Cap 44 - Não serei sua

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Kaylee Roy

Eu sinto raiva mas não quero bater nele. Pior, eu queria ele dentro de mim, eu queria mais do que eu acabei de experimentar. Mas eu não posso deixar isso acontecer.

Tento sair mas ele me mantém presa na parede, meu corpo ainda está tremendo e vidrando.

- Você é tão quente. - ele diz.

- Me deixa ir. - eu peço.

A mão dele solta a minha coxa mas ele não me solta a mim.

- Eu quero entrar em você. - ele diz.

Acho que fiquei molhada de novo.

- Você não vai. - eu piso no freio.

As mãos dele apertão a minha bunda. Porra. Eu ainda me sinto tão sensível.

Arfo. Ele me beija de novo. O sinto tentando se colocar em mim. Tento empurrar ele.

- Ry... - tento falar mas ele não me deixa um segundo.

Ele está entrando eu estou gemendo e surtando.

Não.

Existem dois freios em carro.

Colo a minha mão no meio das minhas pernas e tento parar ele, mas ele puxa a minha mão, forço meu rosto a virar.

- Eu sou virgem. - eu digo - Ryan para!

Ele me solta. Ele se afasta de mim quase que instantaneamente. Olho para ele meio assustada. Eu não quero que a minha primeira vez seja assim.

Contenho tudo de mim para não desmoronar. Eu sou forte o bastante. Ele da as costas para mim, não consigo nem tentar adivinhar o que ele está pensando. Passo a mão pelo cabelo, o meu lábio treme enquanto eu dou tudo para não chorar, mas eu acho que as lágrimas já estão caindo. Eu pensei que ele não iria parar, achei mesmo que ele iria continuar se forçando para dentro de mim.

Ele nem está usando camisinha, mas que porra! Eu nunca deveria ter deixado isso ir tão longe.

Agora eu sei o que ele quis dizer com eu não iria querer falar para o meu irmão sobre o que iria acontecer aqui.

Ele se vira de novo para mim parecendo irritado, mas não comigo. Eu me sinto tão pequena agora. Tudo que resta de assassina em mim parece estar se perdendo na turbulência do olhos dele.

- Me desculpa. - ele diz o impensável.

Eu não digo nada.

- Angel, por favor. - ele diz - Me perdoe.

Posso sentir a tremedeira no meu corpo. Vejo a desilusão no rosto dele, ele está se matando na própria dor.

Não era o que eu queria? Que ele sofresse?

- A chave. - peço.

Ele tira ela de cima do chuveiro e me entrega. Passo por ele e pego uma toalha no banheiro antes de sair. Eu vou para aquele quarto em que eu estava e fecho a porta.

Do céu ao inferno, da luxúria ao medo. Me seco antes de sentar na cama. Puxo a coberta e os lençóis e me enrolo neles querendo me afogar nisso. Lentamente deito na cama que tem o terrível e viciante cheiro dele.

Foi bom ou ruim?

(....)

Desperto ouvindo o som da porta sendo aberta. Eu nem sei como consegui dormir, eu só me sinto tão cansada.

Abro os olhos mas não digo nada. Eu deveria ter previsto isso, o Ryan só destrói. Ouço passos mas não vindo na minha direção. Ela abre o armário que está na parede.

Bad boys - AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora