Conhecendo Seattle

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Estava passando mal, eu realmente tinha esquecido que tinha medo de altura. Jessy me acalmava falando pra mim esquecer que estava em um lugar tão alto como aquele, ainda faltava dez minutos para nosso tempo acabar. Fui me distraindo com o sorriso de Jessy, que ria de mim dizendo que não devíamos ter ido ali, mas era um objetivo que sempre tive. O tempo acabou logo, por um lado foi bom mas por outro era triste, uma vista como essa valia a pena passar mal.
No elevador filmei a descida, todos os prédios pequenos aumentando lentamente seus tamanhos, as pessoas como formigas voltavam ao normal, as árvore estavam mais visíveis. Meus passos saiam pequenos, meu braço esquerdo estava enroscado no braço direito de minha esposa.
- Amor... Tem um museu ali... Vamos lá?
- Ah Julis! Espera um pouco... Vamos descansar... Tem bastante tempo ainda... Recém 10:15!!
Andamos até uns bancos, me sentei e Jessy encostou sua cabeça em meu peito, meus dedos acariciavam seus cabelos negros, estava começando a ficar com fome, então andamos abraçadas, passamos ao lado do Experience Music Project Museum. Eu realmente não sabia como descrever aquele lugar, uma arquitetura que talvez minha mãe gostaria de ver, cheia de voltas, curvas, cores que chamavam bastante a nossa atenção, filetes que brilhavam com a luz do sol que estava fraca. A vontade de entrar ali estava aumentando, era ainda dez e quarenta, tinha bastante tempo pra visitar ali e o outro lugar que tinha do outro lado da torre.
- Dá pá segurar um pouco a fome? - pergunto.
- Aham, por quê?
Puxei Jessy em direção a entrada, ao lado esquerdo da portaria estava a bilheteria, compramos dois bilhetes e fomos em direção à fila mediana que estava ali. Um homem branco, alto e forte estava como segurança na entrada, crianças que pareciam estar em excursão com a escola entrava aos poucos. Na nossa vez, pediu nossos bilhetes e entramos já com os olhos arregalados com aquele lugar. Uma sala enorme, com luzes coloridas em algumas paredes, quase no centro tinha um tipo de pinheiro, mas era totalmente montado com instrumentos musicais: guitarras, baterias, violão, flautas, grossa do teto e afinando quando chegava ao chão.
Chegamos perto e eu queria tocar tudo aquilo, mas um medo de tudo desabar com um simples toque era enorme. Fotos aqui, ali, paredes com músicos famosos, instrumentos enormes, uma sala sobre o ballet com quadro de bailarinas. Quase na saída, tinha uma exposição do filme Avatar, as cabeças das personagens principais que pareciam até ter vida, com detalhes que não tinha reparado no filme. Até a saída era uma boa atração.
- Meu Deus!! Já é uma e meia??
- Ah vamos almoçar...
- Olha lá pra frente... Consegue ver aquilo?
- Hum... McDonald's?
- Vamos almoçar ali? - pergunto a Jessy.
Naquele momento fiquei pensando se os lanches aqui eram iguais os que vendiam perto de casa, quando entramos o lugar não era tão diferente, talvez uma cor ou outra... Olhei quase para o teto onde estava fotos dos lanches com acompanhamentos, os nomes e os preços das promoções.
O tempo passou tão rápido que quando olhei já era três da tarde. Depois que descansamos, passamos em frente ao Pacific Science Center, a entrada daquele lugar me chamou a atenção, uns "arcos" brancos com luzes lilás e verde claro fazia com que um dia ensolarado passou a um dia nublado voltasse a brilhar. Um lugar enorme, logo na entrada tinha um cubo mágico onde uma placa dizia que era o maior no mundo e que estava nos livros dos records.
No teto haviam placas especificando onde ficavam cada exposição. "Excursion Egypt, Big vermin, Aquatic Animals..."
Seguimos caminho em cada sala, haviam tumbas egípcias e vários objetos encontrados em pirâmides. Insetos de dois ou mais metros de altura, aquários com estrelas serpentes vivas, fósseis de tubarões e baleias, esqueletos de diferentes tubarões e evidências de que existiram tubarões com mais de 30m. Logo mais a frente, um espaço maior ainda que os outros, e na entrada uma placa enorme escrito: "History NASA".
Localizado no centro um foguete grande mas era um tipo de maquete, fotos de cientistas com registros de suas descobertas.
Era cinco da tarde, pegamos um taxi e voltamos para o acampamento.

Love Be Here ( romance lésbico )Onde histórias criam vida. Descubra agora