27 - Implicância

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🎸

JK

Uma vez eu disse que andar de moto era a melhor coisa do mundo, eu tinha razão, mas para ficar perfeito faltava uma coisa e eu só havia percebido naquele instante. Ter SN abraçando forte minha cintura e seu rosto repousado sobre minhas costas, tornava tudo ainda melhor.

No relógio marcava 08h00, às aulas começavam em cerca de uma hora, dessa forma eu dirigia por entre os carros o mais rápido que eu podia, afinal eu ainda precisava deixá-la em casa antes de irmos para o colégio, ou seria muito suspeito chegarmos juntos.

-Nós nunca mais vamos fazer isso na casa do Rockys - SN disse risonha, a vi descer da moto, tirando o capacete e me revelando o quão linda ela era, o que me fez rir e logo tirar o meu - Por pouco não somos pegos, você deveria ter trancado a porta, já imaginou se estivéssemos na cama?

-Na hora eu não pensei que ele fosse aparecer por lá, e eu estava ocupado com outra coisa mais importante - Sorri pouco maroto - Quando eu estou com você, eu não penso direito!

-Idiota... Eu quase morri do coração!

-Mas foi divertido - Ri - Pelo menos eu consegui te distrair um pouco.

-Obrigada - Ela disse, me pegando de surpresa e me fazendo corar sem graça - De coração, obrigada mesmo... Por ser você no telefone e por ter me levado pra longe de tudo isso.

-Não precisa agradecer - Sorri pouco envergonhado.

-Mas eu quero - SN fitou meu rosto, me fazendo desviar o olhar, o que resultou em uma risada gostosa vinda da mesma - Aqui, seu capacete... Eu preciso ir ou vamos nos atrasar.

-Você vai ficar bem? - Perguntei pegando o capacete e colocando em uma das bolsas nas laterais da moto.

-Vou, não se preocupe - Ela sorriu fofa.

-Me promete que vai me mandar mensagem caso algo aconteça! - Falei.

-Relaxa, eu vou tentar entrar pelos fundos, não quero ver o Hitler..Vai ficar tudo bem.

-Não queria que você voltasse para lá - Falei a puxando pela cintura para perto de mim.

-Eu também não queria, mas não tenho muito o que fazer - Ela disse me abraçando forte - Eu vou ficar bem, eu prometo. Vaso ruim não quebra fácil.

-Então nos vemos no colégio? - Perguntei.

-É claro - SN sorriu se afastando.

-Não sorri assim pra mim - Falei - Você sabe que eu não posso te beijar aqui no meio da rua e isso é tortura.

-Acontece que essa rua não é tão movimentada - Ela disse provocante.

Mordi os lábios brevemente, olhando para os lados para me certificar que não havia ninguém conhecido na rua e a verdade era que ela estava vazia, e eram poucos os carros que passavam por ali, quase nenhum. Sorri voltando a olhá-la, enfim afundei meus dedos em seu cabelo, lhe puxando ao meu encontro e a beijando. Um beijo devagar porém breve, pois logo a garota se afastou ou ele se estenderia por muito tempo, nos fazendo correr mais riscos.

-Hollywood, eu preciso ir - Ela disse.

-Te odeio - Sussurrei para a mesma ainda de olhos fechados.

-Te odeio mais - Ela sussurrou em meu ouvido, me fazendo rir ao senti-la deixar um beijo em meu pescoço - Até daqui a pouco, guitarrista... E vê se implica comigo quando me ver no colégio, eu sei que é apaixonado por mim, mas não precisa dar tanto na cara - Em uma risada marota ela me virou as costas e passou a se afastar, me deixando apenas observar a garota enquanto ela se distanciava de mim, seu quadril balançava lentamente e eu tinha certeza que ela fazia para me provocar, pois sabia que eu estava olhando e eu sequer tentava esconder.

O Amor Que Ela Me Roubou 🎸 Acordes e Demônios 🎸 +jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora