Kaylee Roy
Geralmente isso costuma ser impressão, mas eu tenho a certeza que tem muita gente olhando para nós. Espero que ninguém tenha me reconhecido pois eu estou reconhecendo algumas pessoas das festas no palácio de sangue.
Passo por uma mesa com bebida e tiro uma mini garrafa de vodka ainda sendo levada entre as pessoas pelo Ryan, ele mal deve ter notado o que eu fiz.
Abro a pequena garrafa que acaba em um gole e meio. Deixo em uma mesa alta. A merda arde na minha garganta.
- Você é rápida. - ele diz.
- Para onde está me levando? - eu pergunto.
- Para os seus amigos. - ele diz - Quem é aquele cara que não deixa de ser inconveniente?
- O meu novo namorado. - decido provocar o diabo.
- Quer jogar assim?
- Quem disse que estou jogando? - atiro de volta - Por que mais ele estaria na inauguração?
Sinceramente, do jeito que esse cara é louco, fico até mesmo surpresa que não saiba quem é cada pessoa com quem eu ando.
- Kaylee. - ele me alerta.
- Ryan. - abano a cabeça enquanto entramos em um corredor.
Descemos a escada no final.
- Talvez agora eu não esteja tão inclinado a controlar a boca do Axel.
Paro de andar e o empurro contra uma parede. O encaro.
- Menos de dez segundos para quebrar o pescoço dele se eu o considerar uma ameaça. - eu digo - Não sou a garota que estava tentando não matar todo mundo naquela escola um mês e meio atrás e nem a garota machucada que soltaram depois, eu não me importo com a vida de nenhum de vocês.
Aperto os ombros dele antes de o soltar.
- Você se importa mesmo que os seus segredos sujos continuem enterrados. - ele arregaça as mangas da camisa preta - Talvez tenha que me matar para manter a sua barra limpa.
Matar ele. Eu já deveria ter feito isso. Mas ando perdida. Pelas consequências, o desejo, o toque dele. Essas mãos com as veias marcadas que estou olhando agora.
- Lembra do que eu disse a três semanas? - subo o olhar para o rosto dele - Que seria preciso mais do que aquela ameaça para me impedir de te matar na próxima, não torne essa a próxima.
Ele me encara, os olhos cinzentos cintilando com as luzes douradas. - Por mais que doa acreditar, você não quer me matar, angel.
Eu quero sim e quero muito.
- O que nós temos não significa nada, você mesmo já disse. - eu digo.
- Tem razão, isso não significa nada, você não significa nada. - ele diz se aproximando - Eu gosto do seu corpo e você gosta do meu, apenas isso, você não é nada.
Isso não dói, é como uma picada de verdade que já estava em mim.
- Mas a gente ainda assim não quer se matar, nossas vidas se tornaram insignificantes um para o outro. - ele segura o meu queixo e me faz levantar a cabeça e encarar os olhos dele - Por que raios você me mataria agora? Ódio? Vingança? A gente só começaria uma guerra sem propósito.
- Afasta-te de mim agora. - digo calmamente mas firme.
Ele da um pequeno sorriso antes de roubar um selinho e morder o meu lábio antes de virar e continuar o caminho.
Olho para os lados garantindo que não tem ninguém aqui e mordo o lábio antes de ir atrás dele. Eu deveria jogá-lo ao mar só por isso.
Ele abre uma porta e entro atrás dele. Só tem homens nessa sala, bom além das mulheres semi nuas se jogando neles, que devem ser prostitutas. Os "homens" estão jogando cartas, xadrez ou algum jogo de azar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Bad boys - Alvorecer
ActionVersão 1 "Me mate me destrua, faça o que quiser mas eu não me ajoelho para ninguém." Kaylee Roy, filha de um criminoso, irmã do chefe da gangue Las Serpentes, foi torturada e colocada em abstinência da própria gangue. Era suposto ser a segunda no co...