda que só tivessem sido dois dias, acho que nunca havia visto o Robb tão leve e tão feliz, pela primeira vez na vida eu não estava vendo ele focar todas as suas forças e energia no trabalho e se ocupar o máximo possível, ele estava até dormindo melhor, coisa que nunca tinha o visto fazer, era como se o trabalho fosse sua zona de conforto, onde ele se isolava da sua mente, e de alguma forma, aqueles últimos dias haviam mudado muita coisa entre nós, parecia que finalmente um machucado que ambos tínhamos e que até pouco tempo ainda nos corroia, estava enfim sendo curado, os meus machucados causados por Ronald, os dele, talvez fossem os machucados que um dia minha mãe lhe havia deixado, bom, saber que eu era fruto de toda aquela felicidade me fazia bem.

-Tio Robb... Ah desculpa, ainda estou me acostumando - Falei envergonhado por vez ou outra ainda o chamar assim.

-Tá tudo bem, garotão! - Ele riu se divertindo com a minha confusão, então se levantou da ilha da cozinha, onde tomávamos nosso café da manhã de forma informal, bagunçando meu cabelos antes de passar por mim para encher novamente sua caneca de café - O que você ia dizer?

-Eu estava pensando na minha formatura, ela está chegando - Falei - O senhor vai, não é?

-Primeiro, só porquê eu sou seu pai, não quer dizer que precisa me tratar como senhor, agora...Vamos continuar sem formalidades, qual é, a gente é parceiro - Ele disse em tom descontraído - E eu nem sou tão velho assim. Nunca ouviu falar que quando mais anos o vinho tiver, melhor ele fica? Isso também serve para mim, eu ainda dou para o gasto. Seu pai está em forma! Que fique bem claro...

-Desculpa.. - Ri da sua implicância com a sua idade e com quem desse a entender que ele estava velho.

-Segundo, não acha mesmo que eu vá perder de ver o meu primeiro e único filho se formando, não é? - Perguntou voltando a se sentar do outro lado do balcão, enquanto eu me mantinha de pé, somente apoiado ali - Eu não perderia por nada nesse mundo.

-Mas se for atrapalhar sua agenda ou estiver muito ataferado, tudo bem, não tem problema, não quero ser uma pedra no caminho, sei que no dia seguinte é a estreia do DOP, você deve estar cheio de coisa para fazer - Falei.

-Tarde demais, já desmarquei todos os compromissos do dia - Ele disse - Você não me atrapalha, garotão! Já havia liberado o dia antes mesmo de descobrir que é meu filho.. Inclusive, já estou até preparando um jantar para comemorarmos.

-Cara, você não existe! - Sorri feliz do ter um pai que se importava tanto comigo, eu nunca havia sentido algo assim antes, o amor paterno, me causava uma sensação desconhecida de conforto.

-Mas fala aí... Não é só isso que você está querendo falar, eu estou percebendo tem um tempo você incomodado com algo - Ele disse.

-É só que... - Por um segundo eu hesitei em tocar no assunto e acabar estragando o clima perfeito que estávamos tendo - Acho que já adiamos demais essa conversa, sobre a última vez que eu estive aqui.