16. Friends come before boys

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Os olhares entre S/N e Theodore eram mais íntimos agora, mas nunca ocorriam simultaneamente, sempre que a em olhares de canto de olho, disfarçados quando o outro estava distraído, invisível a eles, mas extremamente claro a quem estava ao redor.

Naquela noite, os jovens estavam tranquilos, na verdade, cansados das atividades durante o dia, o que levou S/N a colocar um pijama confortável de verão e se sentar na varanda de pedra que dava para o mar. O vento era gelado, mas valia a pena para observar o belíssimo pôr do sol acompanhada de uma taça de vinho e pensamentos diferentes rodeando sua mente.

- É uma bela foto, tenho que dizer. - S/N encontra a origem da voz risonha de Theodore se aproximando e sentando-se ao lado dela na namoradeira da varanda. Ele tinha a polaroide entre os dedos, que agora tinham a data escrita atrás por Pansy. - Eu imagino que não tenha sido você quem deixou isso em cima da minha cama.

- Não mesmo. - S/N respondeu sorrindo e pegando a foto que o garoto lhe entregara.

- Você quer ficar com ela?

- Não, Pansy deu a você, fique com ela. - Theodore sorriu e S/N lhe entregou novamente.

Um leve silêncio se iniciou, S/N voltava a olhar o céu rosado começando a escurecer quando decide começa a falar de novo.

- Theo... Posso te confessar uma coisa? - S/N disse levemente risonha e o garoto apenas assentiu voltando o olhar para ela, interessado no que viria. - Eu juro que foi sem querer, eu caí como uma pata nos blefes de Pansy. - Ela começou a se explicar e o rosto de Theodore foi ficando cada vez mais confuso. - Eu meio que deixei escapar de transamos no ano novo, me desculpe.

O rosto de Theodore se enfeitou com um sorriso largo e um brilho nos olhos, seu coração e mente estavam a um turbilhão de comemorações a essa altura por ter finalmente tocado no assunto.

- Não se desculpe por isso, S/N. - o garoto a tranquiliza e ela sorri em resposta.

- Bom, não que eu me arrependa. - S/N definitivamente se deixou levar, mas sabia que se não falasse naquele momento, não diria mais. Theodore imediatamente olhou em seus olhos apenas processando o que tinha ouvido. - Você sim?

- Nenhum pouco. - Nott a olhava ainda hipnotizado pelas palavras que saíam daquela boca que ele estava prestes a beijar. - E você faria de novo? - S/N apenas assentiu em um "sim" enquanto se aproximava mais de Theodore, os olhos na boca dele a denunciaram antes mesmo de responder.

E em um milésimo de segundo o coração de S/N pareceu parar com o contato da boca de Theodore na sua finalmente. Iniciou como algo muito simples e até romântico, mas ambos tinham muita saudade acumulada para se segurarem agora.

O beijo ficou quente e necessitado, as mãos de S/N se penduraram no pescoço do garoto, se enrolando entre os fios de cabelo dele, enquanto Theodore tentava trazer para perto, puxando sua cintura.

S/N sorriu durante o beijo ao sentir a mão quente do garoto adentrar a blusa de seu pijama, agarrando sua cintura com mais força a trazendo para seu colo. Theodore desceu os beijos pela mandíbula e pescoço da garota, que suspirou com o contato da boca dele em sua pele e seu aperto contínuo a pressionando contra si.

- Você não sabe o quanto senti sua falta, Teddy. - S/N sentiu o sorriso dele contra sua pele, Theodore começava a perceber que aquele apelido acendeu algo dentro dele, nunca mais ouviria esse apelido sem se lembrar da forma como ele saiu dos lábios dela.

Quando os olhares dos dois se encontram, um sorriso apareceu simultaneamente em ambos os rostos, como uma pausa no frenesi que sentiam, apenas duas pessoas apaixonadas se olhando. Eles, então, voltam a se beijar novamente, dessa vez com S/N descendo pelo pescoço dele.

Merlin, ela queria isso. A cada beijo ou pequena mordida que deixava, ela se lembrava da imagem dele mais cedo naquele dia, o que a fez ansiar ainda mais pelo corpo que a esperava por debaixo daquelas roupas.

O cheiro dele definitivamente a inebriava. As mãos dela sobem por de baixo do tecido da camisa dele, tateando cada centímetro possível para ela.

S/N escuta passos vindo de dentro de casa e se aproximando da porta, e então milésimos antes da pessoa sair, ela se afasta de Theodore rapidamente, se levantando. O garoto, confuso, continua segurando sua cintura e a puxando para ele.

Pansy viu a movimentação rápida da garota em sair do colo de Nott, o que fez brotar um sorriso malicioso em seu rosto.

- Interrompo? - A morena pergunta e ambos negam com a cabeça. - Só vim te avisar que a pizza está pronta. - Pansy se refere a amiga que a olha confusa.

- Pizza? - S/N tira as mãos de Theodore do seu corpo e começa a catar a taça e a garrafa que levara para o local algumas horas antes.

- Noite das garotas. - Pansy disse simplesmente, o sorrisinho de lado ainda presente. - Não vai dizer que você se esqueceu?

- Não, claro que não. Eu já estava indo mesmo. - S/N disfarça e Theodore suspira em uma certa decepção também se levantando.

- Sei. - A garota não cedeu às mentiras de S/N, Parkinson tinha os braços cruzados e, em tom de brincadeira, mas com fundo de verdade, ela conclui. - Parecia que você estava indo sim, só que para outro quarto.

S/N apenas a olha levemente indignada, bem, ela não estava mentindo. Pansy só entra na casa quando S/N estava andando ao seu lado, enquanto Theodore apenas as acompanha.

[...]

As garotas se reuniram no quarto de Astoria, o que fez S/N se arrepender de ter dado a ideia disso justo hoje. Não que ela não gostasse da companhia das amigas, mas ela se sentia culpada por sua mente estar vagando em outro quarto da casa.

Astoria contava sobre Draco, e o fato de ele ser seu irmão não a animava muito. A Greengrass mais nova falava dele como se ele fosse um deus grego, e apesar de S/N reconhecer que seu irmão definitivamente não era feio, aquela conversa a deixava levemente enjoada. Sendo assim, sua mente deu um jeito de escapar dali, vez ou outra ela fechava os olhos, pegando em um leve cochilo pelo horário, mas todas as vezes ela via fleches do seu momento recente com Theodore.

Merlin, ela estava sedenta por ele. S/N não se relacionou com mais ninguém desde aquela noite. Era estranho para ela, nunca se sentiu assim por alguém e sempre que tinha vontade, tinha sempre mais de um garoto à sua disposição. Theodore também estava à sua disposição, mais do que qualquer um, diga-se de passagem, mas a situação agora era diferente.

Enquanto Astoria divagava sobre os detalhes de sua noite anterior, S/N cochilou novamente, ficando completamente alheia à conversa de suas amigas. A garota se cobriu com as cobertas e adormeceu, mergulhando profundamente em seus belíssimos sonhos.

Ela estava novamente do lado de fora de casa, com o calor batendo em suas costas e suas pernas dobradas sobre uma toalha estendida no gramado, no colo de Nott que tinha a boca no pescoço dela. As mãos de Theodore subiram sob o pequeno vestido branco que ela usava, alcançando a carne macia de suas coxas e subindo para se enrolarem num aperto forte na bunda de S/N. Mas num instante, tudo desapareceu e a luz fraca do quarto de Astoria iluminava seus olhos novamente enquanto risadas delas eram percebidas por seus ouvidos.

- O que é tão engraçado? - S/N coça os olhos e pergunta despretensiosamente enquanto se senta na cama.

- Você não se ouviu? - Bom, agora ela congelou, seu rosto já se incendiou levemente, imaginando o que estaria por vir.

- Você por acaso não estava sonhando com um certo garoto chamado Teddy, estava? - Daphne pergunta entre risos.

- Eu não acredito que fiz isso. - S/N fecha os olhos com força quando cai em si e já imagina.

- Tudo bem, S/N. Realmente algumas coisas a gente não tem como controlar. - Pansy disse em tom de brincadeira, ainda que fosse uma verdade.

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𝐃𝐚𝐫𝐤 𝐏𝐚𝐫𝐚𝐝𝐢𝐬𝐞 | 𝐓𝐡𝐞𝐨𝐝𝐨𝐫𝐞 𝐍𝐨𝐭𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora