Cap 45 - Quem seria você?

4.2K 415 173
                                    

Dedicado as queridas (vagabundas, sem ofensas) que me mandam mensagem e comentam durante a semana toda aqui e no insta me pedido as atualizações. Bom proveito safadas.

Três semanas depois

Ryan Blanc

Quase um mês e estranhamente a minha mãe ainda está em casa. Geralmente ela nunca fica mais de uma semana. Isso está começando a ficar estranho.

Entro na sala e observo ela experimentando sapatos.

— O que você está fazendo?

— Não tá vendo? — ela retruca abanando um sapato no alto.

— Responda, mãe. — eu digo.

— Eu preciso de espaço no meu closet então decidi vender os sapatos que já não me servem, ou não uso mais. — ela diz.

— Acho que o jato já tem bastante combustível. — eu digo cruzando os braços.

— Quer que eu vá embora? — ela olha para outro par de sapatos — Eu finalmente estou prestes a descobrir o que o seu pai anda tramando.

— Um acordo de negócios com uma máfia russa. — eu digo.

— Não, essa parte eu já sei, mas você nunca se perguntou sobre o que é o negócio ou como o tratado vai ser fechado? — ela pergunta — Pelo que eu sei querem unir as duas famílias e meu bem, ou é você ou é a sua querida irmã, eu estou aqui para descobrir isso e se por acaso for você, tratar de descobrir se essa mulher estaria ao seu nível.

— Eu tenho dezenove anos, isso é loucura e a minha irmã tem quinze, então não vai haver tal coisa. — eu digo.

— Não seja estúpido. — ela diz e se levanta vindo até mim — Na máfia os filhos são vendidos desde o nascimento, até terem idade para casar, eles podem esperar se quiserem que esperem, eu mesma fui vendida ao seu pai e depois que tive você fui descartada. — ela diz — Mas eu não vou permitir que me tirem tudo que me foi prometido.

Meu pai e a minha mãe conseguem ser uma dupla em tanto quando trabalham juntos. Quase imbatíveis. Mas agradeço por isso acontecer raramente na atualidade.

— Bom, eles chegam hoje ao por do Sol e o meu pai vai ter um jantar com o chefe da família. — eu digo — Amanhã jantamos em família, se quer descobrir o que vai acontecer dê um jeito de entrar nesse jantar.

(....)

Geralmente domingos são mais calmos. Mas logo de manhã eu tive aquela conversa com a minha mãe.

— A cara que você está fazendo está pedindo para levar um murro. — o Aspen diz ainda encarando os registros das nossas transições juntos.

— Que cara? — eu pergunto.

Será que ele sabe que eu andei comendo a irmã dele?

— A que você tem todos os dias. — ele diz antes de bater os papeis na mesa — Tá tudo certo.

Encaro os meus próprios papeis. — Não, está não, você anda pagando a porcentagem errada.

— O resto do dinheiro vai para Kaylee, afinal ela é a principal razão desse acordo ainda andar e não eu não a vou dar você. — o Aspen diz — Mas se quiser, aposto que deixar ela voltar ou cobrar para ela são as suas únicas opções.

Que jogo sujo. Eu não vou tirar o dinheiro dela e nem nós meus piores pesadelos eu deixaria ela voltar. Ela só da dor de cabeça quando está no mundo do crime. O próprio diabo reclama quando ela acorda.

— Ambos sabemos que se a sua irmã voltar ela vai dar um jeito de colocar o submundo em guerra. — eu digo.

— Então acho que o seu investimento nela está sendo bom. — ele conclui — Afinal a grana é sua mesmo.

Bad boys - AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora