Kaylee Roy
O Aspen passa pela rua em que ouve o nosso assalto, já não a polícias investigando, mas a alguns na rua. Alguns locais ainda possuem fachas limitando o acesso. Algumas lojas ainda não abriram, mas o resto parece normal. Olho para a rua, um policial olha para o nosso carro, olho para ele sustentando o olhar enquanto o Aspen passa.
— Qual é o seu problema? — o Aspen finalmente fala depois de quase ter brigado com aquele cara.
Ele não falou nada comigo depois daquilo. E eu estava ocupada demais pensando, planeando, criando.
— Meu problema? — eu repito.
— Sim, você está fora de controle. — ele diz.
Talvez eu realmente tenha perdido o controle.
— Eu não tenho culpa se aquela piranha não foi ensinada jogar ténis. — eu digo.
— Você começou. — o Noah acrescenta.
— Não se mete nessa porra. — alerto.
— Você agrediu alguém com a droga de uma raquete e foi suspensa e sabe que mas? Não é qualquer alguém, é uma filha do crime, tem ideia do que você pode ter começado? — ele parece bastante irritado mas o tom absurdamente calmo me assusta.
— Eu não comecei nada, ela me atirou com a bola porque fiquei distraída, eu estou sem mobilidade num dos braços ela teve sorte que aquela raquete não quebrou na cara dela. — eu digo.
— Meu deus. — o Noah resmunga.
O Aspen inspira e expira pesadamente antes de bater seguidas vezes a mão no volante enquanto fala a palavra "porra".
— Vocês todos têm sorte que eu ainda não coloquei fogo nesse lugar todo. — eu digo.
— Para de ser uma pirralha. — ele diz.
— Para você de ser um covarde. — eu digo.
— Um covarde? — ele solta uma risada baixa — Tó salvando você.
— Eu não preciso ser salva.
— Ah, quinze minutos você precisava ser salva de ser expulsa.
— Você quase perdeu o controle no estacionamento da minha escola quando viu aquele cara. — eu digo quase gritando.
Diz o que eu quero ouvir Aspen. Confirma o que eu acho. Ele é Ryan, ele tem que ser o RJ também.
— Isso não é da sua conta. — ele diz.
Preciso fazê-lo falar.
— Então as minhas merdas são da sua conta? E as suas não são da minha?
— Faz dezoito anos para que as merdas que você faz não sejam da conta de mas ninguém. — ele diz.
— As suas merdas estão me custando a porra do braço e é assim que você agradece caralho? — eu pergunto — Quem me deu a merda desse tiro?
— Ela não sabe? — o Noah olha para o Aspen.
— Ele sabe. — eu arregalo os olhos.
Solto uma casquinha abanando a cabeça, incrédula. — Claro que ele sabe, todos sabem, você só não me diz porque acha que eu vou perder o controle.
— Você está perdendo o controle. — ele rebate.
— Aspen, você perdeu o controle. — eu digo — Perdeu a porra do controle no momento em deixou matarem os seus e não fez nada a respeito.
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Bad boys - Alvorecer
ActionVersão 1 "Me mate me destrua, faça o que quiser mas eu não me ajoelho para ninguém." Kaylee Roy, filha de um criminoso, irmã do chefe da gangue Las Serpentes, foi torturada e colocada em abstinência da própria gangue. Era suposto ser a segunda no co...