53. Turn away and run away

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Draco e Narcisa, assistiram atônitos à cena. Seus olhos se arregalaram de horror quando Voldemort lançou o Avada Kedavra em direção a S/N e Theodore. O feitiço verde mortal cortou o ar com uma rapidez assustadora, quase atingindo os dois antes que desaparatassem para fora de Hogwarts.

Draco, geralmente reservado e controlado, perdeu momentaneamente sua compostura. Seu rosto pálido mostrava uma mistura de choque e alívio, enquanto ele cerrava os punhos com força. Narcisa, ao lado de Lúcios, já próxima de seu filho, colocou a mão sobre a boca, incapaz de conter um pequeno gemido de preocupação. Seu coração martelava no peito, o medo pelo destino de sua filha e do rapaz que ela sabia ser amado por S/N, uma preocupação que transcendeu qualquer lealdade anterior.

O silêncio tenso que se seguiu ao desaparecimento dos dois era palpável, uma pausa incômoda na guerra que envolvia Hogwarts. Draco e Narcisa trocaram um olhar rápido, ambos sabendo que a batalha ainda não estava ganha, e que o perigo agora rondava S/N e Theodore em outro lugar, enquanto eles próprios estavam presos em um campo de batalha onde lealdades, medos e esperanças se misturavam intensamente.

Draco e seus amigos seguiram para fora de Hogwarts, ao lado de Narcisa, saindo dali antes que o pior que acontecesse. O olhar da mulher ainda assustado, enquanto tinha Draco e Matthew em cada um de seus lados, segurando suas mãos como crianças, enquanto Blaise e Pansy seguiam logo atrás.

E de repente, tudo se tornou um grande borrão escuro.

As perseguições começaram intensas nos primeiros meses. Os primeiros dias e semanas foram os mais difíceis. Após a derrota de Voldemort, alguns Comensais ainda os seguiram, mas isso parou com o tempo. Semanas depois, foram os aurores do Ministério, sempre à espreita para capturá-los.

Embora Theodore e S/N não tenham cometido grandes crimes durante a guerra, o fato de terem sido próximos de Voldemort os colocava sob suspeita. A constante tentativa de captura até se tornava divertida para eles às vezes, mudando de esconderijo a cada dia em locais trouxas diferentes, observando suas fotos estampadas na capa do Profeta Diário quando se aventuravam no mundo bruxo. Eram retratados como fugitivos extremamente perigosos e violentos, um sensacionalismo reminiscente do caso de Sirius Black.

Um ano se passou desde então, e S/N não havia feito contato com ninguém. Ela sabia que qualquer mensagem colocaria qualquer pessoa que a recebesse sob o radar do Ministério, o que não ajudaria a situação de Draco, que, segundo os jornais, estava delatando outros Comensais em troca de um julgamento mais brando. Foi também pelos jornais que S/N soube que Lucius fora enviado para Azkaban, enquanto sua mãe escapou com um processo leve, assim como Draco. Quanto aos seus amigos, ela não tinha ideia de onde estavam; os jornais apenas mencionavam Matthew, também procurado, com um sensacionalismo ainda maior, afinal, ele era o filho de Voldemort.

Enquanto S/N acordava com a brisa suave em seu rosto, o quarto iluminado era inicialmente irritante para seus olhos, que logo se acostumaram. Se remexendo nos lençóis finos devido ao calor, esticou o braço procurando por Theodore, mas ao abrir os olhos percebeu que ele não estava ali. Sentando-se no colchão, ainda coberto pelos lençóis brancos, olhou para a porta que levava à sacada do quarto.

Theodore estava de pé, uma xícara na mão e a outra no bolso, observando o movimento suave das ondas do mar e das crianças brincando na areia já pela manhã.

- Por que acordou tão cedo? - Sua voz sonolenta chamou a atenção dele, que até então estava de costas, fazendo-o virar-se com um sorriso largo.

- Te acordei, amor? - Ele se aproximou depois de colocar a xícara sobre a mesa do lado de fora.

𝐃𝐚𝐫𝐤 𝐏𝐚𝐫𝐚𝐝𝐢𝐬𝐞 | 𝐓𝐡𝐞𝐨𝐝𝐨𝐫𝐞 𝐍𝐨𝐭𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora