— Que mentira! — Se defendeu e esticou as pernas.
— Mentira? Ao invés de me contar o que te incomoda, você simplesmente resolveu que me tratar com grosseria era melhor. Eu tento ficar bem com você, te chamei pra sair e nada, brinquei com meu irmão e você saiu de perto da gente. Não consigo entender o que pode ter te deixado assim. — Terminou o discurso ofegante e então a defesa de Sophia finalmente ruiu e a loira começou a chorar, Micael sabia que era um bom sinal, mas ainda assim não gostava de assisti-la chorar. — Meu amor, diz o que está te afligindo de uma vez.
— É que... — Se interrompeu com as bochechas um tanto vermelhas, Micael percebeu sua vergonha.
— Diz, você sabe que não precisa ter vergonha de falar sobre nada comigo. Eu amo você, linda. A única coisa que eu quero é ficar bem com você. — Chegou mais perto e a puxou para um abraço, ela foi de bom grado e deitou a cabeça em seu peito.
— Por que você não tocou em mim desde que nossa filha nasceu. — Finalmente falou e Micael franziu a testa. — E caso não saiba, estou falando de sexo.
— Você está de resguardo. — Respondeu como se fosse óbvio.
— Emily ja vai completar dois meses. Eu não estou de resguardo já fazem dias. Eu não consigo entender porque você não quis nada comigo.
— Só não quis ser invasivo, meu amor. — Se defendeu mais uma vez. — Era seu momento, só queria respeitar você e te dar o tempo necessário.
— É só isso mesmo ou você não sente mais atração por mim porque não perdi todos os quilos que ganhei com a gestação? — Disse chorando ainda mais e Micael sorriu, finalmente conseguindo entender do que se tratava e respirando aliviado por ela não ter cansado dele.
— Olha pra mim. — Afastou de seu peito e ergueu seu rosto com dois dedos embaixo do queixo, impedindo que desviasse a cabeça. — Eu amo você. Não acredita mais nisso? — A loira fungou e balançou a cabeça, mas ele não entendeu bem a resposta. — Seu corpo foi casa pra nossa bebê, eu não espero que volte ao que era antes tão rápido e mesmo se nunca voltar, meu amor por você não se mede pelo seu peso.
— Isso não é verdade. — Deitou novamente a cabeça em seu peito e Micael não sabia mais o que dizer.
— Amor, eu respeitei o seu resguardo, fiquei esperando uma dica de que podia enfim voltar a ter você, mas você compreende que sendo grossa e me dando patada o tempo todo, a única coisa que conseguiu foi me afastar?
— Isso é tudo desculpa! Você acha que eu estou gorda! Eu sei disso, todos os dias eu me olho no espelho e odeio a forma como estou.
— Meu amor, você não está nada gorda, isso é coisa da sua cabeça, fica tranquila! — Ele não estava mentindo para acalma-la, realmente não achava que estava acima do peso. — E mesmo se estivesse, já disse que não ia mudar nada, eu me apaixonei por você e não só pelo seu corpo.
— Isso é mentira! — Acusou novamente. — Eu usei meu corpo e a atração que sentia por mim pra ficar com você. — Secou as lagrimas e o viu rir. Micael viajou no tempo ao se lembrar de como as coisas era simples no começo.
— Eu lembro disso, você era terrível. — Ela sorriu em meio às lágrimas. — Mas isso faz tanto tempo, meu amor. Naquela época é claro que quem falava entre nós dois eram coisas como a atração que sentíamos. Se me lembro bem, pareciamos dois adolescentes. — Os risos aumentaram entre os dois. — A questão é que hoje temos tanta coisa para amar. E não pense que estou fazendo esse discurso todo por falta de atração, eu sinto atração por você, me desculpe por não demonstrar.
Levou o rosto de encontro ao dela e iniciou um beijo calmo. Os lábios de Sophia estavam urgentes e isso o fazia a querer ainda mais, se é que era possível. Micael deslizou a mão pelas costas até chegar em sua bunda e sorriu ao apertar, ainda com o rosto colado ao dela. — Eu te amo, boba. — Disse alto e se surpreendeu ao ter Sophia sentada em seu colo com as pernas abertas.
O moreno levou as mãos a barra da camisa e então a puxou pra cima. Alisou os seios ainda cobertos pelo sutiã de amamentação que a loira usava, a barriga e sorriu ao vê-la seminua. Sophia conseguia enxergar o tesão nos olhos de Micael enquanto ele a devorava mentalmente.
Os dedos ágeis de Micael desabotoaram o sutiã e os seios inchados de leite saltaram a vida e o fizeram sorrir mais, mas não quis colocar a boca neles, afinal, ali era onde sua filha se alimentava.
A loira rebolou em cima dele e finalmente o sentiu, duro feito pedra, reagindo a seu copo quase inteiro nu. O beijo voltou a boca ainda mais quente e urgente do que anteriormente. Ao se afastar de sua boca, Sophia enfiou as mãos na bermuda de Micael e puxou seu membro pra fora, sem nem se importar em tirar a peça de roupa, assim como sua saia e calcinha que ela apenas jogou de lado antes de se encaxar nele de forma quase desesperada.
— Você precisa ter calma. — Micael pediu com os olhos arregalados para o movimento rápido de sobe e desce que sua esposa fazia. — Ou a foda que você tanto queria vai durar cinco segundos. — A loira sorriu maluciosa e se preparou para sussurrar em seu ouvido.
— Se vira. — Disse com a voz sedutora e aquilo quase foi o suficiente para que Micael gozasse no mesmo instante, mas felizmente, ele se segurou.
O que os dois não contavam é que seriam interrompidos pelo choro fino de sua fillha. A pequena que já estava dormindo há algum tempo, finalmente havia acordado, interrompendo o momento dos pais. Surpreendendo os dois um pouco mais, a voz de Luiza foi ouvida num sigelo grito "deixa que eu pego ela" e os dois sorriram cúmplices um para o outro, continuando de onde haviam parado.
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Inevitável
RomanceMicael e Luiza são um casal harmonioso e feliz. Tem Felipe, seu filho de oito meses e os três vivem numa boa casa, localizada no Rio de janeiro, em Niterói. Tudo muda após um trágico acidente, que deixa o rapaz viúvo, com um filho pra cuidar. A aju...