Kaylee Roy
A noite de ontem, nossa. Foi apocalíptica e achei que iriamos ver um filme, não deixar um filme rolar enquanto fazíamos um monte de coisas bizarras na nossa pele. Aperto o meu rosto ainda o sentindo estranho e estranhamente suave.
Olho para as minhas unhas pintadas de preto enquanto passava pela terapia e a minha terapeuta era uma adolescente maluca.
— Deixa repetir só para não esquecer, Daniela Cardoso. — eu digo sentindo as luzes fortes demais — A cozinheira milagrosa.
— Sim e você é uma adolescente que está de ressaca graças aos drinks da Collen. — ela diz.
— Ela caio no golpe. — o Gabriel entra na cozinha — Você precisa aprender que as coisas estranhas que ela põe na bebida são ervas e quanto mais tempo ficam na geladeira mais forte é o efeito, ela faz isso com toda gente.
Gemo sentindo uma pequena dor de cabeça enquanto ponho a tosta na boca.
— Sua irmã me drogou. — eu digo.
— Não, eu não droguei. — ela aparece — Eu fiz a minha mágica, como você acha que eu iria te deixar mansa?
Abano a cabeça desacreditada e desço da cadeira do balcão da cozinha.
— Eu e você vamos ter problemas se você me drogar de novo sem me avisar. — eu digo.
— Eu já disse que não droguei.
O Daniela faz um sinal para que eu nem tente discutir sobre isso.
— Que seja. — eu digo — Avisa.
— Você não vai me esperar para a gente ir junto? — a Collen pergunta.
Rio e viro. — Adorável a sua piada.
Vou pelo corredor que estou conhecendo até o lado de fora, eu esqueci de colocar a moto dentro ontem. Pego o capacete no hall de entrada e saio.
A única coisa familiar até agora é o vento batendo em tudo, indo contra mim.
Isso é a única coisa familiar e agradável, acelero pela rua, vejo a praia do meu lado, a moto ronca, acelero mais dando a volta a cidade. Sinto o sol querendo vencer o couro, mas o frio continua na frente.
A minha camisa se sacode toda o meu cabelo que está fora também.
(....)
Sento num dos pufes do corredor e leio o livro da matéria que vou ter a seguir, só para fingir que li em casa e que posso participar da aula e ganhar pontos. Eu deveria estar me esforçando de verdade para ser uma aluna de ouro.
Vejo a Raven parando junto do armário dela a frente de mim.
— Ei. — eu levanto e chamo ela — Você entendeu alguma coisa das aulas de física?
Ela da de ombros. — Algumas coisas.
— Você poderia me explicar o que raios essa fórmula tem haver com...
— Não, não posso, Kay. — ela diz — Pede para outra pessoa.
Ela diz e abre o armário me cobrindo.
O que raios é isso?
Ela fecha o armário e cruzo os braços.
— Tá tudo bem? — eu pergunto.
— Sim, eu estou bem. — ela diz antes de se virar e começar a andar.
O que eu fiz? Por que ela está sendo assim?
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Bad boys - Alvorecer
ActionVersão 1 "Me mate me destrua, faça o que quiser mas eu não me ajoelho para ninguém." Kaylee Roy, filha de um criminoso, irmã do chefe da gangue Las Serpentes, foi torturada e colocada em abstinência da própria gangue. Era suposto ser a segunda no co...