Cap 58 - Múscia

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Kaylee Roy

Saio da academia vejo o carro do Jason parado mesmo a frente, abro a porta e entro.

- Para onde vamos? - eu pergunto colocando o cinto.

- E que tal um boa noite, você tá bonito, cortou o cabelo? - ele sugere divertidamente.

- Você não cortou o cabelo. - abano a cabeça com um sorriso olhando para ele.

- Pois, eu não cortei mesmo. - ele da partida e rimos.

É tão fácil estar com ele, não haveria nada de errado em estar com ele. Sem drama da máfia, sem meios irmãos, sem brigas de sexualidade. Apenas eu e um garoto legal do time de futebol. Ele é bonito, simpático, engraçado o bastante, preocupado, alto, forte, inteligente, gosto do estilo surrado dele. É provavelmente tudo que uma garota deveria querer, é o cara perfeito. O problema é que eu não sou garota perfeita. Não me dou bem com coisas que fazem bem.

Com pessoas boas demais. Não sinto que mereço coisas boas e fáceis.

- Vai me dizer para onde estamos indo? - eu pergunto.

Ele deve ser um dos poucos amigos da Collen que não é podre de rico ou que pelo menos não demostra. Ele é mais do tipo calças largas, jaqueta e ténis. Sem pulôver ou blazer.

Mas sei que a família dele faz negócios com os meus "pais". E eles têm grana e são importantes então os dele também devem ser.

Como ele não responde decido perguntar outra coisa.

- Está preparado para o baile? - eu pergunto.

- Qual deles? - ele pergunta.

- Você vai ao baile de caridade do senhor Dixon? - eu pergunto.

- Forçadamente, mas é caridade então sim. - ele responde - Todo mundo que é alguém nessa cidade vai aos bailes da família Dixon.

- Legal, então a gente se vê lá, topa ser o meu par? - eu pergunto casualmente.

- Precisa de par? - ele pergunta.

- Não me humilha. - peço.

- Eu aceito ser o seu par. - ele reponde - Quer ir comigo ao baile da escola?

- Eu achei que a Jane já estivesse grudada em você para isso. - eu digo.

- A louca da Jane. - ele batuca no volante - Ela só veio para mim como segunda opção depois que o Herlan topou ir com a Lise.

A Lise. A querida irmã da Raven. Sim eles são amigos. Foi como eu e o Herlan nos conhecemos, através dela.

- Droga. - eu digo - Tá legal, eu aceito ser sua salvadora.

Ele ri. - Não é para tanto né, eu conseguiria a garota que eu quisesse.

- Ser convencido nem combina com você. - eu digo.

Nos continuamos conversando e poucos minutos depois ele estaciona numa rua aleatória.

Nós descemos do carro e começamos a andar pela cidade, vagando pela noite. Paro ao lado de uma árvore e olho para cima vendo apenas a lua graças a poluição luminosa.

- Me chamou para andar? - eu pergunto.

- Meio que poderia ser, você parece bem encantada com o ar livre, mas não, essa não é a magia da noite. - ele diz.

Curvamos em outra rua. Eu realmente gosto do ar livre, sabe a liberdade e eu gosto de liberdade.

Ele empurra uma porta de metal do que parece ser um teatro. Franzo as sobrancelhas sem entender mas o sigo. Primeiro estamos em um salão com algumas portas e depois estamos indo para as escadas de incêndio. Só vejo algumas poucas pessoas no caminho que nem ligam o bastante para a gente. Conforme descemos ouço o som da música.

Bad boys - AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora