44. Your protection can hurt

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Algumas semanas se passaram e a preocupação da Elite Sonserina deixava de ser relacionamentos e festas a cada dia. O clima cada vez mais tenso pareceu piorar nos últimos dias e a chegada de mais uma carta de seus pais os avisando sobre um evento importante e sigiloso só confirmou o motivo da ansiedade dos jovens.

Aquela hora, já deviam estar em suas camas, mas mais uma carta foi recebida e um chamado urgente do Sr. Nott e Lúcios Malfoy os obrigou a fazer isso de forma rápida e silenciosa. O receio e medo eram evidentes nos rostos dos garotos, deixando S/N ainda mais apreensiva sobre o que poderia vir dessa vez. Ela sabia que algo pior se aproximava, afinal, não chamariam eles em tanta urgência sem motivo. E talvez, ela estivesse certa.

Ao se esconderem em suas capas ao saírem do enorme castelo já escuro, seguindo para a floresta negra, andando até certo ponto e aparatando até uma das ruas escuras do Beco Diagonal.

Draco reconhece o pai poucos metros a frente e sinaliza aos amigos e irmã que andem até ele. Lúcios tinha a pele mais pálida que o normal, o rosto amedrontado, olheiras aparentes e cabelo já não tão penteado como de costume. Seu estado físico refletia seu estado mental, a preocupação das consequências de falhar com o Lord das Trevas o assombrava.

O homem, no entanto, fingiu animação em vê-los, os guiando para uma loja não muito clara. Antes de entrar e seguir seu pai, Draco e S/N ouvem um barulho e apontam os olhos para um dos telhados ali próximos, mas não viram nada e continuaram a entrar.

S/N e todos os outros foram instruídos a vestir-se de preto, os garotos em seus ternos e ela, por ser a única garota dentre Theodore, Matthew e Draco, usou um vestido longo da mesma cor enviado por sua mãe.

Narcisa abraçou forte os filhos quando os viu, logo fazendo o mesmo com Riddle, demonstrando sua afeição pelo garoto. Ainda que os rostos de seus pais demonstrassem confiança e animação, o medo e a tensão ainda se sobressaem.

A mulher, por exemplo, sentia que perderia seus filhos em breve, uma sensação angustiante de morte que parecia chegar mais perto a cada passo que davam em direção aos fundos do lugar.

Uma porta no final de um corredor foi aberta magicamente assim que eles se aproximaram, uma sala escura com muitos comensais presentes e ao meio, aquele que não deve ser nomeado ao lado de sua cobra. Um sorriso largo cobriu o rosto do homem, que não se parecia humano, quando viu os quatro jovens entrando na frente de seus pais.

O interessante e triste, aos olhos de S/N, foi a ausência de saudação do pai de Theodore para com o próprio filho. Ele não demonstrou nenhuma saudade ou preocupação, se limitando a apenas o aguardar na sala junto aos outros comensais.

- Finalmente chegaram! - O homem esbranquiçado disse ao se aproximar primeiro de Draco. - Podemos começar finalmente.

Ele volta ao centro da roda, e acena para que Draco se aproxime, S/N ainda confusa, se aproxima de Narcisa atrás de si e sussurra.

- O que ele vai fazer? - Narcisa nem se quer olhou para a filha, apenas prestando atenção em Draco se aproximando de Voldemort e levantando a manga esquerda da camisa que usava.

Antes que Narcisa a respondesse, a atenção de S/N foi puxada novamente para o centro da roda ao ouvir um gemido de dor entredentes na voz de seu irmão. A garota fez menção de ir até ele, como se aquilo fosse automático e ela nem precisasse pensar para fazer, mas seu pai foi mais rápido em segurar seu ombro com força, para que ficasse no lugar em que estava.

Após minutos infinitos daquela tortura, os olhos de Narcisa e de sua filha estavam marejados, parecia então ter finalmente acabado, já que Draco foi sentado em uma cadeira ainda no centro da sala.

𝐃𝐚𝐫𝐤 𝐏𝐚𝐫𝐚𝐝𝐢𝐬𝐞 | 𝐓𝐡𝐞𝐨𝐝𝐨𝐫𝐞 𝐍𝐨𝐭𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora