Cap 64 - Pela última vez

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Kaylee Roy

Vamos a essa merda toda de novo.

Cravo as unhas na mão do Ryan que está no meu cabelo e a giro o forçando a me soltar. Tento acertar com o cotovelo no rosto dele mas ele me impede e empurra o meu braço. Ele segura o meu outro braço firme.

Jogo a cabeça para trás e acerto o queixo dele. Viro, tento acertar um chute nele, ele segura e puxa a minha perna.

— Muita ousadia a sua tentar lutar comigo de salto. — ele puxa a minha perna até colar os nossos corpos.

Ele tem razão, eu estou por um fio nisso. A mão dele agarra a minha coxa, o rosto a centímetros do meu. Respiro pesadamente.

— Pare de fugir. — o Ryan dá um leve sorriso — Já não há volta.

Talvez eu deva ouvir os conselhos daquela mulher e errar mais um pouco, dizer foda-se ao mundo e agir como se não houvessem consequências.

Nesse momento parece só haver os olhos dele e o como isso é errado.

A minha mão encontra os dedos dele e os tiro da minha minha pele.

— Isso não pode acontecer. — declaro tentando me afastar.

Deslizo sutilmente a mão para o interior do meu vestido pela fenda, tiro a faca presa na minha coxa e coloco no pescoço dele.

Ele segura o meu braço e pega a minha cintura. Ele gira o meu corpo mudando as nossas posições e me faz bater na parede mantendo o corpo dele ainda preso ao meu. Mantenho a faca quase nada do pescoço dele.

— Eu não tenho medo. — ele diz — Talvez seja melhor morrer agora mesmo, o futuro não me parece muito agradável de qualquer forma.

Ele parece cansado.

— O que eu tenho a perder? — ele pergunta.

— Covarde. — digo.

Ele sorri. — Um covarde que vai morrer nos braços de um anjo.

— Como eu te odeio agora.

Baixo a minha mão. Se for a pensar bem nunca vai dar certo, vou matar ele aqui, ficar suja de sangue, começar um banho de sangue, ir presa. Tudo por esse cara?

— Acho que sempre vai haver ódio entre nós. — ele diz.

— Me esquece, Demon. — eu digo.

— Como se isso fosse possível.

Não é aquele apartamento, eu sou Roy e ele é Blanc. Nós nos odiamos, nossas famílias se odeiam. Mas eu também sou Dixon agora e os Dixon são aliados deles.

A mão dele desliza pelo meu braço deixando a minha pele mais arrepiada ainda. Fecho os olhos e suspiro.

— Eu consigo ver, eu consigo sentir toda a luta dentro de você. — ele sussurra perto da minha orelha — O bem nunca ganha em pessoas como nós, você me quer.

Abro os olhos. Ele não pede autorização quando me toma. Ele não pede autorização quando me beija. Ele apenas o faz e simples assim o mal vence toda a batalha.

Esse cara vai casar com outra pessoa. Talvez isso deveria me importar.

Mas quem liga? Eu nem gosto dele.

Deixo a língua dele entrar. Seguro o braço dele, passo a outra mão pelo cabelo dele.

Ele segura a lateral do meu pescoço e a minha cintura antes das duas mãos dele descerem e agarrarem a minha bunda bem forte. Gemo baixo, ele me tira do chão com um movimento. Passo as pernas em volta do tronco dele. Fico um pouco mais alta que ele.

Bad boys - AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora