— Sem querer cortar o clima bom que estamos, mas onde é que o Felipe está? — Sophia perguntou um tanto sem graça por só ter dado conta do menino agora e arrancou uma risada de Micael.
— Está na casa do meu pai, eu até pensei em chamar a babá para que ficassem aqui, mas queria privacidade quando chegássemos.
— Você é terrível! — A loira se afastou para rir olhando na cara de Micael. — Quer dizer que havia todo um plano para me levar para cama?
— Mas quem começou foi você, se lembra? — Brincou e a viu sorrir. — Já que você quebrou meu esquema de te levar para cama da primeira vez, o que acha de agora ser a minha vez? — Sorriu malicioso e Sophia sentiu tesão só de imaginar.
— Se passaram dez minutos. — Brincou e ele balançou a cabeça positivamente.
— Tempo suficiente. — E então a atacou, antes que ela tivesse tempo de responder qualquer outra coisa.
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— Vamos lá buscar o Felipe? — Micael disse ao sair do banho, enrolado apenas com uma toalha e sacudindo os cabelos molhados perto da namorada.
— Micael! — Repreedeu ao colocar as mãos na frente do rosto, se defendendo dos respingos. — Parece até um cachorro fazendo isso.
— Ah, agora eu sou um cachorro? Bom saber! — Se fez de ofendido e Sophia deu risada.
— Ah, tem umas mordidas que você me dá que até parece ser mesmo. — Brincou com um tom malicioso e Micael voltou a sorrir.
— Quer que eu pare? É só falar que nunca mais eu faço.
— Não, de jeito nenhum. — Disse rápido, um tanto desesperada e arrancou mais risada de micael. O moreno se aproximou para dizer em seu ouvido.
— Eu sei que você gosta. — Mordeu o lóbulo de sua orelha e sentiu que a loira se arrepiu, soltando um arquejo. Estava completamente envolvida quando sentiu sua ereção novamente.
— Você não cansa? — Se afastou indo para o banheiro sem dar chance para ele, senão acabariam na cama novamente e não conseguiriam buscar Felipe.
Tudo estava ótimo por enquanto, eles amavam o clima descontraído que estava, muitas brincadeiras e safadezas. Sophia terminou de tomar banho sem tirar o sorriso do rosto um só segundo. Quando saiu, ainda enrolada na toalha, pensou que seria um problema segurar Micael, mas teve sua pontada de decepção ao perceber que ele não estava mais no quarto.
Vestiu sua lingerie rendada vermelha e estava escolhendo um de seus vestidos quando a porta se abriu e Micael entrou.
— Ai, meu Deus! — Micael exclamou enquanto a comia com os olhos. Sophia viu a marca de seu membro enrijecido sob a calça e sorriu maliciosa. — Se você não quer que eu te agarre nesse instante, veste uma roupa logo!
— Estava escolhendo uma, você me atrapalhou. — Se virou de volta pro guarda roupa e então se abaixou, mexendo na última gaveta, com o bumbum empinado. Sentiu um beijo na bunda e levantou no susto. — Que isso, menino?
— Para de me provocar, eu não tenho muito controle das minhas ações quando você está seminua na minha frente. — Arqueou uma sobrancelha ao ver a risada da mulher. — Está procurando roupa na gaveta de documentos?
— Pois é, eu havia me esquecido que só tinha papéis aqui. — Brincou e fechou a gaveta com o pé.
— Se veste de uma vez ou eu te arrasto pra cama de novo. — Ameaçou e a loira olhou pra cama com um sorriso, considerando aquela ideia. Se não estivesse a noite, com certeza ela escolheria aquela opção.
— Ok, senhor estressadinho. — Ergueu as mãos em rendição e se virou pro armário, dessa vez pegando o primeiro vestido que viu pela frente. Era preto e soltinho, batia no meio das coxas e tinha um decote bem comportado. Micael estava na cama, observando enquanto a mulher se vestia, louco pra impedir aquilo.
A loira sentou-se na penteadeira e fez uma maquiagem rápida e penteou os cabelos ainda umidos, logo se virou para Micael que ainda permanecia sentado no mesmo lugar.
— Satisfeito?
— Prefiro você sem roupa. — Ficou de pé e a viu corar, depois de tudo aquilo, ela ficou envergonhada com uma brincadeira tão simples. — Vamos?
Sophia sorriu e assentiu, pegou sua bolsa e os dois saíram de casa de mãos dadas. A loira nunca havia ido na casa de Jorge durante os anos que ficou com Micael, sabia que o mesmo não aprovava a relação dos dois então preferiu se manter afastada.
O caminho até a casa não era tão longo, menos de meia hora e já estavam lá tocando a campainha e aguardando serem atendidos. O próprio Jorge abriu e sorriu ao vê-los, aquilo foi estranho pra Sophia, não esperava uma recepção tão boa.
— Vamos entrando. — Saiu da frente para que o casal entrasse, ainda de mãos dadas. Felipe os viu e largou tudo o que estava fazendo para abraçar a tia.
— Titia! — Disse surpreso e num tom fofo. Sophia o pegou no colo e então recebeu um olhar repreendedor de Micael. — Você veio!
— Oi, meu amor! — Lhe deu um beijo antes de voltar o menino pro chão antes que Micael surtasse. — Viemos levar você pra casa!
— Então você vai pra casa com a gente? — Perguntou muito feliz e Sophia assentiu. — Que bom! Eu gosto da minha mãe, mas ela ficava lá em casa e nunca tinha tempo pra brincar comigo direito. — O sorriso de Sophia se fechou na hora. A loira sabia que estava sendo observada por todos ali, então tentou disfarçar o desconforto.
— Vocês ficam para o jantar? — Jorge perguntou tentando aliviar o clima.
— Só viemos buscar o Felipe. — Micael se apressou a dizer, mas foi prontamente desmentido por Sophia.
— Eu adoraria jantar. — Micael a olhou sem entender, mas ficou em silêncio. Jorge pediu licença e foi pra cozinha, enquanto eles se ajeitavam pela sala com a criança.
— Desde quando você quer jantar aqui? — Micael perguntou quando o menino se distraiu desenhando com os lápis que o avô tinha lhe dado antes de chegarem. — Não era o plano.
— Eu prefiro ficar aqui e ouvir seu pai falando do que ir pra casa ficar imaginando o que você e Luiza faziam na minha casa, já que dar atenção ao filho de vocês não era. — Disse brava, mas bem baixinho para que Felipe não os ouvisse. Sophia se sentou ao lado do sobrinho e não disse mais nada ao namorado, que também não puxou mais assunto até que o pai os avisasse que o jantar estava servido.
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Inevitável
RomanceMicael e Luiza são um casal harmonioso e feliz. Tem Felipe, seu filho de oito meses e os três vivem numa boa casa, localizada no Rio de janeiro, em Niterói. Tudo muda após um trágico acidente, que deixa o rapaz viúvo, com um filho pra cuidar. A aju...