Ryan Blanc
Tiro a tipoia, abro e fecho o punho, as veias marcam o meu braço, a ferida do tiro já está quase completamente cicatrizada. A três semanas a vadia louca da Kaylee conseguiu me acertar um tiro, uma pequena vingança pelo nosso primeiro encontro.
Não deveriam mesmo dar armas a crianças e esperar que vençamos guerras.
Sinto apenas um pouco de dor quando movo o braço mas da para viver com isso.
— Como te sentes? — pergunta a Banks me olhando atentamente.
Tenho evitado bastante falar com ela desde a última merda que ela me fez passar quando eu estava bêbado.
— Não tá vendo? — atiro.
— Já percebemos você não anda de bom humor. — o Roman diz.
— Não eu não ando mesmo, tudo em que tenho pensando é naquela garota, em como eu quero que o sangue todo dela seja drenado, em como eu a odeio e ainda fico feliz com o facto dela ter sobrevivido porque agora sei que poderei dar uma morte digna de respeito para ela. — eu digo — Ela vai se arrepender de ter agido contra mim.
— Bom... tecnicamente, você agiu contra ela primeiro. — Axel da mais um gole na garrafa — É só um facto.
Olho para jardim com a piscina um pouco depois. Estamos sentados a volta de uma mesa de jardim, fazendo nada.
— Espero que agora que está bem faça essas palavras valerem a pena, porque ela não da as caras a três semanas. — diz a Banks.
Ignoro ela, eu já sabia disso. Não a como ela aparecer depois do estado em que a deixei, o irmão dela não a deixaria andar vulnerável. Mas ela é a Kaylee nunca está vulnerável o suficiente, nem mesmo quando está no chão de cemitério sangrando e se afogando no próprio sangue, ou quando leva um tiro ou mesmo quando está na beira de um prédio dependendo de alguém como eu para não cair. Nada é o suficiente para mantê-la longe.
Eu vou destruir ela e dessa vez quero que seja de dentro para fora. Dor física não basta mais, isso se tornou pessoal.
(....)
— Se não vai falar comigo porque decidiu me trazer? — pergunta a Banks.
É uma resposta tão simples.
— Porque se eu estou bem, quer dizer que ela também está. — eu paro o carro a frente da entrada do colégio.
— A Kaylee? O mundo não gira em volta dessa garota sabia? — ela pergunta trancando a cara.
Bufo e olho para a janela quando uma moto passa em alta velocidade do lado da porta.
— Acho que agora gira. — eu digo calmamente reconhecendo a moto que estava no cemitério durante a troca de tiros. A mesma que vi perto dos prédios no dia em que atirei nela.
Ela estaciona um pouco depois da entrada, na vaga dos deficientes. Que babaca.
Ela desce e sacode o cabelo. Demora um pouco para que eu sinta a habitual vontade de matá-la. Um cara se aproxima dela e passa o braço pelos ombros dela. Ela sorri e fica a frente dele.
— Pode descer. — lembro a Banks.
Ela bufa irritada e desce do carro, quando ela se aproxima da entrada a Kaylee olha para ela e ambas trocam curtos olhares antes da Banks entrar na escola.
Seria fácil demais pisar no acelerador e passar por cima dela. O olhar dela vem para o meu carro e depois vai garoto, depois ela olha pelo canto do olho novamente e aponta a escola. Ambos entram nela.
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Bad boys - Alvorecer
AcciónVersão 1 "Me mate me destrua, faça o que quiser mas eu não me ajoelho para ninguém." Kaylee Roy, filha de um criminoso, irmã do chefe da gangue Las Serpentes, foi torturada e colocada em abstinência da própria gangue. Era suposto ser a segunda no co...