Cap 71 - Lados opostos

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Ryan Blanc

Ela está bem. — eu digo — Deixa eles irem.

— Você acha que sou idiota? Da última vez que fez isso as coisas acabaram com a minha irmã machucada e dezenas de pessoas mortas. — o Aspen parece bem irritado.

Deixa eu falar com ele. — é a voz do Axel — Cara você voltou a um dia e já está nos deixando na merda!

Ele parece ainda mais irritado.

— Fiquem com o Axel, deixem o resto ir. — eu digo.

Filho da mãe traidor. — o Axel diz — Mas é uma mansão, se me alimentarem tudo certo.

Olho para a Carol. Ela abana a cabeça.

Ryan não me faça colocar fogo na merda da sua casa. — o Aspen rosna.

— Eu não estou lá.

E nunca tive tanto afeto para com aquela casa de qualquer forma.

Sua mãe e sua querida irmã estão.

— E depois? Assim ele vai perder tudo que vale a pena trocar.

Olho para frente, as batidas do meu coração errando.

— Kaylee?

Olho para trás. Jesus. É ela, eu não estou alucinando. Quando foi que ela acordou?

— Você tá com uma cara horrível. — ela resmunga para mim antes de dar a volta ao sofá.

Ela pega o celular de cima da mesa e eu ainda estou meio desacreditado. O quê? Como?

Ela estava desacordada a pouco tempo, eu acabei de ver.

Mesmo com os machucados ela me parece perfeitamente divinal, mesmo com a cara amuada de quem poderia estar de ressaca. Ela é simplesmente ela.

— A minha cabeça está doendo fala baixo. — ela avisa ao telemóvel.

— Você está bem? Onde você está? — Aspen pergunta.

— Primeiro, eu sofri um acidente de carro é claro que eu não estou bem, depois eu não faço a mínima da ideia de onde estou.

— Kaylee, oi que bom que você está bem, da para dizer ao seu irmão para soltar a gente? — o Axel pergunta.

Posso imaginar o Aspen olhando feio para ele.

— Oi, maconheiro. — ela diz.

Espera isso é algum tipo de apelido? Ou ela só está chamando ele pelo que ele é?

Rápido, vampira.

É um apelido definitivamente.

— Vai pro inferno. — resmungo.

— As rastreia a droga do celular, o Noah não está aí?

Puxo o celular da mão da Kaylee. Cinco minutos de lucidez e ela já pensou em um jeito de me lixar.

Desligo o celular e olho para ela. Eu acho que eu estou sem ter o que dizer. O que se diz quando a sua arqui-inimiga que você não vê a quase dois meses acorda depois de um acidente de carro? Eu deveria procurar no google.

— Eu tó com fome. — ela diz e depois olha para a Carol — Acho que posso agradecer a você por me ajudar de novo e por isso.

Ela aponta para o corte coberto no rosto dela.

— Meu nome é Carolina.

A Kaylee encara ela por um bom tempo.

— De nada, eu vou ver a comida. — a Carol levanta e vai para a cozinha.

Bad boys - AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora