O susto que percorreu em meu corpo foi gostoso, a adrenalina passou dos pés à cabeça, e tenho certeza que em Jessy ocorreu o mesmo nela.
- Ei! - disse num susto.
- Ui olha que gatinhas! - diz Cloe.
- Olhe aqui, não olhe para minha esposa! - falou Jessy um pouco brava.
- Isso aí! Tem que olhar para mim! - falou Roxie, e começamos a rir. Colocamos as blusas e saímos.
Voltei ao meu lugar, Finick miando, dei água e ele bebeu com tanta vontade, comeu a comida com vontade e depois brincou, levei-o para fazer suas necessidades antes de decolar novamente. Uma hora depois o vôo é levantado. Percebi que agora Roxie e Cloe não eram as comissárias deste vôo, um homem diz todas as coisas que foi dito quando levantamos vôo e depois de já estarmos lá em cima, o problema é não falou mais nada em português. Agora tinha um espaço ao nosso lado, Jessy foi para a janela e eu deitei em seu peito e fiquei ali, junto a ela. Fiquei pensando onde estavam as duas aeromoças, elas não desceram então ainda estavam aqui. Passou uns dez minutos comemos um lanche e dei água para o meu gatinho e escutei ele ronronando.
- Julis, você não pode ficar assim no acento, sabia? - diz Roxie.
- Ah para de ser chata! Você nem é mais aeromoça desse vôo! - Jessy riu da cara da loira.
A loira se sentou ali ao nosso lado, conversamos quase a viagem inteira. Ela mencionou que não teriam um lugar para ficar, pensei e cochichei com minha esposa se podiam ficar com a gente na barraca, já que era grande o suficiente para caber mais dois colchões e sobrar espaço, mas com uma condição, ela pagaria a diária dela. Cloe apareceu logo depois de falarmos sobre esse assunto, se sentou no colo da namorada e ficou ali conversando também.
Comecei a imaginar como seria nós quatro no acampamento, provavelmente morreremos de tanto rir. Devíamos estar chegando, passou duas horas, Finick começou a miar novamente, e então Cloe levou. Ela disse que ama gatos desde criança, que se pudesse ter um gato em casa teria, mas com a vida agitada de uma aeromoça não daria nenhuma atenção. Meia hora depois escutei o mesmo comissário dizer no microfone. Mas como estava em inglês, consegui entender mais que a metade da frase. Disse que estavam sobrevoando o aeroporto internacional de Seattle-Tacoma. Era duas da tarde, manter os cintos afivelados e desligar os eletrônicos. Quando pousamos olhei a janela da aeronave e vi o tamanho do aeroporto, era imensamente grande. Jake agora já com os motores desligados pede para não esquecerem nenhum pertence e agradece a companhia aérea.
Nós quatros fomos as últimas a sairmos do avião, assim não nos perderemos lá dentro, elas já conheciam ali, lá dentro pediram para esperar. Enquanto esperávamos eu revolvi conhecer o lugar, olhar como era.
O aeroporto era imenso, bem agitado de um lado e do outro bem calmo, crianças junto aos pais, e idosos em uma fila logo mais a frente. A minha direita um grupo de adolescentes cantando e dançando, um menino tocava violão, a minha esquerda um homem de uns trinta anos folgado e ocupando todo o banco que estava. No teto havia várias placas penduradas, azuis com letras brancas, imagens de sanitários e taxistas em amarelo. Eu estava tão nervosa, estávamos em Seattle, um lugar lindo e que aproveitaria, Finick olhava ao redor, querendo conhecer tudo por aqui, miava bem baixo. E tentava pegar minha mão que estava na porta da caixa de passeio dele. Saindo de uma porta Cloe e Roxie estavam com uma mala pequena, mas que era suficientemente para colocar algumas roupas e um tênis, chinelos, tinha mais ou menos o tamanho dos pés até o joelho. Nos chamaram e seguimos elas, Finick foi com Cloe, ela brincando com ele enquanto se segurava nos braços da namorada.
Fomos até a saída do aeroporto, tinha cerca de dez táxis em uma ruazinha saindo para uma avenida. O taxista esperava do lado de fora, entramos e coube todos ali incluindo as malas, mas a de Roxie foi nas próprias mãos no banco da frente, pedi para o homem, velho de uns cinquenta anos nos levar até a rua do acampamento, eu estava tão nervosa que meu inglês saiu errado. Dei o papel que estava em minha mão para Roxie que estava na frente e ela passou o endereço ao taxista. Ficamos rindo alguns minutos, eu e Jessy olhávamos pela janela para conhecer as ruas, as casas, e outras coisas que eu achar interessante. As casas eram lindas, uns prédios baixos, outros mais alto. Pessoas de todos os tipos passavam pelas calçadas com pressa e muitas ao celular, uns parques várias árvores, presumi que estávamos chegando ao acampamento.
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Love Be Here ( romance lésbico )
RomansaJulis é uma mulher que mora com a esposa Jessy e um gato mantendo uma vida com surpresas, vergonhas e muito romance. Logo planejam uma viagem para Seattle no qual aproveitam de todas as formas possíveis, rindo e se surpreendendo com o que descobrem.