O pesadelo (parte 1)

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Estávamos brincando com o gato e eu o imitava com o brinquedo novo dele, enquanto fazíamos bobeiras lembrei que estávamos no carro e por instinto pulei para o banco do motorista e dei partida no carro, com um grito disse que ligou. Fomos para casa, era oito e treze da noite e como era quarta-feira estava quase na hora de assistir nossa série. Fiz uma janta rápida enquanto Finick brincava com seu novo objeto e Jessy separava uma mochila para o felino deixando apenas os potes de ração e água e o brinquedo para fora. As malas estavam num canto da sala, entre o sofá maior se localizava à esquerda e o sofá menor à direita, duas malas médias, uma pequena e a mochila do Finick, a barraca estava na mala menor, não sei como mas coube, não era tão pequena como parecia.
As onze horas já estávamos quase dormindo, estava frio, então dormi de concha com minha esposa, e realmente me esquentou, com exceção dos meus pés o que a meia não faz o favor de esquentá-lo, felizmente temos Finick ele serve para mais que uma meia, seu pelo macio esquenta meu pé com muita rapidez.

" Eu apenas pensava em saber o que aconteceu, como fui parar em um local como aquele, parecia um beco escuro no entanto não tinha nenhum sinal de rua, mas parecia uma casa ou uma garagem, tinha uma luz vermelha meio rosa em uma tomada e eu não conseguia me mexer, minha vista estava embaçada, turva, forcei ela porque vi um vulto mais a frente, escutei um som de ferramentas caindo no chão, foi quando minha vista voltou ao normal. O que vi no chão era uma faca bem afiada, talvez uma para cortar carne, então fiquei assustada, um homem negro estava mais à frente conversando com outro, um deles tinha uma cicatriz branca. Então tentei me mexer mas não consegui, a primeira coisa que me veio à cabeça foi que estava paraplégica, mas foi aí que caiu a fixa, minhas mãos estavam amarradas e meu pés também, minha boca com um pano que tinha gosto de cebola, realmente nojento! Eu estava presa em uma cadeira.
- Huum! Huum!! - fiz um barulho com a boca então consegui falar algo com o som abafado - me solte! Por favor! - e a conversa daqueles dois caras parou, o da cicatriz veio em minha direção.
- Ah! Acordou moreninha? Já estava na hora... - ele deu uma pequena risada com som maligno - Sabe onde esta? - fiz que não com a cabeça - No meio do oceano! Máximos! Leve-a para ver a vista!
- O.k. Subchefe! Ha ha ha! Você vai adorar Torres! - então me segurou no colo e me jogou em uma cela - E aí? Consegue ver? Está bem longe da sua casa! Sua esposa não pode vir te buscar! Ah... Quando a chefe vai chegar Hods?
- Daqui alguns minutos!
- Minutos não! Estou aqui seus imprestáveis!
Eu reconheci esta voz, eu não vi a chefe entrar, mas sabia quem era, Caroline! Tentei dizer algo mas o pano me impediu.
- Tirem o pano da boca dela! Não entendi o que a mocinha disse!
- Caroline! Por que está fazendo isso comigo? O que você é? E o que eu fiz?
- Saiam os dois! - então se viraram em direção à porta - Julis! Minha querida! Não é óbvio? Você me desprezou, me humilhou!
- Mas é claro, deu em cima de mim! Com minha esposa ao meu lado! E te disse... SOU CASADA! Sua vadia! Não vai sair dessa feliz!
- Vou sim! Quem disse que não? E você vai junto!
- Nem ferrando sua vaca!
- Olha, olha! Esse palavreado não vai ajudar em nada! Eu só saio com você... E está é a única opção. Ou sai como MINHA NAMORADA ou sai DIVORCIADA!
- O QUÊ? NÃO PODE FAZER ISSO! VOCÊ É UMA IMUNDA! NUNCA NAMORARIA ALGUÉM COMO VOCÊ!
- Ah... Vai dar uma de difícil? - começou a andar em direção à cela que eu estava, sentada em outra cadeira, entrou e passou sua mão em meu rosto aproximando seu rosto ao meu - É assim que eu gosto... Garotas difíceis! - então virei meu rosto para o lado oposto do seu, mas apertou com força minhas bochechas forçando meu rosto para perto do dela novamente.
- Não vou te beijar! - então levei um tapa com tanta força que cuspi sangue - Não adianta sua ruiva desbotada!
- Quanto mais difícil mais eu gosto! - e infelizmente encostou sua boca na minha... - Aí gosto de sangue! Vou te dar um tempo para pensar... Mas creio que não tenha escolha...
- Para uma professora de crianças, você é muito vadia! - ela nem se importou, deu meia volta e saiu da sala e a trancando.
Comecei a olhar ao meu redor, a luz estava suficientemente claras para tentar encontrar algo que me fizesse me soltar, mas então reparei, a cela estava aberta. Consegui me 'levantar' e 'andar', então me virei e com as mãos afastei a porta da cela, sai e olhei novamente ao meu redor, e foi aí que vi alguns estiletes numa mesa, os peguei e consegui cortar a corda que me prendia. Afrouxei a corda que estava nos pés e coloquei em meu bolso, peguei um tipo de taco de madeira e um pote de uns 500ml e enchi com o suco que estava ali. Limão, ácido por natureza, nos olhos causa ardência e vermelhão. Voltei à cela e encostei novamente a porta, prendi a corda aos meus pés frouxa a ponto de soltar com um balançar, coloquei as mãos para trás com o pote só esperando Caroline voltar. O taco estava escondido entre a cadeira e minha bunda, ou seja, estava sentada nele. Estava tudo pronto, então gritei:
- Caroliine! Chamem a Caroline! Agora! Preciso falar com ela! Somente ela! - não demorou muito e ela apareceu e trancou novamente a porta.
- Julis... Pensou sobre o assunto? Em minha futura namorada? - eu senti um nojo nesse momento mas para que meu plano desse certo precisaria colaborar...
- Eh... Sim eu pensei... - ela entrou na cela e se aproximou de mim novamente, do jeito que eu estava planejando. - Pensei bem... E...
- Resolveu sair como minha namorada? - então aproximou seu rosto ao meu para olhar em meus olhos.
- Sim... - me preparei e joguei o suco que estava bem concentrado em seu rosto - Só que não! - mexi meus pés enquanto ela limpava os olhos ardendo e dei uma rasteira nela derrubando-a no chão então peguei o taco e golpeei sua cabeça, então desmaiou.
Para ter certeza de que havia realmente desmaiada a empurrei com os pés e confirmei. A levantei e prendi na cadeira com as cordas e tampei sua boca, estava com um corte na cabeça, então fui senti seu pulso e vi que estava fraco, e por instinto profissional limpei o sangramento. Olhei na janela pequena do barco e vi um jetski ao lado do barco, mas não dava para sair por ela nem por onde Caroline entrou, revirei o lugar novamente e vi uma daquelas janelas que geralmente tem em banheiros, no qual permitia que abrisse com facilidade, então fiz isso, mas só existia um problema, dava direto ao mar. Eu não tive escolha, desci a janela sem fazer barulhos e então fui nadando até o jetski, subi e comece a acelerar na direção da praia que tinha a pelo menos 150 km.
Quando cheguei eu conheci a praia, passei uns dias aqui com Jessy, foi aqui que nos conhecemos, ela perguntou se eu podia dividir o guarda-sol com ela, naquele momento não via o porque não dividir, eu estava encantada com a beleza dela, e ela percebeu que estava olhando diferente para ela, mas não estava na hora de pensar nisso, tinha que encontrar a polícia. Corri muito mas não encontrei nenhuma viatura e então resolvi ir para casa, sai correndo o mais rápido que conseguia, não era muito longe, na verdade, um pouco, 9 quarteirões. Subi o elevador e apertei a campainha, estava sem chave nenhuma, Jessy atendeu com uma voz de sono.
- Oi... - mas perdeu a voz de sono quando me viu - Mas... Mas... Mas como? Como você veio parar aqui? Não estava deitada comigo?
- Você não percebeu que eu desapareci?
- Acabei de ver você na cama, AGORA! - Entrei e vi uma mulher possivelmente semi nua na cama.
- Você me traiu? - então a mulher acordou e realmente era eu..."
" - Como pode isso? Como... Pode...?
- JULIS! JULIS! JULIS!

Love Be Here ( romance lésbico )Onde histórias criam vida. Descubra agora