Minutos de tristeza

972 55 0
                                    

Quando acordei Jessy não estava ao meu lado mas Finick estava quase em meus braços, todo estirado na cama com a cabeça no travesseiro parecendo até gente, a ponta de seu rabo balançava de um lado ao outro e sua boquinha parecia mostrar um sorriso com a ponta da língua pra fora. Olhei a hora vendo que faltava dez minutos para tocar o despertador às nove da manhã, fui me abraçando a Finick para voltar a dormir mas escuto uma voz linda sussurrando em meu ouvido:
- Nem vem amor... Vamos acordando... - Jessy beija minha bochecha.
Solto um murmuro dizendo que não queria levantar ainda tapando meu rosto com o travesseiro que ela usava, mas Jessy me puxa pelo braço já me abraçando e beijando minha boca. Quando afasto meu rosto de perto do dela vejo aquela marca roxa em seu lábio solto uma risada tímida lembrando o que aprontamos ontem à noite, então minha esposa me pergunta se queria o café da manhã ou um banho primeiro, mas como ainda estava com muito sono então fomos para um banho morno. Aquela água escorrendo pelo corpo de Jessy me deixava um pouco excitada, mas segurei minhas vontades porque sabia que não teríamos tempo. Ao pegar as roupas não demoro muito para colocar a leggin e a blusa fluorescente, pego o tablet e entro em minha rede social avisando a Fernanda :

"FE! VAMOS ESTAR NO AVIÃO AS 13 E CHEGAREMOS AÍ ÀS 7:30 NO HORÁRIO DAQUI! OU SEJA, CHEGAMOS 12:30 +- AÍ!!"

Não sei como o tempo passou tão rapidamente, era dez e quinze e já estava tudo pronto, apenas faltava algo para levar para comer no avião, então pensei em ir na padaria que tinha do outro lado da rua. Estava vazia, apenas duas pessoas e uma delas já saia da padaria, peguei um papel com um número de atendimento e esperei no máximo cinco minutos e fomos atendidas. Não sei porque mas estava com uma vontade desesperada por bolo ou algo parecido e quando olhei os produtos naqueles balcões, sem pensar pedi brownies, cupcakes de blueberry e algumas balas.
Faltava meia hora ainda, aproveitando que não havíamos subido ao quarto ainda, fui até o balcão e paguei pelos dias que ficamos ali dizendo que iríamos em poucos minutos. Voltamos ao nosso quarto e terminamos de pegar as coisas de Finick, os carregadores, nosso "brinquedo" e os doces que compramos. Tudo bem arrumado, meu gatinho foi muito esperto, ele estava agitado talvez sabia que íamos voltar pra casa, fez tudo o que precisava fazer antes de entrar na caixa de passeio, se alimentou e dormiu. Escuto um barulho baixo de telefone tocando ao lado de nossa cama, era o gerente no qual falava que o taxi já nos esperava.
Uma corrida tranquila até o aeroporto, estava quase chorando passando por aquelas ruas e vendo alguns lugares que visitamos e bem longe a ponta do Space Needle lembrando de nossas safadezas, risadas, brincadeiras e das nossas amigas aeromoças. Chegando ao aeroporto entramos lentamente com as malas e Finick, eram exatos onze e trinta, continuei indo direto procurar alguém responsável para o embarque de animais, mas tive um pouco de dificuldade, e finalmente encontramos uma mulher morena que olhou a papelada e com pouco de dúvida, então falei para olhar os próximos papéis e ela fez uma cara de quem começou a entender, se virou pegando um papel e uma caneta escreveu umas coisas e pediu para, tanto eu quanto Jessy, assinarmos e logo deu uma carimbada.
Seguimos as placas para poder despachar as malas e andar até os portões, mas estava bem , e a fila para despache de malas também. Ainda faltava fazer o check-in então decidi que Jessy fosse fazer isso junto de Finick e eu ficava na fila imensa com duas malas grandes e uma média. Era meio dia e vinte e ainda estava na fila, meia hora ou mais ali, apenas duas pessoas na minha frente e eu não tenho certeza se estavam juntos, minha esposa estava me esperando fora de todas aquelas filas no caminho que as pessoas faziam para sair da área de despacho. Eu a olhava e ela piscava o olho direito em minha direção enquanto eu ficava envergonhada e mais tímida, fiz um sinal com a mão pedindo para se juntar a mim então ela seguiu o caminho até chegar ao meu lado com Finick na caixa em suas mãos, sinto aquele beijo suave e simples que me fazia implorar por mais, mas contive o meu desejo.
Quinze minutos passaram rapidamente e tínhamos que encontrar o portão 15 para podermos embarcar, me orientando pelas placas penduradas sigo a seta que indica os portões 15 à 30 para direita. Sentamos logo ao lado da porta que dava acesso à um corredor pequeno levando ao avião. Escuto uma mulher dizendo que a chamada de nosso vôo começará em instantes e realmente começou. O homem que chamava os passageiros dizia para fazer duas filas: uma com crianças de colo, idosos, quem tinha créditos especiais e animais à bordo; outra pessoas sem crédito nenhum. Seguimos o camino do corredor até a entrada do avião, encontramos nossos lugares e nos aconchegamos sabendo que teríamos que nos levantar logo mais para o passageiro que escolheu o assento ao nosso lado. Aquele silêncio de início começa a desaparecer, crianças chamam os país, as pessoas conversando aqui e ali até que todos já estavam ajeitados em seus lugares. Uma voz feminina começa a dizer no interfone que decolaríamos em quinze minutos, apenas esperando a liberação da pista, mas foi ao que algo chama minha atenção e de minha esposa.
- Julis Torres and Jessy Robbins, please appear on the tail in this aircraft. *Julis Torres e Jessy Robbins, por favor comparecer na parte traseira desta aeronave.*

Love Be Here ( romance lésbico )Onde histórias criam vida. Descubra agora