Um motel na escola

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Quando saímos do banheiro olhei a hora de relance e vi que já ia dar cinco e meia da manhã perguntei se Jessy estava com fome, então balançou negativamente sua cabeça, e então fomos ver um filme. Peguei o tablet e ela escolheu qual queria ver.
- Ah, já aconteceu muita coisa hoje, então esse vai nos distrair... - olhei a tela e estava ali Frozen.
- Sério? Aí como é criança... 27 anos na cara mas parece com 15... O.k. Vamos ver...
Peguei o fone e coloquei um em meu ouvido direito e um no esquerdo de Jessy. Começamos a ver. Ela me abraçou pela cintura e deitei minha cabeça em seu ombro, sentia sua mão me acariciando levemente, ela consegui arrumar um jeito para que o tablet ficasse inclinado na mesa à minha frente, qualquer puxão longo do fio do fone de ouvido derrubaria e faria um barulho bem alto. Minha mão estava sobre a coxa dela, fazia carinhos cautelosamente.
Quando acabou o filme era sete horas, e meu despertador começou a tocar num tom baixo. Desligo e começo a ficar com fome. Ainda havia dois sanduíches para cada uma de nós, peguei uma e dividi com Jessy.
- Hummm... Salame... Delicia! - disse com a boca cheia
- Ah não acredito que fez isso... - começou a rir bastante. - E ainda diz que eu sou criança... Boba!
Devia ser quase sete e meia, olhei ao redor e via as pessoas começando a acordar, umas crianças chamando os pais porque estavam com fome.

"Bom dia senhores passageiros, aqui quem fala é o piloto Nathan, desejamos à vocês um bom dia, estamos à 37 mil pés de altura, sobrevoando a divisa de Amazonas e Colômbia. Dentro de instantes irá dar início ao nosso serviço de bordo."

Cloe passou pelo corredor com um carrinho com café, uns lanches de presunto e queijo, bolachas, sucos de caixinha para as crianças e devia ter uns doces por ali. Quando passou ao meu redor vi que agia de forma diferente, presumi que ainda não havia superado o ocorrido de madrugada lá no corredor dos banheiros, a olhei bem fundo em seus olhos esverdeados e fiquei meio sem jeito e constrangida. Ela seguiu todo o corredor e quando chegou ao fim vi que pegou o microfone.
- Senhores passageiros, o serviço de bordo será cancelado a partir deste momento, voltando somente ao meio dia.
Depois desse momento fiquei conversando com Jessy por algumas horas, relembrando todos os nossos momentos de risada ou de vergonha, mas nada comparado ao que aconteceu hoje de madrugada. Comecei a ficar cansada e pedi para começar a mexer em meus cabelos, fazendo cafuné lentamente até que eu peguei no sono.

"Estávamos no ensino médio, eu com 17 anos e Jessy com 18, estudamos numa escola particular na mesma sala de aula, tínhamos um pequeno grupo de amigas, e elas sabiam de minha relação com Jessy. Essa escola sempre teve laboratórios, mas naquele momento não havia mais nenhum, no lugar havia um tipo de motel, com quinze quartos para "alugar".
Jessy me disse que tinha marcado um horário num quarto para podermos aproveitar meia hora como quiser. Chegamos num balcão e falamos nossos nomes, a mulher que estava ali pegou uma chave e disse 'quarto número oito' seguimos em direção ao quarto, e eu achei estranho que uma de nossas amigas estava indo junto, mas esperaria no lado de fora. Não entendi o por que dessa sua escolha.
Destranquei a porta e a levei para dentro, trancando logo em seguida. Em segundos peguei Jessy em meu colo e a pressionei sobre a parede encostando meu nariz ao seu.
- Gatinha, eu te amo! - a beijei com toda vontade que eu estava no momento.
Senti suas mãos passando lentamente sobre minhas costas e me puxado para mais perto de seu corpo. Suas pernas estavam encaixadas em minha cintura e minha bunda. Logo atrás de nós, havia uma cama de casal com apenas um lençol e dois travesseiros, ainda com Jessy em meu colo, levei-a para cama e tirei sua roupa toda. Ela fez o mesmo. Estávamos nuas, Jessy agora estava em cima de mim, encaixou sua coxa entre minhas pernas e a minha coxa estava entre as suas, começou a se movimentar bem devagar, sentia sua coxa se esfregar na minha vagina e a minha fazia o mesmo.
- Aí Juliiiis! Está muito gostoso! - começou a gemer lentamente, quase gritando, mas se conteve.
- Vai ficar melhor... - minha voz saiu bem ofegante, e em segundos me virei para cima dela e comecei a chupar seus seios.
Continuei trepando em Jessy e resolvo beijar carinhosamente sua barriga até chegar perto de sua vagina, deixando-a arrepiada. Passei a minha mão direita levemente sobre sua intimidade e começo a abrir suas pernas. Lentamente ajeito sua vagina no qual me permitia chupá-la, eu continuei num ritmo lento. Levantei meus olhos para ver Jessy, e ela se contorcia e segurava a cama, no entanto resolveu segurar meus cabelos com força.
- Continua assim! - gemeu pouco alto - Vou gozar... - então começou a tremer seu corpo - Assiimm!
Depois de satisfazê-la ainda faltavam dez minutos então abracei ajeitando sua cabeça em meus seios fazendo carinho e conversando.
- Amor, gostou? - disse com um grande sorriso.
- Impossível não gostar do que você faz né? - ela soltou um sorriso envergonhado.
Seus cabelos negros estavam soltos em meu ombro. Faltou cinco minutos então nos levantamos e colocamos as roupas. Quando saímos trancamos a porta e segurei a mão da minha gatinha, entrelaçando nossos braços. Enquanto seguíamos o corredor, vimos nossa professora de química olhando nós duas.
- Ah, um casalzinho? Que casal lindo! Aproveitaram bem aqui?
Mexi a cabeça afirmando a resposta."

Uma criança começou a chorar tão alto que percebi que era apenas um sonho. Estava tão bom, não queria que parasse. Olhei ao meu redor e Jessy não estava ali, nem Finick, então soltei meu cinto e fui até onde tinha ido levar meu gato fazer suas necessidades.
- Jessy... Está aqui?
- Oii Julis! Estou aqui com Finick! - disse que iria usar o banheiro ao lado.
Voltei ao meu acento e resolvi olhar as horas, o relógio marcava 11:50, deduzi que o carrinho do almoço estaria passando logo logo. Mas achei melhor não comprarmos nada apenas um refrigerante e dividir já que ainda tinha três lanches. Jessy estava chegando e me cutucou no ombro pedindo para te dar um espaço para se sentar. Fiz amizade com a senhora que sentava ao nosso lado, era aposentada e falava pouco português, mas conseguimos nos comunicar num portuglês. Estava muito chato ali sem fazer nada, abracei minha esposa e fiquei escutando músicas com ela.
O vôo voltou a ficar calmo, estava ali a mais de treze horas, olhei a mulher que estava do outro lado do corredor, estava viajando sozinha, os acentos ao lado estavam vazios, ela lia um livro, não consegui saber qual o título. Mais à frente, um homem com bastante estilo, terno e tinha uma maleta ao seus pés, tinha um óculos que fazia com que seu rosto se afinava.
As aeromoças andavam de um lado para o outro.

"Senhores passageiras estaremos passando por uma pequena turbulência durante alguns minutos"

Começou a tremer a aeronave, senti Jessy me apertar de tanto medo, mas não era somente ela que estava com esse sentimento, estava tremendo, e ambas ficamos pálidas. Ela estava tão nervosa que tentou esconder seu rosto em meu peito, e eu fiz o mesmo em suas costas. Finick estava com fome, e miava porque não parava de tremer, larguei uns biscoitos ali e o resto do sache para ele comer a vontade. Roxie passou ao meu lado e me avisou que era para ficarmos em posição vertical, segurei forte as mãos de minha esposa que estava nervosa quanto eu. Enquanto a aeromoça estava ao meu lado se segurando nas poltronas eu a chamo e ela aproxima seu rosto a mim.
- Roxie, depois eu gostaria de falar com você e Cloe... Sobre o que aconteceu mais cedo... - ela balançou a cabeça afirmando que depois conversaríamos - Depois da turbulência... - disse tremendo as palavras.
Passou uns dez minutos e não adiantava, não acabou a tremedeira da aeronave, a turbulência continuou, sem diminuir, apenas aumentando.

Love Be Here ( romance lésbico )Onde histórias criam vida. Descubra agora