Kaylee Roy
Dou mais alguns socos, desvio de ataques, dou joelhadas, simulo rasteiras, dou chutes.
— Porra. — digo apoiando os braços no joelho enquanto respiro pesadamente.
Tudo dói mais do que o normal, parece mais cansativo. Mas eu já estou me recuperando da maioria das feridas, os cortes grandes e as queimaduras devem levar mais algum tempo, mas eu vou começar a aplicar a pomada cicatrizante em tudo e tentar recuperar o que da de mim.
Eu nem deveria fazer tanto esforço nesse estado mas eu já estou começando a ficar farta de viver uma vida de ouro. Mal se passaram dois dias e eu já não suporto.
Hoje é quarta, amanhã é noite de festa no palácio de sangue. Abano a cabeça tirando a ideia da cabeça. Eu não quero ver ninguém. Eu não estou pronta.
Olho para o saco de pancada ainda balançando um pouco antes de analisar o resto do ginásio dessa casa. Tem um boneco para luta também e um boneco de madeira, tem uma área que parece um estúdio de dança e alguns equipamentos para treino.
Pego a minha toalha e limpo o rosto antes de andar para fora, passo pelo quintal, o Sol se pós a cerca uma hora. Entro na casa e vou para o meu quarto. Tomo um banho rápido e fico na cama lendo um dos livros de fantasia.
É fácil me perder em um mundo além desse quando a vida parece complicada demais.
(....)
Eu devo ter lido umas cinquenta das duzentas páginas quando alguém bate na minha porta.
— Pode abrir. — digo enrolada nos cobertas tentando me focar nas linhas.
— O jantar está pronto, senhorita Kaylee.
— Ta bem, SA. — eu digo.
Ela fecha a porta, volto a ler mais um pouco antes de deixar o livro e levantar da minha cama. Olho para o que tenho vestido. Roupas casuais, shorts leves pretos e um moletom branco escrito Chicago em letras grandes.
Abro a porta e vou para baixo. Ando pelos corredores até chegar a área da cozinha, eu vi lá a mesa de jantar. Como é que isso funciona? Eles jantam sempre juntos? É tipo jantar em família.
Ouço a conversa e os risos conforme aproximo. Paro arrastando alguns passos quando reconheço o meu irmão na mesa. Está ele, a minha mãe, o marido dela que eu ainda nem tinha conhecido e a Collen.
— Bom noite. — digo sem despregar os olhos do Aspen.
O que esse idiota faz aqui?
Sento a frente dele e cruzo os braços.
— Kaylee, que bom que finalmente apareceu, ontem não tivemos a chance de jantar juntos, mas hoje a gente tem. — diz a Christine parecendo animada — Esse é o meu marido Richard e Richard essa é a minha filha Kaylee.
Olho para o homem que parece ser apenas um pouco mais velho que a minha mãe.
— É um prazer finalmente conhecê-la. — ele diz.
— Geralmente eu sou mesmo uma pessoa maravilhosa, exceto claro, quando não sou. — sorrio, uma pitada de sarcasmo no sorriso.
— Ela é um doce. — diz o Aspen.
— Claro. — concordo.
— Boa noite. — ouço a voz do Gabriel atrás de mim — Desculpem o atraso, estava tomando banho.
Claro que estava.
— Sem problemas, a Kaylee também acabou de chegar. — diz a Collen — Eu nem sabia que você tinha um irmão.
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Bad boys - Alvorecer
ActionVersão 1 "Me mate me destrua, faça o que quiser mas eu não me ajoelho para ninguém." Kaylee Roy, filha de um criminoso, irmã do chefe da gangue Las Serpentes, foi torturada e colocada em abstinência da própria gangue. Era suposto ser a segunda no co...