Cap 34 - O que fazemos agora?

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A mulher nesse vídeo me lembra muito a Kaylee daqui a um tempo.

Kaylee Roy

Seguro o meu tabuleiro procurando por uma mesa vazia pelo refeitório. Até que vejo uma mão acenando na minha direção.

Olho a mesa em questão, está cheia de jogadores do time de futebol. Qual é a do Herlan agora?

Ando na direção dele e quando chego pouso o tabuleiro só para relaxar os braços antes de olhar para ele.

— O que foi? — eu pergunto.

— Pode sentar com a gente. — diz a Collen.

Olho de um para o outro. Extra brega, é o casal perfeito do ensino médio. Toda a escola tem um desses?

— Aqui... — eu balanço a cabeça de cima para baixo lentamente — Na mesa do centro do refeitório cheia de atletas estúpidos e babacas?

Eu odeio o meu período. Ele me deixa mais... ele só me deixa mais alguma coisa.

— A gente não é estúpido e nem babaca. — um cara atrás de mim reclama.

— Shh. — digo sem olhar para ele — É a tpm falando.

A Collen ri e depois aponta para um lugar livre perto do Herlan entre outros caras, que provavelmente são do time.

Eu sento e puxo o meu tabuleiro.

— Quem é você já agora? — pergunta o cara que falou a pouco.

— Jason, Kaylee. Kaylee, Jason. — diz a Collen.

Olho para o cara sentado por cima da mesa, ele usa a jaqueta vermelha e branca do time. Tem o cabelo castanho bagunçado, usa calças cargo com desenhos de camuflagem em bege e branco.

— É um prazer. — o cara sorri.

— Você não quer ouvir o que tem no meu coração. — começo a comer.

— Ela é sempre assim? — ele pergunta.

— Sim. — o casal responde ao mesmo tempo.

Isso não é verdade, eu tenho sido um amor com eles. Bom a minha definição de amor.

— Você viu a Vanessa? — pergunto para a Collen.

— Ela acabou de entrar. — ela aponta com o garfo para a entrada a atrás de mim.

Viro e a vejo mexendo no celular enquanto vai para a fila, o cabelo preto preso em um rabo de cavalo com alguns fios soltos e as roupas grandes de sempre.

(....)

— Como ela te convenceu a ficar aqui? — pergunta a Vanessa antes de bocejar.

— Eu não sei. — apoio a cabeça na minha mão — Ela disse qualquer coisa sobre vem aqui, depois me espera já vai acabar, fiquei confusa e agora estou aqui.

— E como está sendo mudar de casa e morar com ela e a sua mãe?

— Bom, não ruim como eu achei que seria, fui bem recebida, bom, por quase todos. — enrolo uma mecha de cabelo nos dedos — É legal, mas essa vida, ela não faz o meu estilo.

— A vida não é apenas ser uma assassina ou ser uma gangster. — ela olha para mim.

— Vanessa a minha vida eram as corridas, os carros, as lutas, cada vez que eu vencia eu me sentia bem. — tento explicar — Aquelas pessoas, as suas vozes chamando por mim, a liberdade, o poder, aquilo era a minha vida, aquele é o meu mundo.

Bad boys - AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora