52. Sign of the Times

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Theodore aparatou com um estalo abafado em um dos corredores de Hogwarts, e a visão que o saudou foi devastadora. O castelo, outrora um símbolo de segurança e sabedoria, agora se transformara em um campo de batalha caótico. As paredes de pedra, habitualmente imponentes e serenas, estavam marcadas por feitiços que haviam explodido, deixando manchas escuras e rachaduras profundas. Escombros de estátuas e tapeçarias destruídas estavam espalhados pelo chão, misturando-se a pedaços de madeira quebrada e vidros estilhaçados.

O ar estava carregado de poeira e fumaça, dificultando a respiração e obscurecendo a visão. O som dos combates era ensurdecedor: gritos de pânico e determinação, o estalo das varinhas lançando feitiços, e o impacto pesado de explosões reverberavam pelos corredores. Cada passo que Theodore dava fazia ecoar um rangido ou um estalo, como se o castelo estivesse gemendo sob o peso da destruição.

À medida que avançava, Theodore viu alunos e professores de Hogwarts lutando bravamente contra os Comensais da Morte, suas expressões uma mistura de medo e feroz determinação. Alguns conjuravam barreiras protetoras, enquanto outros lançavam feitiços ofensivos com precisão desesperada. Os quadros nas paredes, usualmente animados com conversas e fofocas, estavam agora em silêncio, os habitantes das pinturas observando a cena com expressões de horror.

No meio desse caos, Theodore manteve-se focado, seus olhos atentos procurando por qualquer sinal de S/N. O desespero aumentava a cada segundo, mas ele sabia que não podia se permitir parar. Ele precisava encontrá-la, precisava saber que ela estava segura. Cada corredor que ele percorria revelava mais destruição, mas também a coragem indomável daqueles que defendiam Hogwarts com todas as suas forças.

Enquanto S/N avançava pelos corredores destruídos de Hogwarts, após se perder de Draco e seus amigos, uma sensação estranha tomou conta dela, como se Theodore estivesse por perto. O vínculo que compartilhavam era profundo, e ela podia quase sentir sua presença, como um calor familiar em meio ao frio da batalha. O coração dela acelerava com a esperança e o medo entrelaçados, empurrando-a a continuar sua busca com ainda mais determinação.

De repente, ela ouviu um gemido fraco. Ao olhar em direção ao som, viu Fred Weasley preso sob uma pilha de pedras, sem sua varinha. Ele estava machucado e lutava para se libertar, o desespero estampado em seu rosto. Os Comensais ao redor não prestavam atenção a Fred, focados em seus próprios combates e missões.

Enquanto ela se aproximava furtivamente, um Comensal da Morte levantou a varinha, preparado para lançar um feitiço mortal em Fred. O coração de S/N disparou. Sem perder mais tempo, ela apontou sua varinha.

- Avada Kedavra! - O raio verde atingiu o Comensal em cheio, fazendo-o cair morto instantaneamente.

Fred, ainda atordoado e agora ainda mais surpreso, olhou para S/N, que corria em sua direção.

- Aguente firme. - Ela murmurou, apontando sua varinha para as pedras. As pedras começaram a se levantar lentamente, uma a uma, aliviando o peso sobre Fred. Ele a olhou com desconfiança, mas sem forças para questionar sua ajuda.

Uma vez que ele estava livre, S/N estendeu a mão para ajudá-lo a se levantar. Fred, ainda atordoado, aceitou a ajuda com uma expressão de incredulidade.

- Por que você está me ajudando? - Ele perguntou, ofegante.

- Não há tempo para explicar. - S/N respondeu rapidamente, olhando ao redor para garantir que não estavam sendo observados. - Pegue sua varinha e saia daqui enquanto pode.

Fred, ainda surpreso, encontrou sua varinha caída perto dos escombros e a segurou firmemente.

- Obrigado. - ele disse, com sinceridade na voz. - Eu não vou esquecer isso.

𝐃𝐚𝐫𝐤 𝐏𝐚𝐫𝐚𝐝𝐢𝐬𝐞 | 𝐓𝐡𝐞𝐨𝐝𝐨𝐫𝐞 𝐍𝐨𝐭𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora