Cap 61 - Onze anos

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Kaylee Roy

O Jason abre a porta para mim, observo a entrada da escola, nós vamos pelo pátio a caminho da entrada do campo de vôlei.

Ele usa um smoking azul escuro sem colete, o cabelo que geralmente fica uma bagunça dividido no meio e caindo para os dois lados continua a mesma coisa. Mas ele não parece uma dançarino descolado que anda de calças surradas e largas, ele parece o tipo de pessoa que qualquer pai da elite iria querer ter como filho.

Já eu decidi optar por um vestido verde claro, quase turquesa para combinar com os meus olhos. Ele é de mangas longas de chiffon, tem um decote, é justo no tronco solto embaixo, tem uma fenda até o meio da coxa, a parte de cima é coberta de brilho que vai diminuindo cada vez mais.

— Tenho que dizer mais uma vez que você está maravilhosa. — o Jason diz.

— Estou contando e essa é a quarta vez. — sorrio — Sabia que esse é o primeiro baile da escola ao qual vou?

— Sério? Por que nunca foi nos outros?

— Sei lá, nunca me senti muito afim. — dou de ombros.

Além disso tem festa toda sexta no palácio de sangue.

— Então fico feliz em ser a sua primeira companhia.

— Se eu não gostar de hoje provavelmente vai ser última também. — aviso.

— Bom em sua defesa eu também não sou o membro mais presente na comunidade dos bailes. — ele diz — Mas uma garota me chamou para vir e eu senti pena dela.

Empurro o ombro dele. — Essa garota não se lembra disso assim.

— Bom, talvez eu não tenha demostrado tanto a minha pena.

— Ela tem a certeza que foi você quem a chamou para esse baile.

Entramos no campo e eu fico sem entender o porquê de estar tudo escuro. Será que já acabou? Eu vi carros lá fora.

— Será que a energia...

Sou interrompida pelo grito das pessoas. "Surpresa" todos gritam de repente, as luzes se acendem, confetes são disparados e eu fico absurdamente confusa.

— O que tá rolando? — pergunto ainda olhando as pessoas.

— Coisa da Collen. — falo o Jay.

Vejo o Carson e o Mickey segurando um bolo de aniversário e as pessoas começam a cantar a canção de aniversário.

Eu olho meio horrorizado e surpresa. O que eles pensam que estão fazendo?

Meu aniversário já passou, eu tenho certeza.

Alguém que eu não presto bem atenção quem segura a minha mão e me leva para perto de uma mesa alta onde pousam o bolo. A minha cabeça está girando.

Eu não estou aqui, eu estou onze anos no passado, no meu aniversário de sete anos, o último aniversário que comemorei com a minha mãe, o último em que a minha família esteve toda junta.

Eu estou chorando a noite depois depois de ouvir a discussão entre o meu pai e a minha mãe, depois dela dizer que vai embora.

Isso não é real.

A minha mente está a mil e eu só quero me enterrar em um buraco bem fundo só para não encarar ninguém.

— Faz um desejo. — a voz da Collen me traz de volta.

Encaro o bolo.

Um desejo?

Eu quero encontrar o meu lugar, quero uma casa que me faça sentir completa de novo.

Bad boys - AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora