A loira machucada

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Em seus olhos via o olhar de frustração e dor, fazia umas caretas quando encostava o algodão molhado no pequeno ferimento, seu batom rosa agora não estava mais visível, um pequeno inchaço se formou ao redor do ferimento. Via que estava agitava, ainda assustada, sua pupila estava dilatada e suas mãos tremiam, então as segurei pedindo para se acalmar, mas falei em português e eu nem havia reparado, ela me olhou com dúvida então Jessy me avisou o que fiz.
- Try to stay calm! - disse novamente mas no idioma dela. *Tente ficar calma!*
Ela começa a ficar com falta de ar, sinto seu pulso e vejo que está muito acelerado, peço um copo e em instantes está em minha mesa encho de água e falo para beber devagar e não respirar pela boca. Pouco depois vejo que está mais calma então sinto seu pulso novamente e vejo que está normal, ela passa a mão em uma mecha de cabelo loiro levando para trás da orelha abrindo um sorriso tímido para mim e Jessy.
- Thank you... - disse a loira se despedindo timidamente.
Escutei um casal aplaudindo pra mim então fiquei vermelha de vergonha então virei meu rosto para ver minha esposa, começamos a tomar café da manhã. Não sei exatamente quanto tempo passamos ali dentro, trinta minutos ou mais, paguei a conta e a loira estava ali no balcão com o lábio pouco o inchado. Me dirigi em direção a porta e sinto algo puxado meu braço esquerdo, ao me virar e ver quem era, olhei bem fundo nos olhos verdes da loira que eu ajudei à pouco. Escutei sua voz falhada sair de sua boca agradecendo mais uma vez dizendo que queria fazer algo para servir de agradecimento.
- Let's go out tonight you and your girlfriend? - perguntou ela. *Vamos sair hoje a noite, você e sua namorada?*
- Sorry... But it's last day here... Tomorrow we go away... *Desculpa... Mas é nosso último dia aqui... Amanhã vamos embora...*
- What's your name? And her name? - pergunta a loira. *Qual seu nome? E o dela?*
- My name is Julis and my wife Jessy.
- Ok Julis, dinner?? In my apartment! *Ok Julis, jantar? No meu apartamento!*
- I don't know... In lunch hour we come back here and I answer you... Ok? *Eu não sei... Na hora do almoço nós voltamos aqui e eu respondo você. Ok?*
Depois de falar com a loira perguntei seu nome e segui com Jessy pelas ruas à procura do zoológico, contando o que a Piper, a loira, sugeriu para fazermos à noite. Eu achei uma boa ideia o jantar que Piper ofereceu, além de ser um jeito para nos despedir daquele lugar maravilhoso começaríamos uma última pessoa daquele lugar. Me perdi duas vezes naqueles quarteirões em direção aos animais do zôo, mas depois de vinte e cinco minutos andado e perguntando às pessoas chegamos na rua e seguimos até a entrada.
Paramos em frente e observamos aquela entrada, metal preto e madeira que decorava ali, um letreiro escrito "Woodland Park ZOO" com pinguins desenhados. Pagamos nossa entrada e começamos a nos dirigir à todos os animais, nas mãos de Jessy estava um pequeno mapa do lugar, indicando onde cada animal estava localizado. Um lago com alguns flamingos, e muitos outros pássaros. Dois leões dormiam, uma família de tigres e de onças pintadas, tigres brancos lindos bocejavam, praças com várias árvores e arbustos com pássaros voando sobre alguns galhos. Uma jaguatirica dormindo e outra correndo atrás de algum inseto, quando às vi quis pega-las pra mim. Na área dos aquáticos haviam duas divisas para pinguins supostamente por causa de serem espécies diferentes, leões-marinhos enormes e extremamente gordo, e outro que parecia filhote perseguia uma criança que corria de um lado ao outro.
No caminho para as girafas tinham pelas estradas umas barracas que informavam a venda de alimentos para as girafas e para zebras. E Jessy toda criança comprou para o de zebras. Tiramos uma foto com a cabeça da girafa entre eu e minha esposa, ela tão mansa que deixou eu dar um beijinho em sua cabeça. E Jessy estendia as mãos com pouco de medo para alimentar as zebras que vinham em montes, fotos dela rindo com as cócegas formadas pelas línguas dos animais. Os ursos tentavam correr entre as águas, que pegavam os peixes e pulavam para alcançá-los, um animal que não me vinha o nome em mente, mas depois de fazer sacrifício lembrei, suricatos, brincavam dentro de uma melancia que parecia oca, somente a casca.
Meio dia e dez saímos do zoológico loucas de fome, mas compramos apenas cachorro quente que se vendia pelas ruas.
- Amor... Você já decidiu sobre o pedido de Piper? - Jessy me pergunta.
- Por mim tanto faz... Pode ser...
Seguimos até o Starbucks que fomos mais cedo e depois de vinte minutos começamos a conversar com Piper, ainda com os lábios inchados e um pequeno corte já cicatrizando. A loira começou a falar onde morava e depois de tanto tagarelar eu percebo que é a rua do lado da rua do hotel. Nesse tempo acho que foi dez minutos ou mais, às sete horas da noite, Piper passaria para nos buscar já que seria tarde de mais para sair andando naquela escuridão. Até o jantar Jessy e eu teríamos bastante tempo para começar a arrumar as coisas e separar as roupas para viagar.
No quarto do hotel, estávamos jogadas na cama para descansar um pouco, deu um sono forte quando senti a mão de minha esposa em meus cabelos fazendo um carinho gostoso, mas quando percebo que cochilo em seus braços abro meus olhos falando para pelo menos separar a roupa de hoje a noite, pijama e a roupa de amanhã. Estava tudo separado em cima da cômoda, três montes diferentes: um com calça jeans, uma camiseta apertada que apertava em meus seios e uma jaqueta; o segundo com uma camisola meio transparente com desenhos de corações de veludo; o terceiro com calça legue uma camiseta rosa fluorescente com traços amarelos e uma jaqueta. Jessy nem imaginaria o que eu estava planejando para essa noite.

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