120 - Suplício e Cruciato

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P.O.V JEON JUNGKOOK

Não havia nada que eu pudesse fazer para evitar, eles eram maiores e bem mais fortes que nós dois juntos, se tentássemos lutar contra só iria piorar nossa situação e deixá-lo mais bravo, nosso cruciato era apenas aceitar. Sendo arrastados quarto a fora de maneira bruta, os homens engravatados nos levaram até um carro parado em frente a casa, e um frio na barriga me dominou, ao eu recordar daquela fatídica noite, da última vez que eu havia entrado num carro como aquele.

Sem nos dar muito tempo para pensar ou tentar fugir, eles nos amarraram e nos jogaram para dentro com certa ignorância, só então fechando as portas, e ali nós só pudemos esperar, pelo que fariam com a gente. Sentados agora no banco de trás de uma mini van, olhando para um dos armários muculosos de Adrien, ouvi o prefeito dar ordens para seus homens, que seguiram sem questionar, adentrando o carro e passando a dirigir.

Eu não estava vendado ou sedado dessa vez, então não era difícil decorar o caminho para onde eles nos levava, minha cabeça estava uma loucura, tentando entender o que ele faria com a gente, mil possibilidades, mas a pior delas com certeza era não sair mais de onde quer que ele estivesse nos levando.

O lugar não ficava tão longe, mas era mais afastado de Santa Mônica, ao redor não haviam sinais de moradia e a princípio só parecia um galpão abandonado, eu me lembrava daquele lugar, me dava calafrios, as paredes podres e enferrujadas, repletas de pixações, lembrava um estábulo ou uma garagem, mas bem maior, e por um segundo eu agradeci de estar sóbrio, afinal agora detalhes como estes eram mais lúcidos em minha mente, assim eu poderia me localizar, mas logo um pensamento dominou toda e qualquer esperança de sair dali com vida. Por que ele estava me deixando saber onde aquele galpão ficava? Por que dessa vez eles não haviam de drogado? Eles queriam que eu soubesse? Ou não faria diferença eu saber, já que talvez o plano fosse eu nunca mais sair dali? Bom, o que quer que ele estivesse tramando, fez meu coração pulsar acelerado, ao mesmo tempo que eu tentava manter a calma para não desesperar Ashley, que já estava com medo o suficiente.

Longos minutos se passaram, até que eles finalmente estacionassem dentro do local, exatamente como eu me lembrava, mas dessa vez eu podia perceber alguns containers que da primeira vez no escuro e no calor do momento eu sequer havia prestado atenção.

Ao que parece só havia o nosso carro ali, o que eles estavam tramando? Eu juro que não estava entendendo.

Sendo jogados para fora do carro sem a menor delicadeza, eu cai com o corpo sobre o chão de areia, com minhas mãos ainda amarradas, meu tronco sem o menor questão de impacto se chocou contra o chão, me fazendo gemer de dor e resmungar um xingamento que se mais alto, eu tinha certeza que não nos ajudaria. Olhando para o meu redor, pude perceber que eu estava agora deitado sobre uma mancha estranha de sangue que me fez cogitar ter sido feito pela mesmo sangue que escorreu pelo meu rosto naquela noite, me assustando, eu rapidamente me virei, dando um jeito de sair de cima daquilo o mais rápido que pude, assustado e ainda traumatizado por vivenciar tal cena.

Em um momento de desespero, minhas costas bateram contra as pernas de alguém, me fazendo olhar para cima, revelando o mesmo homem que segundos atrás estava a nos encarar dentro do carro, agora com um sorriso maldoso, ele e outro dos seus, nos levantaram a força, nos arrastando para um dos containers que parecia ter sido feito e pensado para isso, com uma porta grande de ferro com barras de metal, me fez pensar que nós não éramos os primeiros a ficarmos ali.

-O que vão fazer com a gente? - Ashley perguntou chorando com medo - Por favor, não façam nada.. Eu posso explicar, não é o que parece.

-Cala a boca! - O homem mandou, e ela foi a primeira a ser jogada dentro do cubículo de metal, todo enferrujado.

O Amor Que Ela Me Roubou 🎸 Acordes e Demônios 🎸 +jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora