Presentes pro gatinho

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Estava um silêncio naquele momento, apenas se escutava barulho de carros na rua e a respiração profunda de minha amiga. Ela não respondeu, devia estar pensando no que fazer e dez minutos se passaram, estávamos em frente à porta do laboratório e foi então que Fernanda disse algo:
- Julis espera aí com Finick que eu já venho... - passou mais cinco e então Geraldo apareceu e chamou o gato.
- Ah Finick entra gatinho! Eu amo gatos Julis! Mas só hoje viu!
" Miau! Miau! Miau!"
Ele entrou rápido no local e deitou no sofá da sala de espera onde aquelas crianças fizeram filas. Queria vê-las novamente, essas crianças deixaram meu trabalho muito divertido, pensando agora podia sugeri visita à escolas dos bairros vizinhos para Geraldo. Mas não vou pensar nisso agora, da que a pouco irei buscar minha esposa no seu trabalho e vamos com Finick na loja de animais. As quatro da tarde peguei minha bolsa e me despedi do pessoal do trabalho, chamei Finick e ele respondeu com um miado seguindo ao meu lado indo em direção ao meu carro.
- Finick entra no carro! - e ele não quis entrar porque tem medo, então o peguei no colo e me sentei no banco do motorista, enquanto o segurava fechei a porta e liguei o carro, dei partida e comecei a dirigir - Olha gatinho, fique quieto aí atrás!
Demorei um pouco para chegar, o trânsito que peguei foi pouco intenso mesmo assim cheguei faltando cinco minutos. Finick dormia no banco ao meu lado, não o vi chegar ali, mas o peguei no colo para não fugir do carro quando Jessy chegasse e ele voltou a dormir. Estava uma delícia fazer carinho nele, desde quando o pegamos ele tinha o pelo mais macio que eu já vira desde criança, tocava música no rádio, coloquei meu pendrive no meio do caminho e estava tocando Katy Perry, Demi Lovato, Selena Gomez meio baixo e então escutei um " TOC, TOC" olhei no vidro e Jessy estava ali, destranquei o carro e ela entrou.
- Oi amor! - ela me deu um beijo tão gostoso - Finick! Você trouxe ele amor! Oi meu gatinho lindo! - ele levantou a cabeça e miou sonolentamente.
- Não amor, não pretendia trazer ele... O encontrei no banco do parque pouco depois que sai para o almoço com a Fê... Passou a tarde comigo e foi o centro das atenções no trabalho.
- Aí gatinho arteiro! Vem cá com a mãe e deixa a outra mãe dirigir! - Jessy o pegou e levou ao seu colo - Ah gato preguiçoso! Já dormiu? Dorminhoco da mãe! - escutei o ronronar dele. Vinte minutos mais tarde...
- Finick!! Chegamos! Vamos comprar presentes para você!
- Ah que amor! Ele gostou de entrar aqui! - estava deitado como um bebê no colo de Jessy - Esta ali! As caixas de passeio de gatinho! Vamos lá ver!
Olhamos cada uma e então lembrei que a mulher do departamento responsável pelo vôo de animais falou que não podia ser muito grande então escolhemos uma que cabia perfeitamente Finick e sobrava bastante espaço para ele caber quando for maior. A caixa era azul bebê, muito linda, então fomos procurar um cobertor para ele e e uma roupinha. Antes de ir, Jessy queria ver os outros animais, mas só tinha três coelhinhos, filhotes tão bonitos, dois de orelhas em pé e manchados e um de orelhas caídas e pelo branco brilhante.
- Amor, não acha melhor comprar um pacote pequeno de ração para ele, o suficiente para se alimentar lá em Seattle?
- Hum... Certo, você tem razão amor... - pegamos um saco pequeno que era o suficiente e resolvemos comprar os molhos de acompanhamento lá mesmo em Seattle.
- Aí que lindo! Finick você gosta disso? - Jessy pegou um brinquedo e balançou na frente do gatinho. - Gatinho gostou é? - Finick balançou a cabeça e jogou a pata para pegar.
- Esta bom amor leva para essa fofura brincar.
Depois de esperar alguns minutos na fila para o caixa Jessy passou o cartão e pagou, realmente não deu muito caro, andamos em direção ao estacionamento e estava cheio, muito mais que antes, olhei para o lado e vi que a farmácia que ocupava o mesmo espaço estava cheia como a loja de animais. Continuamos andando procurando pelo carro e não encontrei, tinha vários carros da mesma cor e mesmo andando de corredor em corredor não encontrava o nosso. Então resolvi usar o controle para escutar o barulho e então vejo um clarão das lanternas e fomos naquela direção e entramos abri a porta traseira e coloquei as compras ali. Resolvi já arrumar a caixa de passeio com o cobertor de Finick e falei para ele entrar e ele pulou para o banco e cheirou a caixa, logo entrou e começou a puxar o cobertor com as unhas e, finalmente se deitou.
Quando fechei a porta traseira senti as mão geladas de Jessy em meu braço e fui puxada para um beijo extremamente delicioso, fazia um barulho bem baixinho então a pressionei sob o carro colando meu corpo ao seu. O estacionamento estava vazio, apenas se escutava barulhos de carros na rua logo atrás e alguns grilos fazendo "CRI, CRI". Passei a mão em sua coxa e comecei a apertar sua bunda, mas em segundos ela bateu sua mão na minha e aproximou sua boca de meu ouvido cochichando "Aqui não amor... Tem gente ali atrás! Em casa o.k.?" Então entramos no carro e tentei ligá-lo, mas não ligava, a bateria devia estar acabando, esperamos mais um pouco e não adiantou, então fomos para o banco de traz ficar com Finick.

Love Be Here ( romance lésbico )Onde histórias criam vida. Descubra agora