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Era início de primavera, o sol nascia lentamente as cinco e meia da manhã, o escuro de meu quarto começara a clarear e em menos de cinco minutos a claridade me faria perder o sono. Meu nome, Julis Torres, trabalho em um laboratório químico e sou aventureira. Me levantei e fui pegar a toalha indo direto ao banheiro, minha agenda estava lotada no entanto eu estava com pouco tempo para arrumar minha mala. Há três meses preparei uma viagem com minha esposa, iríamos acampar em Seattle, um sonho que tenho desde a adolescencia. Temos um gato filhote, de orelhas caídas, seu nome Finick. Após terminar meu banho comecei a me enxugar e neste momento eu escuto uma voz bem baixinho:
- Amor vem se deitar... Estava sonhando contigo... Na praia com um filhinho de quatro anos. - Disse Jessy Robbins, minha esposa, com uma cara de sono.
Por um momento eu fiquei em silêncio olhando-a e com um sorriso, revirei os olhos e a respondi:
- Ah amor você sabe que não posso... Mas quem me dera estar nessa praia com você... Prometo que iremos em uma lá em Seattle.
Enquanto eu escolhia cautelosamente as roupas que usaria hoje escutei um barulho na cama, no qual eu sempre escutara quando Jessy levantava. Em segundos senti suas mãos quentinhas em minha cintura e me abraçando pelas costas me beijou no pescoço e disse-me no ouvido:
- Bom dia fofinha!
- Hum... Bom dia meu amor!
Jessy virou e foi direto ao banheiro. Consegui escutar o barulho da torneira e a escova de dentes em sua boca. Quando estava quase pronta escuto uma canção:

" Pensa em mim, que eu to pensando em você e me diz o que eu quero te dizer, vem pra cá , para ver que juntos estamos e te falar, mais uma vez que te amo!"

Jessy estava cantando e eu estava imóvel com um sorriso tão grande que me doía o rosto levemente. Quando apareceu na porta, sua cara de sono estava desaparecendo, parecia já acordada, mas quando me olhou já vestida, fez uma cara triste, como se estivesse dizendo " Já está com roupa? Não vai ficar sem não?". Era seis e quinze, ainda tinha um hora para eu pegar a bolsa e ir ao trabalho. No que fui me aproximar dela, fui puxada aos seus braços e o beijo que recebi foi tão intenso que me arrepiei por completo. Estava imaginando que me beijaria mas não que me levaria para a cama em seu colo.
Quando meu dei conta do que eu estava fazendo, comecei a tirar nossas blusas, a excitação que percorreu em mim fez com que eu me virasse para cima de Jessy e começasse a beijar seu pescoço passando minha mão em seu seio, logo Jessy estava em cima de meu corpo descendo seus lábios com beijos e então sinto sua língua entre minhas coxas fazendo-me gemer. Estávamos ficando cansadas quando não aguentei e gritei bem baixo:
- Aí amor !!
Depois de alguns minutos ofegante olhei o relógio e já era seis e quarenta, me sentei na cama e disse:
- Nossa amor... Você aproveitou bem o tempo livre heim! Mas agora temos que nos arrumar... - fui perto de seu rosto e a beijei mais uma vez, peguei a blusa que estava no pé da cama e comecei a me vestir novamente.
Os minutos pareciam que não iam acabar nunca, os dez minutos seguintes pareciam duas horas. Minha bolsa e a da Jessy estavam prontas e em cima da mesa, fui preparar um café rápido e um lanche para nós, e ainda faltavam vinte minutos...
- Amor vem tomar café da manhã! - gritei, mas não tive resposta, gritei mais uma vez e escutei:
- Já estou indo!
Sentadas na mesa, eu a olhei, seu olhos castanhos brilhavam, seus cabelos pouco ondulado caía sobre seu ombro, e com um movimento leve jogáva-os atrás da orelha esquerda, seu perfume exalava pela cozinha. Dei uma risada.
- Já parou para perceber que você não para quieta quando me vê? - Jessy tomou último gole do café - Sempre que me olha, você demonstra que está gostando mais ainda de mim.
- Por que será né? Me casei com você porque me apaixonei... - disse envergonhada - Sempre me fazendo rir, mesmo não fazendo nenhuma palhaçada.
Jessy me chamou de boba e pegamos as bolsas, mas antes de sair, voltamos para pegar o guarda-chuva, começou a trovejar. Eu sempre deixará em cima da geladeira no qual era mais alta que eu, fazendo com que pulo para alcançar. O pior de tudo é que torci o tornozelo e doeu muito.

Love Be Here ( romance lésbico )Onde histórias criam vida. Descubra agora