Cap 35 - Louco o bastante

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Ryan Blanc

É tão estranho e engraçado como parece que todos os meus problemas sumiram de repente. Eu até traria a Kaylee de volta só para me divertir, mas o meu pai avançou primeiro me empurrando a merda dele.

— Mas o que eu tenho a ver com preparar e reservar os apartamentos na droga do seu hotel? — eu pergunto apertando os papéis com as informações na mão.

— É o importante agora. — o meu pai diz — E você trata das coisas importantes.

Rio apoiando nas costas da cadeira. — Por que não deixa isso com a sua assistente e me deixa gerir o tráfico que eu coloquei na sua mesa depois que proibi todas as gangues de se aproximar do nosso território.

— Já deleguei alguém para isso.

— Eu e o Roman podemos fazer isso juntos, o território é grande. — retruco.

— Sabe filho, com você no comando só duas coisas costumam acontecer, ou você complica tudo ou descomplica, você nunca mantém como está e nesse momento o tráfico está muito descomplicado para você complicar de novo. — ele diz.

Ele acha mesmo que eu vou complicar depois de todo trabalho que isso me deu?

— Pai! — reclamo — São os meus homens.

— E você é um dos meus. — ele devolve.

— Hotéis? Nem sequer me deixou na gerência dos casinos neles. — eu digo — Ou das boates.

Ele pensa um pouco antes de cruzar os dedos. — Os casinos, as boates e o tráfico dentro deles agora está na sua jurisdição.

Não era isso que eu quis dizer. Mas ao que parece por agora é melhor que nada.

— Melhorou um pouco. — eu digo.

— Você e a Vanessa. — ele diz.

— Quê!? Ela mal é da nossa máfia.

— Mas ela é controlada e geralmente faz escolhas melhores do que você sobre como lidar com os problemas. — explica ele.

Claro! Claro. Vadia desgraçada.

Tudo bem que ela ajudou bastante a lidar com o Aspen e a Kaylee. Mas e daí? É porque elas viraram amiginhas. Traidora.

— Se é isso que o senhor acha. — resmungo.

— Nem tenta, pode sair. — ele diz.

— Espero que me valorize além dos momentos em que você está num beco sem saída ou um assunto que precise ser resolvido rápido e de verdade. — falo antes de sair.

Droga.

Ando pelo corredor na direção das escadas mas quando chego até elas franzo as sobrancelhas.

Essas malas... mas que porra ela tá fazendo aqui?

— Geórgia! — chamo alto descendo as escadas.

Ela aparece sem demorar.

— Chamou, senhor Blanc?

— Quando é que ela chegou? — eu pergunto.

— Agora. — responde a voz rígida da minha mãe surgindo de um corredor.

— Seu tour pela América do Sul acabou? — eu pergunto cruzando os braços no meio da escada.

— Tentaram me assaltar no Brasil, achei que seria melhor voltar para casa por um tempo. — ela diz mexendo os óculos de sol de um lado para o outro enquanto anda.

Bad boys - AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora