𝐏𝐑Ó𝐋𝐎𝐆𝐎

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Era final de outono, o que significava o começo do inverno e também das férias escolares, Catarina dava passos vagarosos em direção ao único lugar com que ela costumava visitar com frequência nos últimos doze meses. Existia um certo alívio em estar ali, no lugar mais triste que se pode estar, onde as pessoas lutavam por suas vidas diariamente, e às vezes, nem todas conseguiam êxito. Catarina cumprimentou a recepcionista do hospital que apenas lhe deu o crachá de visitante, ela já era bastante conhecida pela maioria dos médicos e funcionários dali e por isso tinha praticamente acesso livre sem muitos questionamentos.

Assim que adentrou o quarto, ela retirou as flores antigas do vaso que ficavam ao lado da cama e as substituiu por lírios tigres como de costume. Catarina foi até a janela e abriu as cortinas deixando que alguns raios de sol entrassem pelo ambiente, o tornando um pouco mais agradável. Se sentou ao lado da cama onde seu irmão estava exatamente na mesma posição de sempre, porém, ela fazia questão de fazer a barba e aparar as pontas do cabelo de Jungkook para que ele sempre estivesse com boa aparência. E assim quando acordasse, não ia parecer que havia dormido por tanto tempo assim.

Pensar que seu irmão estava apenas em um sono profundo era o que fazia com que Catarina não perdesse completamente as esperanças, mesmo sabendo que depois de um ano os médicos e seus pais já não estavam mais tão otimistas. Catarina sentia dentro de si que Jungkook uma hora iria acordar, ele prometeu que sempre estaria ao seu lado e um Jeon nunca quebra suas promessas.

— Ei Guk! — Um sorriso triste descansou em sua face melancólica enquanto ela acariciava o rosto pálido de Jungkook — O papai hoje resolveu preparar o café da manhã, e adivinha só? Ele sujou a cozinha inteira de farinha e a mamãe como sempre ficou uma fera, exatamente como eles faziam quando éramos crianças... Eles disseram que viriam aqui mais tarde para te ver, mas eu preferi vir mais cedo antes de ir pra escola! — Soltou um suspiro — O Bam ontem ficou o dia inteiro deitado na porta do seu quarto, já faz uma semana que ele não come direito e o papai disse que iria levar ele ao psicólogo — Catarina soltou um riso anasalado. — Você sabia que existem psicólogos para cachorros? Pois é, nem eu! Não é bizarro?

Nina ficou um tempo em silêncio analisando a expressão serena do seu irmão na esperança de que conseguisse alguma reação, mas como das outras vezes, nada aconteceu. Ela se aproximou ainda mais segurando a mão dele e diminuiu o tom de voz como se estivesse confidenciando um segredo. — A Minji e o Jiminie acham que estou ficando louca, mas eu sei que você ainda está aí, eu sinto que de alguma forma você pode me ouvir, Guk! Então, por favor... Não desista de lutar, ok? Eu preciso de você para me ajudar a lidar com tudo. Por favor!

Deitada com a cabeça no peito de Jungkook, Catarina se permitiu deixar as lágrimas rolarem livremente pelo o seu rosto enquanto soluçava baixinho.

Do lado de fora do hospital, Taehyung aguardava distante o momento em que Catarina saísse, pois assim como ela, Tae também ia todos os dias visitar Jungkook. Assim que Catarina sai do hospital e fica completamente fora do campo de visão de Tae, ele
anda despreocupadamente até a entrada do hospital, como costumava fazer, sempre evitando esbarrar com Catarina porque ele simplesmente não suportava o olhar duro e acusatório que ela lançava sobre ele sempre que se viam.

Doía saber que talvez eles jamais pudessem se dar bem algum dia, mas no dia do acidente enquanto JK falava suas últimas palavras antes de desmaiar, Taehyung havia prometido a ele que cuidaria da sua irmã mesmo de longe.

Tae se sentou ao lado da cama de Jungkook e depositou um copo em cima da mesa que ficava abaixo da janela, ele abre a mochila e tira uma garrafa de soju que havia levado escondido, ele enche o copo o levantando no ar fazendo um brinde em silêncio, bebendo todo o líquido em um gole só fazendo com que sentisse sua garganta queimar.

— E ai cara, como estão as coisas por aí nos seus sonhos? Espero que esteja melhor do que aqui, porque tá tudo uma merda sem você — Taehyung bebe mais um gole de soju, mas dessa vez diretamente da garrafa. — Sua irmã continua me odiando, mas eu te prometi que iria protegê-la é o que estou fazendo mesmo de longe.

— Ela voltou a dançar, sabia? - Taehyung sorriu olhando diretamente para o rosto sem expressão de Jungkook. —Quando você ficou em coma, ela perdeu aquele brilho no olhar e acho que agora está tentando recuperá-lo novamente porque ela voltou a dançar. Minha mãe está dando aulas particulares para ela, e ela disse que sua irmã tem tudo pra ser uma bailarina de sucesso! E ela dança tão bem... — Ele suspirou sentindo um bolo em sua garganta. — Que porra, Jeon! Precisava ser assim? Já faz um ano de toda essa merda e não tem um dia em que eu não me arrependa do que aconteceu, você nem devia estar naquele carro!

Tae se levantou chutando uma almofada que estava no chão numa tentativa frustrada de extravasar sua raiva, pensar em tudo o que aconteceu o fazia querer quebrar qualquer coisa. Ele culpava a si, a Jungkook e principalmente Yoongi, o filho mais velho da família Min, que propôs a corrida de carros.

— Estarei aqui até o fim, maninho! —  Tae fala com a voz embargada, voltando-se para Jungkook — Você vai sair dessa, JK. Nós iremos conquistar juntos muitas coisas ainda, então trate de levantar logo daí. Tem muita gente te esperando aqui!


Eai gente, você estão prontos para viver junto conosco a história de Catarina e Taehyung? Porque esse foi apenas o começo de muitos acontecimentos que ainda estão por vir!

Lembrando que o feedback de vocês é muito importante para motivar o escritor a continuar, pois essa história esta sendo escrita com muita dedicação e carinho! Por isso, não exitem em deixar seu opinião nos comentários para sabermos o que estão achando da narrativa.

Beijinhos e até o próximo capitulo!💜🫰🏻

𝘔𝘰𝘷𝘪𝘯𝘨 𝘞𝘪𝘵𝘩 𝘠𝘰𝘶 𝘐𝘯 𝘛𝘩𝘦 𝘙𝘢𝘪𝘯 ❅ Kim TaehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora