— Meu amor, eu preciso saber se te machuquei, por favor, fale comigo. — Disse beirando o desespero e então ela negou com a cabeça e o abraçou, numa tentativa de acalmá-lo.
Depois do abraço, Sophia sentiu Micael se acalmar em seus braços, tinha se assustado com Micael tão agressivo, mas no fundo sabia que ele jamais a machucaria.
Por cima do ombro dele, Sophia conseguiu ver a irmã no colo da mãe, com as mãos no pescoço ainda sem acreditar que aquilo tinha acontecido.
— Conseguiu se acalmar? — Sophia perguntou com a voz doce assim que se afastou do namorado.
— Consegui, me desculpa de verdade, nunca foi a minha intenção acertar você. — Pediu mais uma vez e talvez pediria muitas mais.
— Eu sei disso, meu amor. — Lhe deu um selinho, Sophia conseguia enxergar medo em seu olhar. — Vamos embora daqui de uma vez. — Ele assentiu e os dois ficaram de pé. — Pode, por favor, pegar a minha mala lá em cima? — Assentiu e se foi, bem rápido. Sophia caminhou até perto da irmã com uma cara brava. — Deixa o Micael em paz, Luiza. De uma vez por todas.
— Ele quase me matou! — Luiza tinha uma voz rouca.
— Ele não ia te matar. — Defendeu o namorado. — Você não vale o réu primário de ninguém.
— Filha, ele está descontrolado, você não devia ir pra casa com ele, é um perigo! — Branca suplicou a filha caçula, ainda tinha a cabeça de Luiza sobre seu colo.
— Ele é o pai do meu filho, lógico que vou pra casa com ele. Todo mundo aqui sabe que o Micael não é violento, Luiza procurou tanto que acabou achando sarna pra se coçar.
— Eu só disse que amo meu filho.
— Depois de dizer que abandonou os dois pra viver com outro homem! — Sophia rebateu na hora e viu a irmã se sentar.
— Eu já disse que é mentira! — Gritaria se tivesse com a garganta boa. — Eu amava o Micael.
— Será mesmo? — Ergueu uma sobrancelha. — Último aviso, fica longe do meu Micael. — Os passos dele descendo a escada foram ouvidos, Sophia caminhou até o namorado e os dois saíram daquela casa de mãos dadas.
O caminho até a casa dos dois foi de completo silêncio, Micael estava pensativo e a loira respeitou o momento, apenas ligou o rádio e encostou a cabeça no vidro da janela enquanto observava a paisagem passar.
Quando chegaram, Micael foi direto para o banheiro e mais uma vez Sophia não o seguiu, esperaria o momento certo pra falar com ele, ou esperaria até quando tivesse paciência.
Ela tomou banho no banheiro social e quando voltou ao quarto, encontrou o namorado deitado na cama, encarando o teto, bem pensativo.
— O que foi, amor? — Chamou sua atenção e então sorriu ao vê-lo a olhar. — Está muito estranho.
— Nada. — Respondeu seco e Sophia respirou fundo pensando no que devia dizer a ele.
— Poxa vida, Micael, isso não vai dar certo se você não confiar em mim. Precisamos ter diálogo para que nos entendamos.
— Só estou com medo, acabei de apertar o pescoço da sua irmã e não sinto remorso do que fiz, será que esse agora sou eu? Um homem que bate em mulheres?
— Nada disso! — Se apressou a defendê-lo. — Luiza não é flor que se cheire, talvez ela estava falando aquilo tudo só pra você se estressar com ela mesmo. Digo, não foi correto o que você fez, mas isso não significa que você é um monstro e que vai bater em qualquer mulher que chegue perto de você.
— Você tem uma fé em mim que eu mesmo não tenho. — Sorriu, se deixando ser confortado por sua mulher. — Eu te amo.
— Eu sei que ama! — Lhe deu um beijinho. — Agora, vamos esquecer tudo o que aconteceu, eu vou te fazer relaxar um pouquinho. — Sorriu maliciosa e iniciou um beijo quente que fez o clima se transformar no mesmo instante.
Uma das mãos de Micael estava na nuca da namorada, pressionando o rosto dela contra ele, deixando o beijo mais intenso. A outra mão deslizava por sua perna e subia lentamente a caminho de sua intimidade.
Sophia se soltou e subiu no colo do amado, tinha as pernas abertas encaixada em sua cintura, recomeçou o beijo e sorriu ao sentir sua ereção. Estiveram muito tempo longe um do outro para que deixassem Luiza atrapalhar ainda mais a relação deles.
Micael tirou a blusa de Sophia, que não estava usando sutiã, os olhos do moreno quase saltaram as órbitas, era como se visse os seios de sua amada pela primeira vez, nunca se cansaria de admira-la. Acariciou os dois seios enquanto Sophia rebolava em seu membro, estava entregue a ele e amava ver seu expressão de tesão. Quando a boca quente tocou um de seus mamilos, Sophia soltou um gemido alto, que logo ela mesma reprimiu, não queria que nenhum de seus vizinhos ouvisse.
A certo ponto, Sophia finalmente saiu de cima de Micael para que pudesse ter espaço para tocá-lo. Micael voltou a abocanhar os seios de Sophia enquanto a mesma o massageava, ainda tinha sua cueca, mas não era como se aquela peça de roupa atrapalhasse algo.
A loira se afastou ainda mais e o ajudou a tirar a peça de roupa que embora não atrapalhasse, não tinha porque ficar ali. Sorriu para o membro ereto antes de enfiar em sua boca e fazer carinho na cabeça com a língua.
Micael se deitou apreciando aquele sexo oral intenso, a certo momento juntou seus cabelos e os segurou num rabo de cavalo, a pressionando a ir mais fundo, estava uma delícia.
— Tá bem, se você quiser que eu te coma, vai ter que parar com isso agora. — Disse ofegante, com muito tesão devido aquela chupada intensa que havia recebido.
Sophia então lhe deu uma última chupada antes de largar, mesmo um tanto contra a vontade, estava se deliciando com aquilo. A loira aproveitando-se que Micael estava deitado, se ergueu para encaixar em seu membro, já doida para sentir tudo o que somente Micael era capaz de fazer sentir, mas ele a impediu. Virou a mulher na cama, tirou o shorts e a calcinha antes de abrir suas pernas e passar a língua bem no meio de sua intimidade. Foi tudo tão rápido que Sophia soltou um grito de surpresa, pouco antes de agarrar os lenços numa tentativa de aliviar o prazer.
Micael chupou até sentir que a loira havia gozado, só saiu de lá, quando viu seu corpo amolecer no lençol e sua respiração ficar ofegante. Seu gosto era delicioso e faria aquilo o dia inteiro se fosse necessário.
— Você é deliciosa. — Lambeu os lábios e a viu sorrir, ainda com expressão de êxtase pelo recém orgasmo. Não lhe deu tempo de aproveitar e então entrou nela, observando seus olhos se arregalarem e o tesão voltar a brilhar neles.
Não importa quantas vezes já tenham feito aquilo ao longo dos anos, sempre era bom e com certeza nunca se cansariam um do outro. Alternaram posições algumas vezes e logo atingiram o ápice juntos, como se estivessem num filme.
Estavam acabados na cama, Sophia deitada sobre o peitoral de seu amado com um sorriso besta no rosto, sentia falta daquilo, sentia falta dele.
— Te amo muito. — Ela disse ao se aconchegar ainda mais.
— Eu também te amo muito. — Micael tinha um sorriso parecido com o dela, embora ela não estivesse vendo.
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Inevitável
RomanceMicael e Luiza são um casal harmonioso e feliz. Tem Felipe, seu filho de oito meses e os três vivem numa boa casa, localizada no Rio de janeiro, em Niterói. Tudo muda após um trágico acidente, que deixa o rapaz viúvo, com um filho pra cuidar. A aju...