Algumas horas antes
Ryan Blanc
Eu sabia que a paz que tive durante aqueles dois meses não iria durar, mas agora o sofrimento está durando demais.
Sinto uma luz forte no meu rosto, eu mal estava dormindo. Como eu vou pegar no sono em um lugar desses? Como eu já tinha dito a muito tempo, quando o meu pai fica fodido comigo ele me da para os caras dele.
E parece que eles estão piores dessa vez.
Grito alto cerrando os punhos quando uma corrente de eletricidade passa pelo meu corpo. Porra. A minha pele ainda cheira a sal mas estou agradecido da água ter secado.
Abro os olhos. — Podiam ter dito para acordar. — rosno de raiva.
Meus pés tocam com mais firmeza o chão enquanto os meus braços continuam estendidos, presos pelas correntes.
— Até parece. — um deles diz antes de dar um trago no cigarro.
Os nomes estão uma confusão na minha cabeça agora. É mais fácil ir pelas características físicas agora.
— Ela quer ver você. — o loiro continua antes de soprar na minha direção.
— Diz a ela que vá para o inferno. — eu digo.
— Deixem-na entrar. — diz um cara barbudo e careca.
Ouço a porta atrás de mim ser aberta e o som de passos vindo na minha direção.
— Como é que você está? — a Celeste para a frente de mim.
Eu devo estar sujo de sangue, do meu próprio sangue. Mas ainda assim não é representação o suficiente para o quanto estou mergulhado em dor.
— Vai embora. — rosno.
Não é culpa dela eu estar aqui, pelo menos não totalmente. É culpa do meu pai. É sempre dele. Ele quer colocar a coleira em mim de novo. Ah, ele que tente.
— Dá-lhe o que ele quer. — ela diz.
— Você não entende. — eu rio de raiva — Ele não quer nada além de me destruir.
Ao contrário de como foi com a Kaylee ele não para se eu me render. Ele não liga. Ele só quer me arruinar mais. Me tornar um monstro insensível completo, como ele.
— Consegui fazer com que ele te soltasse com a desculpa de que você deveria estar bem quando chegasse a hora. — ela diz.
— Eu não quero nada de você e eu não vou casar com você. — eu digo.
— Acha que alguém mais liga para o que você quer? Ou você aceita ou continua aqui e espera a sua irmã se juntar a você, ela tem estado protegida com os seus amigos e aquela vadia, mas quanto mais acha que isso vai durar? Quanto mais você acha que pode sobreviver aqui apanhando todos os dias, sendo eletrocutado, esfaqueado, chicoteado e humilhado todo dia sem quase nada para comer por dois meses? — ela me encara seriamente — Agradeça a minha família e ao facto de eu ainda estar disposta a aceitar esse casamento por você ainda estar vivo e ele não estar fazendo dela a segunda no comando.
Ela não espera uma resposta minha e vai embora. É assim sempre, ela vem pelo menos uma ou duas vezes por semana e tenta me convencer a casar com ela. O meu pai passa de vez enquanto para garantir que eu não consiga ficar em pé sozinho.
— Ouve a garota bonita. — o cara com o corpo lotado de tatuagens diz.
Ele se aproxima de mim com o outro amigo dele com alargadores nas orelhas. Eles são os piores homens dos meus pais, os melhores dos piores. Eles são brutos demais, impiedosos demais, espertos e bons lutadores, nunca desistem e não se importam de torturar o filho do chefe.
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Bad boys - Alvorecer
ActionVersão 1 "Me mate me destrua, faça o que quiser mas eu não me ajoelho para ninguém." Kaylee Roy, filha de um criminoso, irmã do chefe da gangue Las Serpentes, foi torturada e colocada em abstinência da própria gangue. Era suposto ser a segunda no co...