Cap 21 - Conversa em dia

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Kaylee Roy

Eu dou conta disso, afinal de contas é apenas estudar. Eu posso recuperar depois de tudo, assim como eu consegui destruir um ano inteiro em um mês eu posso salvar um no que resta de tempo. E resta muito.

Tento convencer a mim mesma de que posso ser uma boa estudante enquanto arrumo as coisas para sair da sala.

— Quer ajuda?

Tomo um pequeno susto mas olho para o lado.

— Você ficou assustada? — a Vanessa pergunta.

— Não.

— Mentirosa. — ela diz colocando os meus cadernos por cima dos dela em sua mãos.

— Você não deveria carregar isso por aí sem ajuda. — ela diz desviando quando tento receber as minhas coisas.

— Eu posso me cuidar. — eu digo tentando segurar as coisas de novo.

Ela se afasta de novo e começa a sair da sala. Sigo ela.

— Sim eu sei, mas não precisa recusar se alguém se oferecer para ajudar você. — ela diz.

Talvez ela seja a única pessoa que sabe o que tem de baixo das minhas roupas e se importe de verdade em me ajudar a viver.

— Você já me ajudou o bastante, Vanessa. — eu digo.

— O que o Ryan queria com você hoje de manhã? — ela muda de assunto.

— Reclamar. — eu digo.

— Reclamar de quê? — ela franze as sobrancelhas.

— Eu matei algumas pessoas, da máfia dele. — eu digo dando de ombros.

— Você está ferida e voltou para casa a um dia, quando é que você teve tempo? — ela pergunta.

— No momento em que eles me deixaram em casa. — eu digo — Eu precisava esvair as energias negativas do meu corpo que acumulei naquela casa.

— Eu não acredito nisso, por quê, Kaylee? — ela pergunta.

— Não ache que me conhecesse apenas porque você me ajudou, ainda a muitas coisas que você vai descobrir sobre mim. — eu digo.

Eu abro o meu armário. Ela coloca os cadernos e livros nele.

— Que bom que vou. — ela diz calmamente.

— O que te faz pensar que eu gosto de garotas? — viro e olho para ela.

— O que faz você pensar que isso me interessa? Somos todos pessoas afinal. — ela diz e da um sorriso antes de virar e começar a andar.

Mordo o lábio inferior e depois vou atrás dela na direção do refeitório.

— Eu tenho namorado. — eu digo.

— E onde está ele? — ela provoca.

— Essa é uma boa questão, senhorita Vanessa. — eu digo.

— Eu sei. — ela diz.

Entramos no refeitório, percebo algumas pessoas me olhando e me pergunto se estão vendo alguma coisa que não deveriam ou se algum dos meus pontos abriu e eu estou cheia de sangue. Eu sentiria se fosse isso, ignoro, talvez estejam olhando para Vanessa, ela é bonita.

Vou para fila do refeitório e de alguma forma eu consigo ficar a frente dela. Em algum momento eu comecei a andar mais rápido.

— Como estão suas costas? — pergunta a Vanessa.

— Como você as deixou depois de fazer o curativo. — eu digo.

— Bom, pelo menos não deixei o Ryan dar os pontos de forma errada de novo. — ela diz.

Bad boys - AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora