Um acidente de avião, deixa uma advogada criminalista presa em uma ilha isolada de todos, onde ela conhece uma policial descompensada, que fará de tudo para protegê-la e levá-la de volta para casa em segurança. O problema era que tem muita gente que...
Desespero, agonia e aflição, eram esses os sentimentos que pairavam dentro das paredes da sala de espera daquele hospital enquanto as pessoas presentes esperavam por notícias de Hailee.
Quem diria que a sensação de mau presságio, daquela vez, de fato, seria algo ruim?
Agoniadamente, Camila andava de um lado para o outro, sem cessar, quase fazendo um buraco no chão. Aflita, Lauren estava sentada em uma das cadeiras, com Priscila e Normani ao seu lado, enquanto do outro lado, os pais desesperados de Hailee estavam tão agoniados e aflitos quanto, quando o médico brotou na sala de espera, fazendo todos entrar em alerta.
Todas sentadas se levantaram e Lauren foi para o lado de Camila, que segurou firme seus dedos, enquanto via o médico caminhar em sua direção tirando a toca da cabeça. Ela engoliu em seco e por um momento, sentiu seu coração parar, imaginando o pior.
------ . Então, doutor? ------ perguntou uma Camila com os olhos arregalados, respiração acelerada e coração quase saindo pela boca, e Lauren sua outra mão ao seu ombro, lhe dando suporte.
------ . Milagrosamente, ela ainda está viva. ------ informou e ouviu-se os suspiros de alívio ------ . No entanto, o estado dela é grave. Muito grave. Ela fraturou a T1, T2, T3 e a L1 e L2, e quebrou três costelas. O seu lado esquerdo absorveu a maior parte do impacto da queda, e...
------ . E...? ------ ainda mais forte, Camila apertou os dedos de Lauren, que começaram a ficar esbranquiçados pela falta de sangue.
------ . E será outro milagre, se ela acordar. Ela entrou em coma, devido o inchaço em seu cérebro, e se ela acordar, é provável, que ela nunca mais volte a andar. ------ acrescentou e um silêncio ensurdecedor se fez presente dentro da sala.
Diante do impacto da notícia, Camila sentiu como se um buraco estivesse se abrindo sob seus pés e ela, lentamente, se afundando dentro dele. Era aterrorizador. Sentia-se sem saída, desesperançosa, num profundo estado de desânimo, incapaz de qualquer ação, presa naquela sensação de desamparo e a culpa, era unicamente sua. Era como uma faca de dois gumes, um leque de três faces e outra pessoa havia recebido sua sentença.
Não mexa uma peça do tabuleiro sem saber sua consequência, pois um movimento errado, pode significar o fim do jogo. Contudo, entretanto, Camila arriscou tudo e acabou perdendo aquela partida. Somos peões de um jogo perverso, destinados a repetir nossos fracassos. No entanto, como uma revelação irônica e alucinante do destino, tudo começava de novo.
------ . É minha culpa. ------ exasperou uma Camila desolada, arrasada, sentindo como se estivessem a sufocando aos poucos, enquanto seguia apartamento adentro e largou a bolsa no chão, derrotada ------ . É tudo minha culpa.
