Kaylee Roy
A Samantha me deixou sozinha a pouco tempo, olho o quarto, ele é tão... perfeito, me aproximo da penteadeira. Eu nunca pensei em comprar uma, nunca fez muito o meu estilo.
Vejo as bijuterias dentro dela, não são um monte de anéis fios e brincos com corações, flores ou borboletas, não, quem comprou isso sabe que eu queimaria se fosse, são anéis pretos, anéis prateados e alguns dourados, têm pedras neles e eles têm garras, tem caveiras, cobras, pontas afiadas, as pulseiras têm correntes, os colares gargantilhas, cruzes, pedras lindas. Eu não sou gótica como algumas dessas coisas poderiam indicar, mas eu também não sou uma sweet girl.
As lâmpadas rodam o espelho da penteadeira branca, abro as gavetas vendo maquilhagem e produtos para a pele, produtos de skin care. Quatro dias e conseguiram que até a maquilhagem combinasse com o meu tom de pele?
Nossa.
Eu viro e olho a escrivaninha do outro lado, tem alguns livros nela. Me aproximo e olho para eles.
Eita porra.
Okay, não são os grandes famosos, nem livros cultos ou de evolução pessoal. São são livros de literatura, tem fantasia, romance, alguns de poesia, ficção, drama e aqueles pequenos pedaços de putaria chamados dark romance e romance erótico que a gente finge que ignora mas passa a noite lendo e surtando.
Rio e viro a cabeça, vou na direção de uma porta, abro, um banheiro. Um belo banheiro, eu sempre amei banheiros. E esse tem uma bela banheira de hidromassagem junto de uma grande janela de vidro com vista para o outro lado da casa, tem algumas árvores, posso ver a cidade ao fundo, a piscina da casa e um anexo ligado depois da piscina. Será que da para me ver de fora? De qualquer forma tem uma persiana que posso fechar quando eu quiser.
Olho para o chuveiro do outro lado, a pia junto de um pequeno espaço que também poria chamar de penteadeira, tem uma cadeira um secador pendurado, escova de dentes, cremes do cabelo, produtos da pele esponjas.
Abro a gaveta, vejo pentes do cabelo, elásticos, duas tocas, molas do cabelo, grampos. Abro a outra vejo toalhas grandes e pequenas, abro a que fica no armário vendo produtos de limpeza para o banheiro inclusive o ambiente que deixa tudo com cheiro de baunilha. No chuveiro tem dois tipos de gel de banho, o normal e o esfoliante, alguns outros para limpeza facial e uso íntimo, tem sabonete para o corpo e para o rosto ainda nas caixas.
Nossa, alguém se esforçou mesmo aqui. Saio do banheiro e vou para outra porta. Bom é um closet, as minhas roupas todas já estão penduradas ou dobradas e reconheço também várias peças que não são minhas, vejo um armário no centro com tampa de vidro e vou até ele. Fico de boca encarando as joias nele, não são como as bijuterias na penteadeira, essas parecem joias mesmo, do tipo que uma mulher usaria.
Isso é mesmo tudo para mim? Não estou no lugar errado? Quem se daria a tanto trabalho apenas por mim?
O grande espelho no final da parede e outros dois nos dois cantos opostos. Ando pelo closet passando as mão pelos vestidos e as roupas chamativas e as normais que não são minhas, ou pelo menos não eram.
Saio do closet e dou um sorriso encarando uma parede feita completamente de vidro com vista para a cidade, deslizo a porta de vidro para o lado e saio para fora. Eu sempre quis uma parede totalmente de vidro, mas o Aspen nunca me deixava partir a do meu quarto. Agora que penso bem, eu deveria ter pegado um martelo e começado a quebrar e quando ele percebesse eu já teria ido longe demais.
Saio para a varanda compartilhada que se estende por todo esse lado da casa, tem algumas cadeiras e pequenas mesas nela, mesmo que ela seja meio estreita. A sacada é de vidro, tenho vista para a piscina abaixo que brilha azul e para a cidade além. O quintal dessa casa é bem grande.
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Bad boys - Alvorecer
ActionVersão 1 "Me mate me destrua, faça o que quiser mas eu não me ajoelho para ninguém." Kaylee Roy, filha de um criminoso, irmã do chefe da gangue Las Serpentes, foi torturada e colocada em abstinência da própria gangue. Era suposto ser a segunda no co...