Jeon Catarina passou a odiar Kim Taehyung quando ele assumiu ser o culpado pelo acidente de carro que deixou seu irmão, Jungkook, em coma . Porém, quando surge um concurso de dança em que Tae e Nina são sorteados para participar, e dá aos vencedores...
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Os músculos de Taehyung tremiam descontroladamente, mas em sua consciência, ele estava imobilizado, incapaz de mover sequer um dedo. Não era a primeira vez que isso acontecia e, a cada ocorrência, o terror se intensificava. As vozes estridentes em sua mente eram um obstáculo para seu retorno à realidade, impedindo-o de acordar.
O pesadelo em questão remontava aos minutos que antecederam o acidente catastrófico que envolveu ele e Jungkook. Desta vez, Taehyung podia ver claramente os rostos que povoavam seus pensamentos, mas a incapacidade de falar o deixava ainda mais perturbado, como se seus lábios estivessem selados, impossibilitando até mesmo um grito.
— Vocês não podem entrar naquele carro — Yoongi falou agitado.
— Tá com medinho agora, Min Yoongi? — Jungkook provocou com um riso sarcástico.
— Deixa de ser burro, vocês não podem....
Apenas as vozes de Jungkook e Yoongi eram audíveis, como se Taehyung tivesse perdido suas cordas vocais. Ele podia ver todos claramente e até tocá-los. As vozes de Yoongi e Jungkook começaram a se misturar com outra voz, mais grave, e então Taehyung sentiu um toque firme sobre si.
— Tae?
— Querido, acorda, por favor!
Subitamente, uma dor intensa e ardente fez Taehyung saltar da cama. Olhando ao redor, viu seus pais ao lado de sua cama, Soojin chorava e Seojun parecia assustado. Tae olhou para o seu braço, vermelho e dolorido.
— Omma, eu fiz isso em mim? — Perguntou a Soojin, confuso.
— Fui eu quem fez isso. — Seojun o encarou. — Você não acordava, estava se debatendo e gritando sem parar. Tive que te beliscar várias vezes, até que precisei usar mais força, pois chamar você não estava funcionando.
Uma única lágrima deslizou pelo rosto de Taehyung, sinalizando sua crescente percepção de que os pesadelos se tornaram mais turbulentos. Ele perdia o domínio sobre seu próprio corpo e mente, e as consultas com a senhorita Ban Ji-Eum não estavam mais trazendo efeito. Taehyung ponderava a possibilidade de buscar um psiquiatra para iniciar um tratamento medicamentoso. Esse momento representava o clímax de suas tribulações, e a visão de sua mãe chorosa e seu pai assustado o enchia de uma profunda aflição.
— Desculpa, omma. Isso não vai se repetir. — Prometeu Tae, erguendo-se e envolvendo Soojin em um abraço reconfortante.
Seu olhar então se voltou para Seojun, que permanecia estático ao lado da cama, digerindo o episódio que acabara de testemunhar. Apenas um entre tantos que Soojin já enfrentou.
— Abeoji, preciso conversar com o senhor. — disse Taehyung, dirigindo-se a Seojun que com um gesto afirmativo, assentiu.
— Vou tomar um banho. Logo desço para tomarmos café. — Anunciou Tae.
